Rafael Tanaka Desde que a Disney adquiriu os direitos autorais da franquia Star Wars e começou a lançar sua nova trilogia, não teve aquela recepção qualificada que gostaríamos. Faltava algo, a ausência de caminho definido era iminente, ainda mais com a repetição de várias fórmulas já usadas. Graças ao Disney Plus fomos abençoados com “The Mandalorian” que reviveu em nossos corações como é bom gostar de “Star Wars”.
Criada por Jon Favreau (Homem de Ferro), a série é ambientada anos após “Star Wars: O Retorno do Jedi” (1983). E aposta nos primeiros conceitos de George Lucas em criar um faroeste espacial, com novas ideia e boas experiências. Uma certa liberdade em sua essência ao apresentar o vasto do universo expandido, trazendo ainda mais significado para a importância da franquia.
Mandaloriano ou Mando (Pedro Pascal) é um apto caçador de recompensas, vive de executar serviços de planeta em planeta, para garantir algum trocado que o faça sobreviver neste universo. Em uma missão em particular feita pelo Greef Carga (Carl Weathers) sob pedido do falecido Império, ele precisa eliminar um indivíduo sem ao menos conhecer seu rosto. O problema é que ele descobre que seu alvo é uma pobre criança (Baby Yoda).
Conectado de alguma maneira com a criança, ele tentará protegê-la enquanto precisa realizar outros serviços até encontrar a sua razão, durante essa jornada suas ligações com o passado e seu clã serão marcadas e novos rostos impactará em suas ações como Cara Dune (Gina Carano) e Kuil (Nick Nolte). Tudo isso enquanto sobrevive a ser caçado pelo Império pelo terrível Moff Gideon (Giancarlo Esposito). Tudo isso no melhor estilo “Star Wars” da velha guarda.
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Com oito episódios, a trama consegue nos manter conectados para saber o que aguarda no fim do túnel, especialmente porque com uma ideia simples a história tem um crescimento incrível, se apoia em explorar os olhares para algo novo muito além do que a família Skywalker poderia oferecer. A sustentação além de ser bem forte no crescimento dos personagens, traz forte inspirações dos filmes de faroeste antigos e os clássicos japoneses como “Os Sete Samurais” (1954) e “Lobo Solitário” (1972).
Entretanto, vale ressaltar que a condução da história tem alguns episódios que enrolam e foge do contexto criado no começo, aquela famosa barriga no meio do caminho que não agrega em nenhum momento o que gostaríamos de ver e derrapa levemente a sensação construída. Mas isso é respeitado devido ao que serve como um crescimento para explorar os personagens. Perder para ganhar.
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Como ressaltei, o sucesso da série se deve a história, seus personagens e a qualidade na direção que é atribuída a nomes como Rick Fumuya, Deborah Chow, Bryce Dallas Howard, Dave Filoni e Taika Waititi. É perceptível como cada um deixa sua marca em sua visão atribuindo até mesmo novidades, claro que tudo isso sob o comando de Favreau.
Pedro Pascal entrega um personagem carismático, intrigante e curioso, e tudo isso sem ao menos tirar o capacete, ele ainda consegue interagir com os tons de sua voz ao recitar seus diálogos. Outra surpresa é da maravilhosa Gina Carano, que pela primeira vez recebe uma boa personagem e sabe gerar uma atração para vermos mais dela em ação. Sem esquecer o famoso Baby Yoda que muitos acreditavam feito apenas para vender bonecos, traz muito mais do que apenas fofura e sim um enorme peso em grandes momentos da história.
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“The Mandalorian” tem uma estética muito semelhante a trilogia clássica de “Star Wars”, especialmente em demonstrar os personagens e os planetas, como a própria série carrega a essência dos faroestes isto não é esquecido e apenas revitalizando em suas cores e momentos, a tranquilidade e brutalidade definem os ápices dos momentos. Sem esquecer a fantástica trilha sonora original Ludwig Goransson com toques eletrônicos e batidas frenéticas.
Não faltariam provas de que “The Mandalorian” entrega o que prometeu desde o início, uma originalidade e um respeito a história do legado da franquia. A série é sem dúvidas uma das melhores coisas que “Star Wars” recebeu pelas mãos da Disney ao lado de “Rogue One: Uma História Star Wars” (2016). Para o futuro fico com a frase do próprio Mando: Este é o caminho!
