in

The Witcher 3: Wild Hunt | Game envelheceu com louvor e glória

Não faz muito tempo que eu consegui um videogame, o que consequentemente quer dizer que não faz muito tempo que eu comecei a ter a experiência de viver os jogos lançados ao longo dos anos para esta geração. E sempre que eu me empolgo com um jogo, fico na vontade de falar sobre ele – mesmo que “atrasado”. E o caso dessa vez é ninguém menos e ninguém mais que The Witcher 3: Wild Hunt. Então, é bom lembrar que esta análise pode ser mais interessante para você que, assim como eu, só começou a jogar títulos que marcaram a década agora. 

Pois bem, lançado originalmente em 2015, The Witcher 3: Wild Hunt chegou aos consoles para consagrar o fim de uma das franquias de RPGs mais populares da década. O então aclamado jogo da CD Red Projekt, cuja franquia fora inspirada nas obras do escritor polonês Andrzej Sapkowski (obras essas que também serviram de inspiração para Game of Thrones, por sinal), traz o desfecho para a saga do lendário bruxo Geralt de Rívia, ao qual desbrava os Reinos do Norte na busca pela sua retornada protegida Cirilla. E bem, o que podemos dizer desse jogo em pleno fim de 2019?

The Witcher 3: Wild Hunt | Game envelheceu com louvor e glória

Tirando ocasiões específicas, eu sempre tenho resistência a jogar títulos superpopulares ou cujo hype seja meteórico demais – embora eu dê oportunidades para esses títulos em algum momento. Mas bem, The Witcher 3: Wild Hunt é por si só um jogo que carrega esses dois elementos daqui até os confins do universos. É inevitável; você não vai achar um jogador do título que não te fale “JOGUE THE WITCHER 3”.

Leia mais: Melhores jogos para celular de 2019

Sinceramente, essa é uma das melhores falas que alguém que você conhece pode te dizer! Isso porque The Witcher 3: Wild Hunt, traz um universo medieval gigante e bem estruturado de forma não linear. Quero dizer, apesar da interessante história central que rodeia todos os três grandes mapas do game, o jogador tem ainda a oportunidade não só de conhecer como a de participar de diversas tramas paralelas espalhadas pelas mais diversas extensões dos mesmos – isso tudo enquanto caça uns monstros, destrói acampamentos de bandidos, retoma vilas, bebe umas e joga um carteado.

The Witcher 3: Wild Hunt | Game envelheceu com louvor e glória

Inevitavelmente, o jogo possui um leque de personagens “degenerados” e diversificados que é desenvolvido de maneira profunda e fantástica. Digo, eles muito facilmente captam a atenção e gosto (ou ódio) do jogador ao longo das missões e eventuais interações.

E se você for um novo jogador que pouco está inteirado nas longas relações que Geralt pode ter com muitos dos personagens secundários, pode relaxar que as opções de diálogos permitem que você faça questionamentos que de vez em quando sempre explicam alguns contextos atualizados dos personagens no jogo (tipo quem é quem, por onde andou, o que fez, porque fez e coisas do tipo) – mesmo que você não entenda tudo de começo.

The Witcher 3: Wild Hunt | Game envelheceu com louvor e glória

Em contrapartida, o título possui uma grade de antagonistas bem dinâmica e desafiadora. Isso porque além dos franzinos bandidos e lutadores bem equipados, o título conta com um bestiário de monstros bem loucos que afetam diretamente a jogabilidade. Isto é, a abordagem que o jogador terá de fazer para derrotar um vampiro é diferente da abordagem necessária para derrotar um grifo ou um linche, por exemplo. E não substime nenhum deles, pois cada tipo de adversário presente no bestiário possui também uma grade de movimentos ofensivos  de ordem e estilos diferenciados.

Leia mais: Pai transforma desenhos dos filhos em animes

Ainda sim, a Caçada Selvagem (cujos líderes estampam foto acima) impõe grande presença e até respeito como principal força antagonista do título. Tenho dito que, de longe, a Caçada Selvagem tem os guerreiros humanoides mais fortes com quem o jogador sairá no soco!

