in ,

Fist of the North Star: Lost Paradise | Exagerado na porrada e diversão

Os games de anime não são nenhuma novidade, cada ano somos contemplados por títulos e mais títulos, com certeza já deve ter mais de uns 100 só de Dragon Ball Z. Com isso, o gênero ficou saturado, pois as desenvolvedoras optam por apostar apenas em títulos já conhecidos, a famosa “zona de conforto”. Embora, existam casos que é possível encontrar um título de um anime desconhecido que seja incrível. “Fist of the North Star : Paradise Lost” é uma joia rara de que ainda podemos ter uma boa diversão nesse gênero.

Não é a primeira vez que o mangá de “Fist of the North Star” (Hokuto no Ken no Japão) de Yoshiyuki Okamura recebe uma adaptação nos games, o título sobrevive nos consoles desde do clássico Mega Drive, com uma  jogabilidade sempre voltada para gênero beat up, entretanto, agora no novo título, a abordagem seja voltada para aventura e RPG. 

Leia mais: Death Stranding | Dicas para conquistar a platina das entregas

Desenvolvido Ryu Ga Gotoku Studio (mesmo da série Yakuza que ainda vou trazer por aqui) e distribuído pela SEGA, “Fist of the North Star : Lost Paradise”, exclusivo do PS4, entrega a história do mangá de uma forma objetiva e sem enrolações, como ainda respira com inspirações visuais do seu anime. Praticamente uma versão de Bruce Lee que encontra o universo de Mad Max, um futuro distópico onde  tudo se resolve com a mais pura arte marcial.

Depois de uma guerra nuclear prejudicar o mundo, os recursos como água e gasolina são definitivamente raros, a população que restou sobrevive da maneira que pode contra grupos que abraçaram a violência, já que este novo mundo não possui mais regras para controlar a humanidade e sua sanidade. Nesse fatídico universo, Kenshiro é um guerreiro solitário e durão, no melhor estilo dos clichês, que busca sua amada que foi sequestrada por um líder de gangues violentas.

Leia mais: 6 personagens LGBTQ+ no mundo dos games

Discípulo do estilo Hokuto Shin Ken, Kenshiro resolve as coisas na base da porrada, como também todos os seus inimigos. Cada um possível um estilo diferenciado. A maior diferença é que seus golpes se baseiam em pontos estratégicos do corpo, os sinais vitais, quando ele os acerta estrategicamente, a pessoa pode explodir de dentro para fora. Sua jornada o levará a cidade de Eden, onde ele encontrará novos e antigos rostos que poderão redefinir seu futuro para reencontrar sua amada Yuria. 

Como o próprio mangá, “Fist of the North Star : Lost Paradise” foca na violência em seu mais alto nível, não de uma maneira superestimada, ao contrário, a violência nesse universo é a razão para demonstrar o ponto que a humanidade se perdeu, quando as  coisas materiais foram extintas e ficarem sem o devido significado para o ego. Os golpes aqui são extremamente brutais e totalmente fora de realidade, algo que se assemelha muito aos filmes clássicos de kung fu dos anos 70. 

Apesar de se concentrar na pancadaria desenfreada, “Fist of the North: Lost Paradise” tem um sistema de batalha simples e com uma grande quantidade de golpes, Kenshiro tem uma árvore de habilidade que com os pontos que ganhos pelo jogador nas batalhas é possível  evoluir o personagem para se tornar praticamente imbatível contra os inimigos, esses que possuem um level adequada.

Ou seja, a gameplay muda conforme você evoluí, testando seu nível de experiência e prontidão. O que não deixa a experiência maçante ou cansativa, pois têm inimigos, especialmente os chefões que fogem do óbvio. A única ressalva é que o game se limita a esses comandos, nem mesmo podemos usar o cenário como apetrecho diferente de Yakuza. 

Com um mundo aberto, temos a possibilidade de explorar  e visitar diversos lugares espalhados pelo mapa, isso tudo utilizando um buggy construído a partir de sucatas, no melhor estilo distópico que você possa imaginar.  Kenshiro ainda pode coletar itens escondidos que podem aprimorar o carro, sem esquecer que em meio a esses itens também existe músicas de vários games da Sega que fazem parte da trilha sonora em nossa viagem.

A história não chega a desejar em nenhum momento, pois mantém a trama recheada de surpresas e reviravoltas, com isso ficamos mais conectados ao universo de “Fist of the North Star : Lost Paradise”. E caso queira, ainda é possível encontrar missões secundárias que trazem um aprofundamento maior sobre população de Eden, fora os gloriosos mini games que são uma diversão a parte. 

Leia mais: Saint Seiya Awakening: Knights of the Zodiac | Dicas para detonar no game

O visual é estilizado em forma cartunesca, os personagens mesmo que pareçam todos iguais pelo seu porte físico e estatura, testosterona no alto nível, os gráficos quiseram transparecer os traços do próprio mangá e anime de uma forma revitalizada. E apesar da violência ser o ponto chave esteticamente,  as cores deixam o clima menos pesado, algo que não aconteceria se fosse tão realista como o próprio Yakuza. 

“Fist of the North Star : Lost Paradise” é a porta de entrada para quem deseja se aventurar em mundo distópico recheado das melhores lutas, não duvido que como eu você ficará curioso em explorar o mangá e o anime. Mesmo que não tenha nada de inovador, o game é uma diversão sem precedentes e com certeza o deixará imersivo neste universo. Vá sem medo, pois além de uma boa porrada, o jogo é sem dúvidas um dos melhores do seu gênero.

Quer comprar jogos com um belo descontão e ainda por cima ajudar o Proibido Ler? Selecionamos ótimas dicas de games na Amazon e a maioria com frete grátis para clientes prime. Clique aqui e pegue aquele game que está faltando na sua coleção. E venha nos conhecer em nosso canal da Twitch.

Escrito por Rafael Tanaka

Publicitário, amante de cinema, quadrinhos, filmes e séries. Sempre existe coisas para se descobrir nesse mundo da cultura pop.

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Loading…

Death Stranding | Dicas para conquistar a platina das entregas

O que esperar do "Playstation 5" e seus games

O que esperar do “Playstation 5” e seus games