Stray | A diversão de estar na pele de um gatinho é maravilhosa
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Stray | A diversão de estar na pele de um gatinho é maravilhosa

Robôs, aliens, gatinhos e tudo de melhor em um dos melhores games de 2022

“Stray”, o game do gatinho fofo que vive entre os robôs, finalmente foi lançado e agora é possível realizar o sonho de ser um um gato a qualquer hora do dia.

Nesse game de exploração que levará os jogadores para entender como os humanos sumiram da Terra, devemos aproveitar e fazer coisas que gatinhos adoram, como tirar uma boa soneca, enfiar a cabeça em sacolas e afiar as unhas em braços do sofá. Essa é a vida que teremos durante a campanha de 6h de “Stray”.

Stray | A diversão de estar na pele de um gatinho é maravilhosa

No início da campanha vemos um lugar cheio de árvores e plantas, mas ao mesmo tempo coberto de canos quase enferrujados. Na pele de um gatinho junto de seus “irmãos”, aprenderemos a pular, se movimentar e miar – afinal a comunicação é muito importante. Porém, ao cair dentro de uma espécie de esgoto, descobriremos um outro lado daquele lugar, onde criaturas estranhas – que lembram os aliens de “Half-Life” – e robôs vivem da mesma maneira que os humanos, com roupas, empregos e uma linguagem própria.

Infelizmente a história não é tão feliz, já que após uma epidemia afetar os humanos, medidas foram tomadas, mas que não resolveria o problema tão bem assim. Em um espaço de solo em algum lugar, uma grande redoma embalava humanos e máquinas, tomando uma proporção epidêmica que gerou essas criaturas alienígenas que com o tempo começaram a se alimentar das máquinas.

A cidade foi dividida em pontos, em que tínhamos a classe pobre e mais “guerreira”, que continham pequenas famílias, comerciantes e até mesmo uma espécie de máquinas budistas. Também temos a parte “rica” da cidade, onde as pessoas vivem um pouco melhor e próximas da fábrica que mantém tudo aquilo vivo e funcionando, mas perseguindo aqueles que tentam descobrir uma forma de fugir daquela redoma e entender o mundo fora dela. E entre esses pontos também contaremos com passagens de esgoto e áreas isoladas da cidade, que estão infestadas pelas criaturas aliens.

Stray | A diversão de estar na pele de um gatinho é maravilhosa

Muitos acham que a falta de humanos pode tornar os robôs uma civilização dominantemente assassina que não cuidará do meio ambiente, seres vivos restantes e que não contêm sentimentos, Porém, “Stray” apresenta um lado totalmente diferente da história, em que o respeito dos robôs pela Terra e aqueles que estão ao seu redor é algo esplêndido. E que sabemos muito bem que falta em muitos humanos, que é a responsabilidade de cuidar do lugar em que moramos e deixá-lo habitável para as futuras gerações.

Durante nossa campanha teremos ao nosso lado o robô B-12, a máquina de um cientista que perdeu suas memórias e um pouco de seu propósito, mas que ajudaremos a encontrar itens que farão com que ela lembre quem foi antes do caos. Ela será nossa tradutora de placas que encontraremos, documentos e até mesmo quando estivermos em diálogo com os robôs, nos ajudando a entender um pouco mais sobre tudo aquilo. E durante nossos puzzles, ela será um lembrete do que devemos fazer caso deixemos algo de lado. 

Muitos personagens serão importantes durante nossa caminhada, que irão explicar um pouco do mundo antes e o motivo de estar daquele jeito agora. Documentos também irão trazer explicações, principalmente diários de “rebeldes” que queriam descobrir como deter a fábrica e fugir para fora dos muros. Mesmo que uma epidemia possa parecer clichê, toda sua construção e plot que teremos mais para o final da história torna tudo interessante e novo, com inspirações que podem não ser propositais, mas que fazem muito sentido para mim em certos momentos.

Stray | A diversão de estar na pele de um gatinho é maravilhosa

A trilha sonora é super leve, sendo nosso plano de fundo durante a campanha. Em momentos que precisamos encontrar um objeto de missão, uma música característica também irá tocar, assim como em momentos em que temos criaturas atrás de nós. Como não podemos atacar, só nos resta fugir, então teremos uma música um pouco mais pesada dando passo em nossa corrida de sobrevivência. 

Os gráficos e detalhes foram feitos com o maior cuidado, sem contar o empenho de criar a própria língua para aquela civilização. Todo o carinho dos desenvolvedores é vista durante toda nossa campanha, já que o som do robô, o barulho da fábrica, a brisa do ar e os sons que o gato fazem são todos feitos com muito empenho. Principalmente as características do gato, em sua maneira de andar, afiar as unhas do tapete e sofá, sem contar nos momentos que estamos  parados e ele começa a tomar banho ou se coçar.

Devo admitir que não encontrei erros em relação a tudo isso, porém sinto que a história é muito pequena e algumas coisas ficam abertas demais sobre aquele mundo. Poderia com mais tempo de gameplay mostrar mais de certas coisas e até  mesmo um pouco do mundo lá fora melhor, para entendermos ainda mais a gravidade do que nos foi contado. Mas nada que uma continuação no futuro não possa fazer por nós.

“Stray” é o game perfeito, e digo com tranquilidade um dos melhores de 2022 até o momento, me levando para uma aventura leve e fofa, mesmo envolvendo uma doença mortal que matou todos os humanos (até onde se sabe) da Terra. Com uma trilha sonora relaxante, ótimos gráficos e a satisfação de estar na pele de um gatinho, é o game que merece ser aclamado e reconhecido por aqueles que têm um pé atrás em relação ao que se espera. E para aqueles que acham que gatos não têm sentimentos, “Stray” vai te ensinar que isso é a mais pura mentira.

“Stray” está disponível para PS4/PS5 pela PS Plus Extra e PC.

Escrito por Guta Cundari

Do cinema para o jornalismo. Amante de filmes e games, fã filmes de terror trash e joguitos que duram meses. As Premiações pelo mundo todo que me aguardem e os noobs que sofram.

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