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Days Gone | A infelicidade do mundo apocalíptico

O gênero dos games de zumbis sempre foi muito bem aproveitado nas telas de cinema e na Tv, principalmente depois do grande sucesso com “The Walking Dead”, um grande amor por essa doença apocalíptica foi surgindo e o público queria mais e mais. Já no mundo dos games vemos bastante, mas nem todos são dignos de serem chamados de “Apocalipse perfeito”.

Tivemos uma experiência incrível com o surgimento de Left 4 Dead em 2008, que muitas desenvolvedores começaram a beber dessa fonte, seja com o mesmo estilo online co-op ou com grande sucesso como foi em The Last Of Us, em que Joel e Ellie cativaram todos nós com uma história de autoconhecimento e superação do passado, na qual precisamos continuar caminhando para sobreviver a esse novo mundo.

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Na E3 2016 o game, Days Gone chegou de fininho com sua gameplay que conhecemos, Deacon que se prepara para enfrentar uma grande horda de ‘frenéticos’ – e sim, esse é o nome dos infectados do game. Com muita munição e correria, entendemos que não ficaríamos nem um minuto sequer parados durante a jogatina e que entenderíamos o motivo do nome frenético. Agora em 2019 o game chegou na mão dos gamers e fãs de algo exclusivo da Playstation, na qual sentimos novamente aquela nostalgia de uma história única, que irá te deixar emocionado, angustiado, raivoso e ao mesmo tempo feliz de passar por essa gama de emoções.

Só os fortes sobrevivem 

Pode parecer um exagero, mas só os fortes conseguem sobreviver no mundo de Days Gone, mas vamos do início. Logo no começo já vemos como foi a infestação, na qual as pessoas começaram a ficar doentes, malucas e com sede de carne. Em seguida temos um passar de dois anos, em que observamos uma grande degradação da pequena cidade dos EUA, mais conhecida como Farewell.

Nossa jornada realmente se inicia nesse ponto, quando controlamos Deadon que é acompanhado de seu melhor amigo, Boozer – que não só o ajuda na sobrevivência, como também na superação de seu passado, a perda de sua esposa, Sarah que foi morta após ir para um campo de ajuda da NERO – comandado pelo Governo – após uma facada enquanto fugia com ambos. Aprendemos como atirar, “farejar” o inimigo ou até mesmo animais, catamos sucata – que é MUITO importante durante a jogatina e o menos importante, a estar sempre preparados para o pior que pode rolar enquanto estamos em cima de uma moto.

Com uma história diferente e dinâmica, estamos sempre aprendendo algo novo enquanto avançamos nas missões principais – lembrando que também somos abordados por missões secundárias e até mesmo opcionais, que parece não fazer diferença, mas trazem algo muito importante para a história de Deacon – seja sobre outro personagem que já passou por ele ou até mesmo sobre o passado com Sarah.

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Days Gone | A infelicidade do mundo apocalíptico
Cena capturada do game ‘Days Gone’

Bebendo da fonte de Red Dead Redemption 2 – no quesito de ser muito real – não andamos de cavalo, mas temos uma bela moto em nossas mãos, que não só podemos customizar e deixar ainda mais potente, mas devemos sempre estar consertando com as sucatas – sim, ela pode quebrar – e precisamos abastecer ela em postos de combustível espalhados pelo mapa ou até mesmo com pequenos tanques que ficam próximos de guinchos e campos da NERO – pois é meus amigos, no Apocalipse a gasolina não é infinita.

O mapa será uma peça muito importante de nossa jornada, já que por lá poderemos saber onde encontrar certos itens, as missões colocadas, acampamentos e pontos de horda, facilitando nossa movimentação pelo cenário, sem ficar se perdendo muito. Um mini mapa no canto da tela será seu GPS, já que ao selecionar um ponto, teremos uma espécie de waze nos guiando sempre, então sempre de olho no mapa e por onde dirige, já que sempre terá um frenético em nosso caminho.

O grupo é importante

Os personagens em Days Gone são um grande diferencia dos outros games de zumbis, principalmente pela forma que nos cativam e compõe tão bem a história do protagonista. Já falamos de Boozer e Sarah – que são uma das peças mais importantes para Deacon – mas agora focaremos em outros fragmentos que compõem esse quebra-cabeça apocalíptico.

Começamos com o maior acampamento, que é o do Lago Lost – que segundo a história vivemos lá por um período de tempo, mas acabamos indo embora – e que é composto por Iron Mike, o chefe do acampamento e um velho amigo; Rikki Patel, alguém muito próxima de você e Boozer, mas que é a engenheira do acampamento e pau pra toda obra; e Addy, a médica do acampamento e que terá um papel muito importante em sua saga. Os menores acampamentos são o de Ada Tucker e de Mark Copelan, que nos fornecem missões secundárias – como também algumas primárias – e ainda nos fornece equipamentos diferentes dos outros acampamentos, onde cada um deles tem seu próprio dinheiro que conseguimos entregando comida, recompensas e completando essas missões, na qual liberamos confiança.

