Guta Cundari A franquia Persona é muito amada por aqueles que gostam de um bom RPG de turno, não apenas isso, mas também personagens que apresentam um carisma diferenciado sendo difícil não se apaixonar.
Meu primeiro contato foi com “Persona 4”, sendo um game de memória afetiva por mim e meu primo. Joguei o 3 após esse momento e assim fui conhecendo ainda mais o game e sua narrativa. Infelizmente muitos não tem paciência mais, falando na nova geração, de se empenhar em uma história em que temos bastante diálogo e as batalhas funcionam de maneira mais estratégica – vulgo a mecânica de turnos.
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Após a explosão de “Persona 5” e sua versão estendida, “Persona 5 Royal” a desenvolvedora ATLUS, responsável pelo game, decidiu arriscar trazendo uma batalha mais dinâmica e diferenciada para o título, em que faremos uma viagem com o grupo, Phanton Thieves para investigar novos casos estranhos que ocorrem com figuras públicas a partir de um aplicativo. O título “Persona 5 Strikers”, como foi nomeado, será uma aventura diferenciada com personagens já conhecidos e amados, e que pode atrair a nova geração de maneira bastante significativa.
Retornamos para a cidade de Shibuya, após os ocorridos em Persona 5, simplesmente para passar férias com os amigos que acabamos fazendo – e que se tornam nosso grupo combatendo as sombras. Porém a polícia vai atrás de nosso grupo pedindo ajuda em uma investigação, atrapalhando um pouco as férias escolares de nosso grupo de amigos.
O game apresenta uma nova maneira de lidar com as coisas, dentro da gameplay, temos uma batalha em turnos dinâmica, que como já comentei antes, pode acabar chamando mais a atenção dos gamers que tem curiosidade, mas não tanta paciência com as batalhas em turno. Durante a jogatina lembrei muito das mudanças feitas em “Final Fantasy VII Remake”, em questão de maneiras de controlar nossos itens, poderes e mudança de personagens durante a luta – já que montamos nossa party e temos a possibilidade de ir alterando a qualquer momento.
Mas é claro que temos muitas diferenças, já que a dinâmica dos personagens sempre acaba “casando” durante as batalhas, principalmente em questão de elementos de algumas criaturas. As vezes um especial ou ataque mais forte pode ocorrer para um companheiro de party, então podemos mudar rapidamente para ele fazer o combo. Mas é claro que também precisamos ser estratégicos, já que podemos perder vida facilmente com movimentos errados. Então não podemos apenas apertar os botões e atacar, devemos criar uma estratégia que funcione para seu estilo de jogo e ir aperfeiçoando-o durante a campanha, tornando tudo mais fácil com o tempo de jogatina.
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Os gráficos continuam incríveis, seguindo a risca o que foi melhorado em P5 Royal, com a polida que foi feita em movimentação e design de personagens/cenário, porém agora uma boa parte das cutscenes não são feitas no estilo anime, rolando no estilo 3D, levando seu formato realmente por outro caminho.
Temos agora um mapa ainda mais aberto, principalmente quando vamos para o lado escuro em que o grupo atua, dando mais possibilidades de missões extras e até mesmo uma exploração diferenciada. O que é ótimo para evoluirmos nosso level e de nossas Personas – que são as criaturas que usamos durante as batalhas, que podemos capturar – e que também batalhamos contra. Algumas coisas talvez sejam bem confusas no começo, já que antes as sinalizações no mapa eram mais claras, mas é algo que você consegue se organizar entende melhor a dinâmica.
Novos personagens são introduzidos e que fazem diferença dentro do mistério de Persona Strikers, sendo eles do nosso lado ou que estejam indo no caminho oposto – dominados pelo poder. Até mesmo os personagens já conhecidos do 5, principalmente para aqueles que já jogaram, ficarão felizes que nada mudou em personalidade, mas vemos eles ainda mais experientes durante as lutar. Mesmo que as mecânicas sejam semelhantes, cada um tem sua personalidade própria durante a batalha, tornando tudo ainda mais interessante.
A trilha sonora, feita novamente pela perfeita Lyn Inaizumi, trasnforma sucessos já conhecidos da franquia em algo mais frenético e até com uma pitada de rock, como foi o caso de “Last Surprise” – que até foi apresentada durante a premiação do Game Awards 2020. Outras composições estão presentes, muitas apenas instrumentais, mas é o que torna a experiencia ainda melhor sem tirar o foco do jogador, mas também trazendo uma trilha animadora para a batalha.
Devo admitir que não tenho do que reclamar, mesmo que goste muito mais de uma batalha em formato de turnos, entendo o significado que isso pode ter para a franquia – o que é muito importante. Mas admito que pelo tempo de campanha, mesmo que você acaba jogando várias vezes, o preço dele poderia mais, um pouco mais baixo. Então pode ser que muitos consigam jogar agora em promoção, já que em seu lançamento os preços eram absurdos.
“Persona 5 Strikers” é um ótimo RPG, trazendo uma aventura de ótimo qualidade e que não poderia esperar menos da ATLUS. E não apenas uma ótima escolha para aqueles que jogam no console, mas também vindo com o pé na porta para os jogadores de Nintendo Switch e PC, trazendo ainda mais possibilidades para os gamers de plantão darem uma chance para os Phanton Thieves.
Persona 5 Strikers se encontra para PS4, Nintenso Switch e PC.
