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Joias Brutas (2020) | Elétrico, único e impecável

Depois de tanto burburinho acerca de “Uncut Gems”, o chamado filme “sério” do Adam Sandler que no Brasil recebeu o título de “Joias Brutas”, ele finalmente estreou no fim de janeiro na Netflix para alegria de quem gosta de um bom filme. 

Achar que esse é o primeiro filme do Adam Sandler “sério” é uma piada de muito mau gosto. O astro fez, contando com “Jóias Brutas”, 53 filmes com muita seriedade e dedicação. Não venha me dizer que eu estou viajando, só quem entende de cinema sabe e se você não concorda, infelizmente não trago boas notícias. 

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“Joias Brutas” rola em Nova York, na primavera de 2012. Howard Ratner (Adam Sandler) é o dono de uma loja de joias, que está repleto de dívidas. Sua grande chance em quitar a situação é através da venda de uma pedra não lapidada enviada diretamente da Etiópia, cheia de minerais preciosos, algo único e jamais visto pelos apaixonados por pedras preciosas. Inicialmente Howard a oferece ao astro da NBA Kevin Garnett, um de seus clientes assíduos, mas depois resolve que conseguirá faturar mais caso ela vá a leilão. Ele acredita que a pedra valha no mínimo 1 milhão de dólares, e tenta convencer a empresa pela qual vai fazer o leilão de que a joia é rara. Mas ele não contava com a inconsistências e reviravoltas do destino, nem com os constantes problemas que suas dívidas acertariam em sua cabeça. Na ânsia de tentar “fazer a boa” e se livrar de todos os enroscos, Howard entra numa cama de gato e o desfecho dessa história é o grande trunfo deste filme. 

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Joias Brutas (2020) | Elétrico, único e impecável

Dirigido por Benny e Josh Safdie, “Joias Brutas” entra para o hall de filmes frenéticos e que te deixam sem fôlego. Tudo que você deseja é saber o que vem adiante e adiante e com isso a agonia só aumenta. Os diretores conduziram a trama tão bem, que as duas horas e pouquinho de duração passam num piscar de olhos. Eles misturaram filmes de apostas com perseguição de gângsters, drama familiar, drama pessoal, suspense e tudo isso sem perder o ritmo. Você vai cansar de assistir esse filme? Jamais!

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Joias Brutas (2020) | Elétrico, único e impecável

Pra ficar melhor, Adam Sandler como uma joia, faz de seu mais novo filme um deleite para os olhos de quem gosta de uma boa trama e atuação primorosa. Esqueça o que você viu em “Click” (2006) ou “A Herança de Mr. Deeds” (2002), aqui ele está impecável. Você torce por ele, sente agonia junto dele, sofre também por ele e talvez até fique dias sem acreditar como o filme pôde acabar do jeito que acabou (até agora a ficha ainda não caiu).

Joias Brutas (2020) | Elétrico, único e impecável

A atriz Julia Fox que interpreta uma amante e colaboradora da loja de joias de Howard, é outro ponto alto do longa. Talvez se não fosse por ela, Adam Sandler não teria encontrado a mesma química que encontrou em Drew Barrymore quando fizeram “Como Se Fosse a Primeira Vez” (2004). 

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“Joias Brutas” era a grande chance de Adam Sandler concorrer pela primeira vez ao Oscar de Melhor Ator, mas a Academia resolveu preterir o cara. A premiação ficou sem sentido, ainda acredito que quem perdeu foi ela. Adam Sandler é um só, é uma espécie de joia bruta que foi lapidada durante décadas para encontrar o seu auge em um filme elétrico, único e impecável. 

“Joias Brutas” pode ser assistindo pela Netflix.

Escrito por Bruno Fonseca

Fundador e editor-chefe do PL. Jornalista apaixonado por quadrinhos, filmes, games e séries.

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