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Batman: A Piada Mortal (2016) | Apenas mais uma piada ruim

No último dia 25 de julho, a adaptação animada para a aclamada graphic novel escrita por Alan Moore e Brian Bolland, Batman: A Piada Mortal, anunciada originalmente na San Diego Comic Con de 2015, foi lançada através das plataformas digitais, tendo direito a sessão única nos cinemas ao redor dos Estados Unidos e em algumas cidades do Brasil. Se inspirando em uma graphic novel original e controversa, ainda introduzindo alguns ingredientes inédito para a história, a adaptação animada começa com um desafio a parte; honrar uma das histórias mais impactantes envolvendo a Bat-Família. E é aqui que a piada realmente começa.

Após algumas frustrações e complicações interpessoais, Barbara Gordon desiste de continuar com o manto da Batgirl, assim abandonando a vida de vigilante ao lado do Cavaleiro das Trevas. Eventualmente Batman inicia uma nova caçada ao Príncipe Palhaço do Crime após descobrir de sua fuga do Asilo Arkham,  enquanto o antagonista sequestra Gordon na intenção de “provar um ponto” e acaba deixando a personagem Barbara Gordon paralitica, a fim de aterrorizar seu pai.

Batman: A Piada Mortal (2016) | Apenas mais uma piada ruim

Os primeiros 30 minutos da adaptação animada, ainda que erroneamente busque introduzir a personagem de Barbara Gordon na história central proposta para a animação, se demonstra em uma verdadeiro falha de gerenciamento de desenvolvimento e adição de “ingredientes inéditos”. É possível presenciar uma Barbara Gordon que foge completamente de sua sina característica nos quadrinhos, atuando de forma instável, irresponsável, frágil e dependente dos puxões de realidade exercidos pelo Batman.

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Envolvendo a proposta de “interação” entre Batman e Batgirl, a polêmica cena de sexo entre Barbara Gordon e Bruce Wayne acaba por não exercer nenhum fundamento de importância a história. Ou que, ao menos, poderia ter sido exercido de formas melhores com atos divergentes e sem envolver a presença de um tipo de “atrito amoroso” entre os personagens.

Batman: A Piada Mortal (2016) | Apenas mais uma piada ruim

A partir do momento em que a verdadeira trama por trás da adaptação emerge, a animação passa a substancialmente se destacar e tornar-se um atrativo para aqueles que esperaram por ela. O Coringa, enfim, explora de seu lado psicótico e “animado” enquanto tenta provar seu ponto, contrastando contra um Batman de certa apatia e que muito dificilmente expressa algo além de seriedade além do seu manto. Sem se esquecer do Comissário Gordon, que ao decorrer da história suporta as torturas psicológicas impostas pelo Coringa e de uma Barbara Gordon cuja relativa importância a história decai a cada cena.

A narrativa utilizada aqui é agradável, decorrendo a história principal enquanto sutilmente vislumbra os telespectadores com a história de origem por trás de um dos antagonistas mais aterrorizantes e perigosos de Gotham City. Não esquecendo de ressaltar entrelinhas o ponto por trás do Coringa: é preciso apenas um dia ruim.

Batman: A Piada Mortal (2016) | Apenas mais uma piada ruim

Por sua vez, o roteiro de Batman: A Piada Mortal é explorado de forma divergente e progressiva, regido pela caçada do Batman ao Coringa, enquanto o antagonista tenta provar de seu ponto. A trama explorada pelo roteiro de Batman: A Piada Mortal consegue se expressar em uma boa estática, diálogos dinamitizados, destacando coisas distorcidas, sem certo rumo ou coesão. Bem como a imprevisibilidade de um psicopata como o Coringa exige. No entanto, a adaptação falha em expressar o impacto por trás da história oriundas das histórias em quadrinhos. E isso é visível até mesmo em seu final, que podendo apresentar um final tão marcante quanto do material ao qual foi inspirado, perde seu brilho e fecha suas cortinas sem impactar de fato sua audiência.

Como um todo, Batman: A Piada Mortal é uma boa adaptação animada, que conta atrativamente uma boa história controversa inspirada nos quadrinhos. No entanto, se perde quanto a sua intensidade e importância ao apresentar personagens de certa indiferença, um prologo totalmente questionável, além de dispensável e interações sem o brilho necessário. No fim das contas, ainda que sendo um bom atrativo de entretenimento, Batman: A Piada Mortal não honra o material ao qual foi originalmente inspirado e se consagra como apenas mais uma piada ruim cuja graça se perdeu após a primeira execução.

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Escrito por Isaias Setúbal

All I hear is doom and gloom. And all is darkness in my room. Through the night your face I see. Baby, come on. Baby, won't you dance with me?

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