Guta Cundari Quando “Armored Core VI: Fires of Rubicon” foi anunciado, devo dizer que senti uma grande animação, sendo o principal motivo gostar bastante de games de mecha. Não só por conta dos game, mas sendo uma consumidora de animes, tudo se tornava ainda mais esperançoso.
+ Assista ao trailer abaixo.
Nessa aventura proporcionada pela FromSoftware e a Bandai Namco, teremos a passagem de alguns anos após o quinto game, se passando no mundo de Rubicon 3. O recurso importante na história chamado Coral é quem faz com que organizações, forças armadas e grupos rebeldes estejam em conflito, que será mostrado e explicado durante gameplay e conversas.
Assumiremos o papel de 621, nosso nome durante boa parte da gameplay, um mercenário com o qual iremos realizar missões diversas para várias organizações, nos levando a entender seus interesses, não só pelo seu esforço mas ainda mais pelo Coral. Os personagens mostram personalidades distintas, o que pode ser ainda mais imersivo, e que mesmo não sendo 100% aprofundado cada um deles, mostram aquilo que acaba sendo realmente para nossa história e escolhas, por conta dos diversos finais possíveis para a trama.
A ambientação do game é excelente, me lembrando certos momentos de Gears por conta de pontos extremamente destruídos. As cores combinam com aquela desolação futurista esperando em “Armored Core”, que para os jogadores novos pode não encantar tanto, mas que pode se acostumar facilmente. Joguei pouco dos games anteriores, mas por gostar desse estilo tudo se torna mais suportável e menos cansativo. Mas acho compreensível quem pode achar difícil demais e até mesmo longo em certos momentos. O game ainda conta com a opção de escolha de dificuldade, então mesmo que acaba morrendo bastante no nível fácil, é uma questão de prática e ir se acostumando com os comandos.
Um dos pontos baixos que encontrei durante o gameplay foi talvez a falta de missões secundárias e recompensas durante a campanha. Entendo o foco da história e que talvez funcione melhor ela tendo menos horas de campanha, mas ao mesmo tempo essa falta de exploração pode acabar prejudicando e tirando o incentivo de quem está jogando. Mesmo gostando do que estava consumindo, chegou um momento que acabava se tornando um pouco cansativo, já que não parecia conter nada diferente para se fazer, a ponto de que todas as fases pareciam iguais. Mesmo que o PVP seja um diferencial, acabava achando um pouco chato, tanto o PVP quanto o modo arena.
Algo que achei bem interessante foi o processo de personalização dos mechas, em que podemos mudar cor, equipes e muito mais. Mesmo que a gente ganhe alguns equipes durante as missões, o que mais vale é utilizarmos dinheiro e comprar na loja, que acabam sendo melhores e mais fortes. Pode ser meio complicado no começo e cansativo, mas aqueles com menos paciência, mas devo dizer que curti bastante essa experiência.
A trilha sonora é um dos grandes pontos altos do game, tornando a experiência ainda mais imersiva quando estamos em combate ou momentos apenas de pequena exploração do ambiente. Ela é colocada em momentos pontuais certeiros, tornando até mais suportáveis momentos que podem parecer cansativos, dando o incentivo necessário contra algum boss, principalmente o último no qual fiquei um bom tempo para matar.
“Armored Core VI: Fires of Rubicon” pode não ser perfeito, contendo problemas em relação a histórias e alguns desenvolvimentos, mas para os amantes de um bom desafio e brigas entre mechas, pode acabar sendo uma ótima pedida para relaxar após o trabalho, ou quem sabe te deixar um pouco mais estressado.
Armored Core VI: Fires of Rubicon está disponível para PS4/PS5, Xbox One, Series S/X e PC.
