Isaias Setúbal Outro personagem da DC Comics celebra seus 75 anos e não se trata de personagem qualquer, mas sim de um ícone da editora e porque não dizer do universo geek em geral. Sendo o antagonista de maior prestígio e importância no universo do homem-morcego: o Coringa; que em 75 anos de existência já aprontou de tudo um pouco com todos os envolvidos do universo DC apresentando diversos aspectos de representação tanto visuais como psicológica e comportamental. E como relembrar é viver, abordaremos nesta matéria dedicada ao príncipe palhaço do crime a sua trajetória e momentos de maior relevância sobre o personagem. Como todos devem saber, o passado do Coringa é desconhecido e mesmo que trabalhado de diversas formas, nunca teve uma origem oficializada.
A história de origem mais aceita sobre o personagem é a contada na graphic novel A Piada Mortal, onde o Coringa – uma vez que nunca teve seu nome verdadeiro revelado – era um químico que abre mão de seu emprego e parte em busca de uma carreira de comediante de stand-up. No entanto, ele fracassa e isso o leva juntamente com sua esposa grávida Jeannie, a uma situação financeira dramática o forçando a trabalhar com dois assaltantes. Porém, em um único dia terrível sua esposa que estava grávida morre num acidente doméstico.
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Como o mascarado Capuz Vermelho, durante o assalto a uma fábrica de produtos químicos, ele se encontrou com o Batman e durante a briga ele acaba por se jogar em uma bacia de produtos químicos – por preferir morrer a ser preso. A máscara do Capuz Vermelho salvou a sua vida, mas ele acabou por ficar desfigurado permanentemente. Quando ele mesmo presenciou a extensão de sua desconfiguração pela primeira vez, adicionando as tragédias acumuladas, ele perdeu o que havia restado de sua sanidade e abraçou a loucura se tornando assim o assassino psicopata anárquico mais conhecido como, Coringa.
Em outra versão da história de sua origem, o Coringa era Joseph Kerr (que por sinal é o mais próximo de um nome que o personagem já teve) era uma criança problemática que vivia psicologicamente no seu mundo após a separação de seus pais. Seu pai, em um momento de raiva, perguntou por que ele estava tão sério e logo depois cortou a boca de seu próprio filho deixando-o com uma cicatriz no lado esquerdo do rosto. Após ter uma convivência conturbada nas escolas que estudava, ele desisti dos estudos. Seu pai o considerava um louco e o desconsiderava como filho. Um dia, já na fase de adolescência atingida, ele fugiu de casa e, a incendiou com seus pais dentro e durante o apreciamento do acontecimento ele cortou o outro lado da boca formando um sorriso completo. Vale lembrar, que existem algumas teorias onde uma mescla as duas histórias de origem citadas e uma outra onde o Coringa teria começado por baixo emergindo aos poucos até se tornar o que é na rede criminosa de Gotham.
O Coringa não tem nenhum superpoder e muito menos uma maestria em uma forma de combate específico, sendo apenas um humano e, de certa forma, até limitado. Porém, apesar disso tudo e ainda que profundamente enlouquecido e desequilibrado, o vilão apresenta inteligência e estrategismo a nível genial. Além de ter grandes conhecimentos em química e outras ciências, ele possui uma considerável quantia em dinheiro originada dos seus arrojados crimes e maestria em improvisação, onde o mesmo pode achar meios para matar, ou ao menos agredir, em qualquer situação. Sua mais celebre arma é o Gás do Riso, um veneno que se inalado, leva a vítima a morte quase que instantâneamente deixando características típicas ao do Coringa no corpo cadavérico. Eventualmente, ele usufrui de flores de lapela que esguicham ácidos e luvas que dão choques com cargas altamente mortais.
Nos anos de 1940 e 1950, o Coringa sempre morria, mas nunca recuperavam seu corpo. O personagem se alterou para uma versão mais amena em 1960 devido ao Comics Code Authority, que vigiava o conteúdo das histórias em quadrinhos. Retornou ao mais próximo da sua base em 1973, quando Dennis O’Nell e Neal Adams criaram o maníaco homicida obcecado pelo Batman.
A relação do Coringa para com o Cavaleiro das Trevas é única em comparação aos demais antagonistas já apresentados no universo do homem-morcego. Pois enquanto os outros apenas o odeiam querendo a sua morte, ou evita-lo, o Coringa parece não querer o mesmo e até mesmo foge de querer saber o verdadeiro alter-ego do vigilante. Por inúmeras vezes o Coringa teve chances reais de matar o homem-morcego, mas nunca foi tão longe, sem no entanto, ser tão clemente com as pessoas que o cercam como Jason Todd, Bárbara Gordon ou Sarah Essen Gordon.
A insanidade e crueldade do personagem parece buscar o enlouquecimento de Batman, onde seu objetivo passa longe de mata-lo e até mesmo dominar o mundo, mas se baseia na tentativa de derrotar o único homem que crê rivalizar com ele em genialidade. Levando sua loucura a tudo e todos na esperança de converter um dos maiores e simbólicos heróis em apenas mais um enlouquecido do Asilo Arkham.
Entre as maiores atrocidades, temos a morte de Jason Todd, o primeiro Robin. Depois de uma votação aberta ao público, o próprio Coringa agride violentamente o jovem Sidekick do homem-morcego com um pé de cabra. E, em seguida, explode o armazém onde o mesmo Jason Todd, a beira da morte, se encontrava. Inclui também o fato de o Coringa ter invadido a casa da família Gordon, baleando e deixando paraplégica a jovem Bárbara Gordon (a Batgirl original) e sequestrando o Comissário Gordon, com o objetivo de leva-lo a loucura.
Certa vez, o Coringa envenenou a repórter Lois Lane sabendo qual era o antídoto ao perceber sua importância para o Superman. Prestes a assassinar o Coringa, Batman impede o Superman deduzindo que na verdade, era tudo um plano para transformar o maior dos super-heróis em um assassino, maculando o que o Superman simbolizava. Ao fim da saga Batman: Terra de Ninguém, o Coringa sequestrou e ameaçou matar um grupo de bebês. Para impedi-lo, a esposa do Comissário Gordon, Sarah Essen Gordon acabou sendo assassinada.
Durante a saga Superman: O Imperador Coringa, Mr. Mxyzptlk quis dar uma pequena parcela dos seus poderes ao Coringa, mas acabou sendo ludibriado pelo próprio, que roubou quase todos os seus poderes. Nessa forma, com poderes supremos, o Coringa dominou e brincou a sua mera vontade com todo o universo, subjugando a Liga da Justiça, Darkseid e Os Novos Deuses e todos os mundos existentes. O príncipe palhaço só foi detido após o Superman mostrar como sua fixação doentia pelo Batman era uma fraqueza, temor e submissão que ele não conseguia contornar, muito menos derrotar.
Em Injustiça: Deuses Entre Nós, o Coringa foi capaz de desvirtuar o símbolo que o Superman representava levando o mesmo a loucura e insanidade ao fazer o próprio Superman assassinar sua esposa grávida Lois Lane.
