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Star Wars: O Despertar da Força (2015) | Resenha

“Star Wars: O Despertar da Força” era um dos filmes mais aguardados do ano (quiçá da década). Com poucos dias de exibição, o longa já arrecadou cerca de US$ 528 milhões em bilheteria, levando famílias inteiras para as salas de cinema e arrancando lágrimas até dos fãs mais durões. Também pudera, estamos falando do sétimo capítulo da franquia de space opera épica criada por George Lucas e iniciada em 1977. Não falo de outro assunto desde que assisti o longa e meu desafio tem sido, até agora, encontrar uma forma de escrever esta resenha sem soltar spoilers e sem me deixar levar por uma paixão cega de fã.

“O Despertar da Força” tinha muitos desafios pela frente, que estavam lá antes mesmo de sua estreia. O longa precisaria encontrar uma forma de satisfazer os fãs antigos, mas também de conquistar novos; apresentar e desenvolver novos personagens, mas sem esquecer do quanto o público desejava rever os clássicos; propor uma nova aventura, mas sem pisar fora da linha do que os anteriores já haviam estabelecido; entre outros.

Star Wars: O Despertar da Força (2015) | Resenha

Pensei muito e li diversas resenhas antes de escrever a minha. Eu poderia redigir várias linhas falando sobre os efeitos especiais espetaculares que casaram perfeitamente com os efeitos práticos empregados nas gravações, sobre a bela trilha sonora que é marca registrada da saga ou elogiando não apenas a escolha dos atores, mas suas atuações exemplares que garantiram ao filme uma experiência única, onde o público foi capaz de sentir exatamente o que estava se passando com aqueles personagens, graças ao trabalho exemplar daqueles talentosos profissionais. Mas tudo isso já foi repetido diversas vezes em resenhas pela internet afora e há algo muito importante que eu preciso destacar. Graças a todos os sites que focaram nos mesmos assuntos durante seus reviews, posso me dedicar inteiramente a explorar o que fez com que eu, de fato, me apaixonasse pelo Episódio VII de Star Wars.

Star Wars: O Despertar da Força (2015) | Resenha

JJ Abrams oferece para o público uma infinidade de coisas apaixonantes, mas o que mais me impressionou foi o legado de igualdade do filme. É dessa forma que todos os filmes deveriam ser, mas poucos são. O novo Star Wars é brilhante em diversos sentidos, mas principalmente porque coloca as mulheres à frente da história, com a heroína Rey de Daisy Ridley, a promoção de “princesa” para “general” de Leia, a sabedoria da rabugenta Maz Kanata, a presença estonteante da Capitã Phasma, as incríveis pilotos de X-Wing, entre outras. A espinha dorsal de “O Despertar da Força” é construída por mulheres corajosas e brilhantes. Abrams conseguiu criar uma sequência que é respeitosa com os longas originais, tem um ponto de vista claro, um arco de história convincente, é engraçada e totalmente tátil. Assistir “O Despertar da Força” é sentir “O Despertar da Força”.

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Star Wars: O Despertar da Força (2015) | Resenha

Abrams, assim como Lucas (principalmente nos primeiros anos), nos leva a desbravar profundamente os mundos de dois sóis, dunas de areia e naves espaciais. “O Despertar da Força” é uma aventura emocionante e totalmente imersiva, que diverte e ensina valiosas lições ao mesmo tempo. Uma história que se apresenta – e se faz sentir – completamente contemporânea, mas como se trata da magia de Star Wars, é também arcaica e futurista. É hoje, ontem e amanhã, tudo de uma vez. O roteiro firma suas bases em esperanças e medos universais, e prova que lutar contra as forças do mal não é uma escolha, mas uma necessidade.

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Ridley, particularmente, é uma grande revelação, pois capta o espírito aventureiro de Luke Skywalker – um humilde garoto da fazenda que se tornou uma lenda – e aplica à realidade de sua personagem, cuja premissa é semelhante, assim como a positividade, a esperança e a Força.

Star Wars: O Despertar da Força (2015) | Resenha

“O Despertar da Força” é uma ótima obra para aprender um pouco sobre a identidade feminista, onde as mulheres são tão fortes, inteligentes e capazes quanto os homens. Tradicionalmente o público-alvo da saga Star Wars eram os meninos, mas essa época está muito, muito distante. Temos na saga, agora, discussões muito mais amplas sobre imagem corporal, gênero, etnia e sexualidade. As coisas não estão perfeitas, longe disso, mas tudo indica que a nossa geração está dando início a uma nova era da cultura pop, onde as mulheres salvam reinos, derrubam governos, são assassinas, são piratas, são pilotas, são as escolhidas… São tudo o que quiserem ser!

Meninas, “O Despertar da Força” é para vocês! Espero que vocês assistam a história de Rey e entendam que também podem enfrentar o mundo. Vocês podem fazer escolhas erradas às vezes, mas está tudo bem, pois todo mundo faz. Façam o seu melhor, sejam brilhantes e não desistam até conseguirem alcançar seus objetivos – mesmo que os mais poderosos gênios do mal menosprezem sua capacidade. Lembrem-se crianças: “Faça. Ou não faça. Não existe a tentativa.”

Star Wars: O Despertar da Força (2015) | Resenha

Sim, eu sinto a força em cada menina que quer ser uma super-heroína quando crescer; que quer uma boneca da Rey, mas não a encontrará na sessão de brinquedos; que pedirá um sabre de luz de Natal para os pais; que pedirá uma festa de aniversário temática de Star Wars e se fantasiará como Rey; que sairá do cinema acreditando que é forte, que é capaz e que pode vencer o Lado Negro; a força está crescendo dentro delas. Sua época de brilhar não é há muito, muito tempo atrás, em uma galáxia muito, muito distante. Sua época, minhas amiguinhas, é agora.


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Escrito por Louise

Amo, respiro e me alimento de quadrinhos, acho completamente normal se envolver emocionalmente com personagens de séries e filmes, e já vou avisando: NÃO MEXA COM MEUS HERÓIS!

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