Resident Evil Village | Tensão e desespero marcam novo título da franquia
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Resident Evil Village | Tensão e desespero marcam novo título da franquia

Vampiros, lobisomens e outras coisas macabras vão te perturbar mais do que você imagina

A franquia Resident Evil é uma das mais importantes quando o assunto é games de zumbis. A “Umbrella Corporation” é a primeira coisa que passa pela cabeça quando pensamos em apocalipse e caos em um ambiente de contaminação mundial, principalmente quando lembramos de Raccoon City.

“Resident Evil Village” continua a história de Ethan Winters, o homem que claramente não merece ter mãos, que após os ocorridos nos EUA acaba se mudando para a Europa com sua esposa, Mia e sua filha, Rose. Porém nem tudo são flores e alegria na vida do casal, já que muitos problemas andavam ocorrendo, mas Ethan tentava sempre que podia colocar sua família no modo “felizes para sempre” após o desastre.

Sua jornada em busca de Rose é turbulenta, já que seremos forasteiros em uma pequena vila de habitantes agrícolas que passam por um grande sufoco com criaturas matando todos que ali vivem. Mas existe um grande mistério pelo local, principalmente pela figura de mãe Miranda, que precisa de Rose para completar o ritual. Nessa história toda, ainda tem os “filhos” que formam os quatro lordes.

A primeira dela é Alcina Dimitrescu, uma mulher alta e elegante dona do castelo ali próximo, e que junto dela estão suas três filhas; a próxima da lista é Donna Beneviento, uma marionetista que vive em um vale enevoado bem isolado, e que com suas roupas pretas – representando o luto – está acompanhada de sua boneca, Angie. Há também Salvatore Moreau, um homem bizarro coberto por um manto, que vive no reservatório da cidade; e por último, mas não menos importante, Karl Heisenberg residente da fábrica do vilarejo e assustador ao carregar seu grandioso martelo.

Resident Evil Village | Tensão e desespero marcam novo título da franquia

Cada personagem apresenta características únicas dentro da história, desempenhando seu papel dentro dos quatro lordes e cuidando de seu recipiente para o ritual. O que me decepcionou um pouco foi enfrentar a Lady Dimitrescu como primeiro boss, já que foi ela quem mais chamou atenção na campanha da Capcom para o game, sendo também a figura assustadora e gigante que nos persegue por vários momentos dentro do castelo.

E o ambiente que mais tenha gostado de frequentar dentro da história, pelo terror que senti em pontos, é quando vamos para a residência de Donna Beneviento. Sua casa velha de madeira faz barulho em cada canto que andamos, sem contar a quantidade absurda de bonecas que acabam dando um frio na espinha que não eu esperava. Mesmo que Angie, sua boneca principal, seja o destaque todos acabam ganhando vida em certo ponto. Sem contar o bebê, mas isso deixamos para o momento da jogatina.

Os gráficos de “Resident Evil Village” conseguem se manter incríveis, até senti uma semelhança com o RE7, porém as melhoras ali são claras – principalmente se você estiver jogando no PS5. Não apenas os gráficos, mas a mecânica de movimentação se encontra mais dinâmica. Antes era impossível correr com Ethan, agora podemos nos movimentar de maneira mais rápida e sem deixar os nervos à flor da pele.

O inventário é simples de arrumar e mexer, sempre me lembrando muito RE4 – não apenas nessas questões, mas em muitos momentos do jogo só lembrava de Leon e sua saga na vilã em busca da filha do Presidente.

O interessante e frustrante, era como até a inflação estava presente dentro do mercado de Duck, um homem gigante que vende itens para nós durante nossa caminhada em busca de Rose, e que também explica um pouco da história para Ethan e quem está no controle. Porém tudo é absurdamente caro dentro do mercado, tanto que muita coisa durante a campanha acabei não comprando, principalmente armas, por conta do preço.

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Já a ambientação é bonita e horripilante, trazendo um ar do interior da Europa e ao mesmo tempo com uma arquitetura gótica. Pilastras entalhadas, esculturas e a colheita destruída são grandes destaques dentro da campanha, sem contar as passagens secretas em cavernas, casas gigantes e a grande fábrica que habita Heisenberg.

Mas se teve algo que senti falta em “Resident Evil Village” foram os puzzles. Mesmo que eles existam dentro da campanha, foi algo que muitas vezes sentia que poderia ter mais ou que fossem mais complexos. Isso foi algo que reclamei muito em relação ao “Resident Evil 3 Remake” e novamente acho necessário falar sobre “RE Village”. Um exemplo é o das quatro estatuas que liberam uma passagem abaixo da água, que mesmo não lendo o pergaminho consegui facilmente abrir a passagem virando as estatuas, sem nenhum mistério indo apenas da maneira lógica da representação de cada uma.

“Resident Evil Village” é o melhor RE que já joguei? Não! Mas tem a capacidade de ser um GOTY? Com toda a certeza que sim. O game me trouxe um desespero que não sentia faz um tempo com um jogo de terror, dando um certo arrepio e até mesmo uma ansiedade em momentos mais tensos, e olha que sou uma pessoa muito tranquila, mas não consegui ficar horas jogando por conta do nervoso que sentia em certos pontos da história.

Resident Evil Village | Tensão e desespero marcam novo título da franquia

E digo isso de maneira 100% positiva. E com o final que temos da história, eles podem com toda certeza pensar nos próximos games com tranquilidade, se mantendo dessa maneira e não fugindo das intenções que é o terror sem zumbis, que foi a inovação positiva da franquia.

“Resident Evil Village” está disponível para PlayStation 4, Xbox One, PlayStation 5, Xbox Series X, Google Stadia e PC.

Escrito por Guta Cundari

Do cinema para o jornalismo. Amante de filmes e games, fã filmes de terror trash e joguitos que duram meses. As Premiações pelo mundo todo que me aguardem e os noobs que sofram.

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