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Vingadores: Guerra Infinita (2018) | Um elaborado jogo de emoções

Dez anos depois de lançar o filme que deu inicio a todo o universo cinematográfico atual da MARVEL Comics, Vingadores: Guerra Infinita, enfim, está entre nós.

Tendo sido lançado em todo o território brasileiro nesta última quinta-feira (26 de abril), Vingadores: Guerra Infinita traz a união dos super-heróis mais poderosos da Terra em rota de colisão contra o maligno Thanos e seus lacaios, no que em uma missão para coletar todas as seis pedras infinitas, o destemido Thanos planeja usá-las para infligir sua vontade maléfica sobre a realidade.

E com satisfação, nós do Proibido Ler trazemos tudo o que achamos sobre esse aguardado longa!

Vingadores: Guerra Infinita é um longa-metragem que vem com muitas promessas, mas também, é de longe o filme do Universo Cinematográfico da MARVEL que mais tende a jogar com as emoções do telespectador. Já de começo o que você tem é um momento de grande tensão; logo depois tem-se um momento esperançoso, de que as dificuldades serão superadas; mas depois apreensão pelas coisas mudarem tão drasticamente; e de assim por diante, o filme vai bailando com esses elementos e brincando com as suas emoções.

Particularmente, é algo do qual eu gostei bastante. Em especial por que o respectivo longa-metragem, ao contrário de muitos dos outros filmes do estúdio, lhe dá um espaço-tempo maior para absorver todos as circunstâncias graves que a trama tem de passar – um implacável inimigo destemido e cada vez mais poderoso, combates árduos, escolhas difíceis, consequências impactantes e, ainda, a proposta de um genocídio em escala universal. Mas não se preocupe, o humor característico da MARVEL ainda faz-se presente em Vingadores: Guerra Infinita, contudo ele nem de perto é a emoção-chave neste longa-metragem.

Finalmente temos uma apresentação firme para o insano titã Thanos no Universo Cinematográfico da MARVEL, no sentido de podermos acompanhá-lo melhor e fixadamente dentre o contexto deste universo. Particularmente, gosto bastante de como o personagem foi apresentado em Vingadores: Guerra Infinita; isto é, totalmente destemido e implacável. Não o bastante, a trama lhe proporciona alguns momentos em que a perspectiva de Thanos para o universo é argumentada para o público e, ainda que distorcidamente insana ela seja, essa argumentação aprofunda efetivamente a imponente presença do personagem ante a trama. Meu único apontamento mesmo é quanto a questão visual do personagem… sem sombras de dúvidas o prefiro usando sua fudenda armadura.

O roteiro de Vingadores: Guerra Infinita lida com um dilema de “muitos personagens a se utilizar” em um espaço de tempo não tão proporcional. Felizmente, esse dilema é bem resolvido, no que o longa-metragem se propõe a: primeiro, não rodear ante a problemática principal – ele lhe oferece informações adicionais dos status atuais dos personagens, claro, mas não desvia da curva de colidir com Thanos e seus desafios; e em segundo lugar, o roteiro segmenta os membros dos Vingadores para lidarem com situações diferentes que compõem a situação total. O legal disso, também, é que temos a impressão de estar presenciando uma atmosfera de histórias em quadrinhos – várias coisas acontecendo ao mesmo tempo ou não em diferentes lugares.

Em contexto geral, o roteiro de Vingadores: Guerra Infinita tem uma boa proposta materializada em uma estrutura coesa e de fácil emersão do público. É simples, é envolvente e joga com suas emoções de maneira satisfatória. Contudo, percebi que há algum corte de material (cenas exibidas nos trailers não apareceram no filme, por exemplo). E também tem o contraponto de que, ainda que o filme possua plot twists fantásticos, por vezes ademais plot twists são equivocados e se tornam previsíveis, e por consequente falhos. Não o bastante, tem alguns pontos adicionais apresentados pelo longa que não ficam claros, se considerando o universo cinematográfico expandido da MARVEL… mas o futuro dirá o que esses pontos são, espero.

Por fim, o que podemos dizer sobre Vingadores: Guerra Infinita? Podemos dizer que é um filme que se destaca ante as produções do Universo Cinematográfico da MARVEl, principalmente pelo seu impacto certo na audiência vindo de um elaborado jogo de emoções – sim, você sentirá de tudo um pouco durante a exibição do longa. Podemos dizer que o filme compensa os dez anos de esperas para vermos os Vingadores colidindo com Thanos, tal qual apresenta elementos visuais, paisagísticos e sonoros formidáveis e conexos com toda a proposta do filme. Por fim, podemos dizer que Vingadores: Guerra Infinita é um filme muito bem-vindo a cultura pop,  que vale o ingresso, que vale ser assistido e, principalmente, re-assistido.

Por fim, podemos dizer que estamos ansiosos para ver os próximos passos do estúdio e a que eventos eles os levarão.

Escrito por Isaias Setúbal

All I hear is doom and gloom. And all is darkness in my room. Through the night your face I see. Baby, come on. Baby, won't you dance with me?

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