in

Lucifer | Review do episódio 3×01 “They’re Back, Aren’t They?”

O tão aguardado retorno da série Lucifer finalmente se concretizou na segunda-feira(2 de outubro), trazendo algumas expectativas interessantes para atender e uma leva significativa de informações e conteúdos a serem apresentados. Como é de costume aqui no PL, faremos excepcionalmente apenas uma review do primeiro episódio da nova temporada e, quando a mesma tiver sido concluída, retornaremos com uma resenha que trate em contexto geral da temporada apresentada.

Contextualizando o primeiro episódio da terceira temporada, intitulado “They Are Back, Aren’t They?”, depois que Lucifer acorda confuso no deserto com suas asas “de volta”, ele recruta o apoio de Chloe para ajudar a descobrir o que aconteceu com ele e por quê. Ao fazer sua própria pesquisa, eles se deparam com uma cena do crime que poderia estar ligada ao sequestro de Lucifer. O recém-chegado tenente Marcus Pierce não causa uma grande impressão em todos com seu comportamento severo, e a investigação vai de mal a pior quando Lucifer se vê em outra situação comprometedora e algo muito mais sombrio é revelado.

Lucifer | Review do episódio 3×01 “They're Back, Aren't?”

Depois da instável segunda temporada, em muitos aspectos, “They Are Back, Aren’t They?”, parece recuperar a essência apresentada na primeira temporada. Isto é, algo visualmente “harmonioso” e belo de se assistir devido ao irresistível atrativo da série. Sem se esquecer, é claro, do elenco extremamente forte (por sinal, a adição de Tom Welling é muito bem feita). Porém, embora a temporada anterior nos tenha deixado com uma grande expectativa, em especial por Lucifer ter recuperado suas asas e sido largado no meio do deserto, a priori, este episódio não compensou necessariamente toda essa expectativa.

É verdade que o mistério dessa temporada é devidamente interessante, e se bem trabalhado será igualmente algo fantástico de se acompanhar. Porém, tem-se aqui, uma trama igualmente delicada e que aparenta repetir algumas estruturas desnecessária. A exemplo, o casal Lucifer e Chloe já parecem (ao menos para mim) não ter a boa química que outrora tiveram, bem como a relação “estagnada” entre os personagens. O sentido do “co-protagonismo” da própria Chloe está “estagnado” na série, em especial por seu status misterioso de “milagre” nunca ter se desenvolvido continuamente.

Lucifer | Review do episódio 3×01 “They're Back, Aren't?”

Nesse começo de temporada nos deparamos com um Lucifer com as asas de volta (por sinal, Lucifer poderia ficar com as asas expostas os episódios inteiros pela temporada toda), mas ainda em um contexto do personagem que é difícil entender como ele se sente sobre isso, e até mesmo, o que isso significa para ele. Isto pode ser algo intencional, uma vez que a direção da série descreveu o ponto foco desta temporada sendo a questão de “identidade” (Afinal, Lucifer é um demônio ou um anjo?). É relativamente cedo para falar devidamente sobre isso, mas é um outro detalhe da temporada bastante importante que influencia em todo o “macro da série”.

Digo, tudo bem que, ser um leitor dos quadrinhos do personagem lhe dá um panorama maior para compreender essas temáticas sutilmente abordadas na série (como a questão relacionada entre livre-arbítrio e manipulação divina), mas para um espectador que assiste apenas a série, o rodeio e superficialidade nessas temáticas podem tornar a exposição da real intenção da série difícil e confuso, e eventualmente, comprometer o entendimento do personagem e do seu universo (um exemplo, é que se você acha que Lucifer merece ser “redimido”, você está entendendo a série errado pacas).

Lucifer | Review do episódio 3×01 “They're Back, Aren't?”

O roteiro proposto para movimentar o terceiro ano de Lucifer, traz uma abordagem interessante, atrativa e que, nesse primeiro episódio, me parece ter algum referenciamento breve do título de quadrinhos atual do personagem. Verdade que não temos ainda, misticismo e diálogos filosóficos, mas o fato de a diversão aqui, parece ter dado um pouco mais de espaço para o drama, nos permite pensar curiosamente em um desenvolvimento relativamente mais florido se comparado as temporadas anteriores.

No geral, o episódio de estréia desta temporada apresenta uma estruturação padronizada e que não necessariamente compensa devidamente a expectativa criada pelo season finale da última temporada. Contudo, nos apresenta de maneira agradável uma proposta interessante, mas igualmente delicado se levado em conta o personagem e seu universo. Diante de tudo o que este episódio representa, no fim das contas, só esperamos que a série não repita os mesmos erros da temporada anterior, surpreenda diante os padrões, e mantenha um progresso continuo.

Gostou? Tem mais:

Escrito por Isaias Setúbal

All I hear is doom and gloom. And all is darkness in my room. Through the night your face I see. Baby, come on. Baby, won't you dance with me?

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Loading…

Chocante (2017) | A efemeridade da fama

Coração Satânico | Um suspense arrastado e carregado de clichês das histórias de detetives