Agora para desgraçar nossas vidas, não são apenas os frenéticos que vão deixar a gente irritado, precisamos estar sempre atentos aos saqueadores, vagabundos – que seria uma outra espécie de grupo na história – e os Rippers, comandado por um lunático chamado, Carlos. Os rippers são um culto que acredita que os frenéticos são Deuses e que desejam ser que nem eles, na qual acabam se camuflando – semelhante aos sussurradores em TWD – fazem marcas de corte em seus corpos e estão sempre usando uma droga entorpecente que os deixa ainda mais agressivos.

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A doença que só tende a piorar

Days Gone | A infelicidade do mundo apocalíptico
Cena capturada do game ‘Days Gone’

A doença em Days Gone pode parecer algo até que tranquilo, vista de outros games por aí, mas pode ficar bem tranquilo já que durante o game descobrimos que pode piorar ainda mais.

Ao conhecermos O’Brian, um dos pesquisadores da NERO, fazemos algumas missões de campo, gerando informações para sua pesquisa – em que também você recebe ajuda dele sobre sua mulher, Sarah que não sabemos se está viva ou não. E no meio disso conhecemos outras “espécies” de frenéticos, como o de aparência forte e uma que pode atrair outros zumbis com um super grito, deixando tudo sempre mais perigoso.

Não só os humanos são afetados pela doença, como os animais também acabam sendo pegos. Podemos enfrentar ninhos de pássaros infectados, lobos e até mesmo ursos – vai dizer que isso não é pior que uma horda?. E já que chegamos nesse assunto, se tem um lugar que nunca podemos falhar são nas hordas, composta por uma incrível quantidade de frenéticos rápidos que correm atrás de você ao mesmo tempo, quase como uma tsunami pronta pra te levar embora.

Gráficos e dublagem de alto nível

Como nas gameplays antes do lançamento e vídeos de divulgação, já tínhamos ideia de como os gráficos poderiam ser incríveis, mas não tinha ideia de como o cuidado foi absurdamente grande para sua chegada. Eles não só se preocuparam com a sujeira que fica após passarmos pela matança, mas também se importaram com as estações do ano pelo qual passamos.

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Vivemos o sol do inferno, a chuva que nos faz derrapar, a neve que atrapalha a movimentação e a lama que não ajuda na viagem – principalmente por estar apenas usando a moto, em muitos casos você vai dançar bastante na pista durante a viagem – e é nesses momentos que sentimos a evolução e a importância que os desenvolvedores estão tendo com seus trabalhos trazendo para o mundo de hoje tão avançado tecnologicamente, ainda mais com o sucesso real de RDR2.

A dublagem original já é perfeita, mas a Playstation como sempre se importou em trazer outras línguas para o game, então teremos a oportunidade de conferir essa história inteira em português. O cuidado foi real, com vozes que combinam perfeitamente com os personagens e que até nos passam ainda mais emoção durante as cutscenes do que as vozes originais americanas.

A melhora nos bugs é nítida

Mesmo que Days Gone seja uma maravilha em questão de personagens e história, nem tudo são flores nesse mundo. Infelizmente por ser o único lançamento da Playstation no primeiro semestre de 2019, pode ser que a pressa tenha sido inimiga da perfeição para o estúdio, que precisou lançar o game mesmo com bugs e falhas – que podem não ser muito boas para uma primeira impressão.

A primeira vez que joguei Days Gone foi ano passado, fiz o teste em um PS4 Slim e PS4 Pro, sentindo pouca diferença em ambos, na qual ocorrem quedas de frames – caindo a qualidade gráfica – carregamento de ambiente as vezes lento e um pouco de bug quando fazemos a mudança de algum equipamento – na qual queremos pegar um molotov e acabamos escolhendo a pistola – e isso pode ser bem problemático em momentos que precisamos ser rápidos. 

Mas com atualizações e lançamentos de missões do mês, observamos que o game teve uma grande melhora em relação a época de seu lançamento, que contava com bugs fora do normal. Mesmo que tivesse sido um grande problema no começo, o importante é a melhora feita e o problema corrigido, finalmente.

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A jogatina vale a pena?

Days Gone com toda certeza é um favorito na minha lista de games de Zumbi. Tive o prazer de me emocionar, sentir pânico e terror com os frenéticos, ódio de personagens que atrapalham nossa vida e aprender muito com o protagonista, Deacon que sempre escuta uma frase em específico, que vou levar para a vida: “Sobreviver a todo esse caos não é viver”.

Entendemos mais sobre o lado humano das pessoas em meio do desastre, como alguns podem se unir e outros apenas se aproveitar da situação – fazendo muita referência ao armamento e situação atual dos EUA – e que mesmo com falhas, ganha com seus acertos, recebendo um lugar especial na prateleira dos exclusivos da Sony e principalmente da minha vida.

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Escrito por Guta Cundari

Do cinema para o jornalismo. Amante de filmes e games, fã filmes de terror trash e joguitos que duram meses. As Premiações pelo mundo todo que me aguardem e os noobs que sofram.

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