The Witcher 3: Wild Hunt | Game envelheceu com louvor e glória

No quesito da jogabilidade, The Witcher 3: Wild Hunt tem uma proposta bem interessante, embora intimidante para novos jogadores, sobretudo aqueles que têm um pé atrás no gênero RPG. Digo, apesar de parte das primeiras horas de jogo voltar-se para momentos que prestam tutoriais, a grande quantidade mal distribuída de informação destes pode comprometer a emersão de um novo jogador. Eu mesmo terminei o jogo sem entender muito qual era o efeito ativo da adrenalina (esqueci até o comando), e me limitando a “teorias” do efeito de toxicidade quando estrapolado o limite. Não o bastante, a jogabilidade em terceira pessoa pode encontrar algumas dificuldades, com a câmera não tendo uma boa fluidez na centralização durante o combate e mais atrapalhar do que ajudar em certas ocasiões em que se está usando os “instintos de bruxos”.

Leia mais: O final de Kingdom Hearts 3 explicado

Ainda que a estrutura de combate do jogo seja diferenciada, ela é rapidamente memorável. Em termos gerais, quase não importa o oponente mas a receita do combate é desviar (muitos confrontos já começão com o oponente vindo para cima), desferir 3 hits e repetir o processo. Os uso de sinais, por exemplo, até prestam ajuda de acordo ao tipo de oponente que você está encarando, mas normalmente eles vêm mais para complementar sua abordagem de combate do que de fato dinamitizar o processo – ao menos para novos jogadores. Só não seja tolo de achar que ficar desferindo hit em enxurrada vai garantir a vitória.

The Witcher 3: Wild Hunt | Game envelheceu com louvor e glória

Como bom RPG, The Witcher 3: Wild Hunt tem um inventário bem organizado e que normalmente presta bem ao seu papel de permitir o jogador equipar seu Geralt à maneira que convém e com os itens que convém. Não diferentemente, a aba de “alquimia” também é bem interessante, permitindo o jogador desenvolver poções e/ou óleos que até ajudam bastante na jogabilidade do usuário; com poções/óleos específicos que podem desferir mais dano a determinado tipo de adversário, ou permitir que Geralt enxergue no escuro, ou se curar quando causa dano e afins. Ainda sim, particularmente, acho a aba de alquimia entediante, tendo que coletar coisa pacas para  fazer um pote – ao menos você não precisa ficar repetindo muito isso -, só reabastecer o estoque com alcooheist. Mas eu mesmo penso que as poções e óleos que lutem para existir e me ajudarem.

A árvore de habilidades do título é ampla, oferencendo muitas oportunidades de foco ao estilo que convém ao jogador. E É UMA TRAP, BINO!! Digo, é sempre mais interessante que uma vez focado um estilo, o jogador siga até o fim desse, assim maximizando o quanto antes seu Geralt e sua jogatina de combate.

Leia mais: The Witcher 3: Wild Hunt | Dicas para platinar o melhor jogo da franquia

The Witcher 3: Wild Hunt | Game envelheceu com louvor e glória

The Witcher 3: Wild Hunt é um jogo que materializa de maneira fantástica a essência do RPG, permitindo ao jogador desenvolver picos de atenção, abordagens e técnicas que convém ao seu estilo de jogatina enquanto desfruta de uma narrativa moderna e de conteúdos imersivos. A aventura em que Geralt de Rívia embarca é gigantesca e sempre cheia de surpresas e escolhas, envolvendo o jogador facilmente em um universo rico e único.

Leia mais: Bacurau (2019) | Lunga é o Brasil na Libertadores

De certo, The Witcher 3: Wild Hunt é um jogo que já estava a frente de seu tempo quando lançado em 2015, que faz muitíssimo jus à estrutura de RPG e os muitos prêmios que angariou desde o lançamento. 

The Witcher 3: Wild Hunt envelheceu com louvor e glória!

O game está disponível para PC, PS4, Xbox One e Nintendo Switch. Se você ficou interessado em jogar, The Witcher 3: Wild Hunt está disponível por um ótimo preço neste link.

Escrito por Isaias Setúbal

All I hear is doom and gloom. And all is darkness in my room. Through the night your face I see. Baby, come on. Baby, won't you dance with me?

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Loading…

Parasita (2019) | O cheiro da desigualdade social

Parasita (2019) | O cheiro da desigualdade social

HQ do Dia | Lúcifer Vol. 1 - A Infernal Comédia

HQ do Dia | Lúcifer Vol. 1 – A Infernal Comédia