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Mistério no Mediterrâneo (2019) | Sandler e Aniston entregam um filme acima da média

Faz tempo que a gente não via Adam Sandler e Jennifer Aniston trabalhando juntos novamente. A última vez que isso aconteceu foi em 2011 com a comédia romântica “Esposa de Mentirinha”. Oito anos depois, eles estão e mais uma comédia romântica, mas dessa vez cheia de mistérios e ação em mais um filme da parceria entre Happy Madison e Netflix.

Em “Mistério no Mediterrâneo”, Nick Spitz (Adam Sandler) é um policial que há tempos tenta se tornar detetive, mas nunca consegue passar na prova para o cargo. Envergonhado, ele diz para sua esposa Audrey Spitz (Jennifer Aniston) que trabalha na função, pedindo ao melhor amigo que o ajude nesta mentira. Um dia, ao chegar em casa, Nick é cobrado por Audrey sobre a sonhada viagem à Europa, prometida quando eles se casaram, 15 anos atrás. Pressionado, ele diz que já havia arrumado tudo e, assim, os dois partem em viagem. Ainda no avião, Audrey conhece o milionário Charles Cavendish (Luke Evans), que os convida para um tour em Mônaco a bordo do navio de seu tio (Terence Stamp). O casal aceita a oferta, sem imaginar que estaria envolvido com a investigação em torno de um assassinato em pleno alto-mar.

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Ao longa da jornada de Nick e Audrey, o espectador acompanha uma aventura gostosa, engraçada e com boas cenas de ação, além dos mistérios, é claro! Tudo bem que isso já é esperado, pois é uma palavra que está no título do filme, mas não se trata apenas do mistério clássico que envolve a morte de uma pessoa importante em um determinado lugar e todos que estão ali passam a ser suspeitos. Ao longo do filme, o diretor Kyle Newacheck (Perda Total) se preocupou em aumentar o grau de suspense, e outras mortes tão estranhas quanto a primeira acontecem. 

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E assim como nas clássicas novelas de Dennis Carvalho como quem matou Odete Roitman em “Vale Tudo” (1988 – 1989) ou quem matou Lineu em “Celebridade”(2003 – 2004), um por um dos suspeitos vão saindo de cena até que tudo aponte que os culpados são os protagonistas. Para sair da cama de gato, a dupla Sandler e Aniston tem que se virar encarando os desafios, juntando pontas soltas, investigando o passo de cada um dos suspeitos, ao mesmo tempo em que lida com a pressão da mídia que os aponta como os verdadeiros assassinos e também com os problemas de relacionamento que vão surgindo no decorrer da trama.

E isso faz de “Mistério no Mediterrâneo” um filme diferente. Ele não se apega aos clichês dos filmes de Adam Sandler e aposta no carisma de Aniston para entregar um filme acima da média. Não há um apego exacerbado pela comédia, o espectador não é feito de idiota e não é forçado a rir das mesmas piadas durante 98 minutos de fita. Ou seja, devido a uma narrativa interessante e que cativa a audiência, o filme transcorre de forma leve e natural.

Diante de outros filmes em parceria de Sandler com a Netflix, “Mistério no Mediterrâneo” é o melhor título produzido até agora. E isso está nos primeiros resultados divulgados pela gigante do streaming. Lançado em 14 de junho, o longa foi visto por mais de 30 milhões de contas em apenas três dias. É a maior estreia dos filmes originais da Netflix desde “Bird Box” (2018), que atingiu 45 milhões de reproduções em uma semana.

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“Mistério no Mediterrâneo” é um ótimo filme para assistir no fim do domingão, num fim de tarde que você queira descansar depois de um dia estressante ou em qualquer outro momento onde o objetivo é apenas assistir um filme descontraído, leve e que não caia no besteirol.

 

Escrito por Bruno Fonseca

Fundador e editor-chefe do PL. Jornalista apaixonado por quadrinhos, filmes, games e séries.

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