Guta Cundari Temos a história de Tekken 8, chegando após quase dez anos ao seu anterior, mostrando que foi uma das melhores escolhas da Bandai ao fazer isso, principalmente se formos analisar os consoles da nova geração e melhoras gráficas.
No modo história faremos o nomeado “O Despertar das Trevas”, no qual jogaremos com Jin Kazama, pela maior parte da história, mas não sendo o único em nossas mãos em certos momentos da campanha. Porém, adentrar demais sobre isso pode ser um spoiler que estraga a surpresa.
Vemos os resquícios da morte de Heihachi, que se passa no game anterior, e o quanto isso influencia na morte de Jin, já que o gene demoníaco foi a causa da morte de Heihachi ao tentar dominar o mundo. Temos algumas explicações em relação ao poder em Jin e até mesmo um pouco do objetivo de Kazuya Mishima.
A campanha ainda nos apresenta a possibilidade de ter um recap dos games anteriores para os novos jogadores conhecerem a história ou simplesmente nos ajudar a relembrar certas coisas. Mesmo que a história de Tekken seja meio clichê em certos pontos de resolução, tem momentos que surpreendem positivamente, então esquecemos esse detalhe e ficamos 100% imersos em tudo, parecendo até mesmo inovador.
E por último sobre a campanha é outro modo no qual podemos conhecer melhor cada um dos personagens em uma campanha rápida. Mesmo que seja em formato de torneio, no qual lutaremos com cinco oponentes, apresenta falas e um pequeno vídeo de introdução explicando melhor o objetivo de cada figura ali presente. Mesmo que não seja absurdamente longa a mini campanha de cada um, é satisfatório para criar um certo vínculo e decidir até mesmo com qual nos identificamos mais. E até sendo uma maneira divertida de nos fazer jogar com todos os personagens e testar seus modos de luta.
A mecânica é funcional, lembrando ainda o sistema arcade, mas claramente melhorado – seja graficamente ou mesmo mecanicamente. Esses anos de espera eram claramente necessários para tudo funcionar devidamente e não deixando o game parar no tempo, chegando de maneira forte para nova geração. A maneira como os cenários ficam durante a luta, se quebrando a cada forte impacto, faz diferença, dando um toque de realidade.
A mistura de gameplay com cutscene é bem satisfatória, mesmo que seja possível notar a diferença de um para outro, não gera nenhum tipo de incômodo. Ambos combinam tão bem que fica até mesmo que seja assim, não tentando copiar algo que é feito por Mortal Kombat, por exemplo.
Algo bem interessante também é o modo de customização, que é regado de itens para os personagens, as famosas skins, que podem ser conseguidas comprando a versão mais cara do game ou concluindo objetivos do game que dão moedas para comprar esses itens. Eles não são baratos, mas se fizer o modo campanha de cada personagem é possível fazer isso facilmente.
Já no modo online conseguimos criar nosso avatar que será apresentado para outros jogadores pelo mundo. É algo divertido de se brincar e ver como funciona, mas nada que vá explodir sua cabeça. Porém, a possibilidade de jogar com outras pessoas é ótimo, seja casual ou ranqueada, não deixando de lado o modo off contra CPU ou amigos no mesmo ambiente, sendo essa a opção sempre mais divertida.
Tekken 8 é um ótimo game para reunir com outros amigos e partir pra porrada, até mesmo no modo online com pessoas desconhecidas. Tem coisas no modo campanha que podem deixar a desejar por ser curta demais, mas a história apresentada é interessante o suficiente para te manter preso por todos os capítulos. A Bandai soube cuidar bem do seu filho e esperar o momento certo para continuar a história trazendo Jin como seu protagonista.
Tekken 8 está disponível para PS5, Xbox Series S/X e PC.
