The Batman (2022) | Um filme sóbrio e sem super-heróis
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The Batman (2022) | Um filme sóbrio e sem super-heróis

O novo Batman busca na investigação e no caos de Gotham, um caminho diferente para o Homem-Morcego

Nunca foi um desafio fazer um filme do Batman. E digo isso pelo simples fato de existir um vasto material do Cavaleiro das Trevas para ser explorado. 

Nos dois anos em que protegeu as ruas como Batman, provocando medo no coração dos criminosos, Bruce Wayne mergulhou nas sombras de Gotham City. Com apenas alguns aliados confiáveis – Alfred Pennyworth (Andy Serkis), o comissário James Gordon (Jeffrey Wright) – em toda a rede de corrupção de personalidades de destaque e funcionários da cidade, o vigilante solitário tornou-se a única esperança de vingança entre seus concidadãos.

The Batman (2022) | Um filme sóbrio e sem super-heróis

Quando um assassino mira a elite de Gotham com uma série de maquinações sádicas, um rastro de pistas enigmáticas leva Batman a investigar o submundo da cidade, onde encontra personagens como Selina Kyle, a Mulher-Gato (Zoe Kravitz), Oswald Cobblepot, também conhecido como Pinguim (Colin Farrell), Carmine Falcone (John Turturro) e Edward Nashton, também conhecido como Charada (Paul Dano). À medida que surgem evidências e as ações do criminoso apontam para uma direção mais clara, Batman precisa forjar novas relações, desmascarar o culpado e trazer justiça a Gotham City, há tanto tempo atormentada pelo abuso de poder e pela corrupção.

The Batman (2022) | Um filme sóbrio e sem super-heróis

Matt Reeves conseguiu mostrar um Batman (Robert Pattinson) mais próximo da verdade e alguém que usa mais dos instintos investigativos do que o poderio bélico e maluco que arrancava na marra as respostas que gostaria como se fosse um menino mimado. Aqui, o Batman não se mostra como um super-herói, mas como um grande detetive, um cara sagaz que usa medo (e algumas porradas também) como arma para encontrar pistas que levem ao assassino. 

Sem muito alarde, grandes explosões, malabarismos ou centenas de carros capotando. Em “The Batman” o jogo é ser esperto, é agir na sombra, é se antecipar ao inimigo pra tentar pegar ele de surpresa numa Gotham totalmente noir e a mais caótica do cinema até então. 

Robert Pattinson assume o manto do super-herói, mas faz dele alguém diferente. Sua atuação está tão boa, que quando está com a máscara você esquece que por trás dela é ele em ação. A coisa muda quando o Bruce está em tela, um cara melancólico, desacreditado da vida, rudimentar e que acha que não pode fazer muito pela cidade onde mora. Mas quando ele é o cara que age nas sombras, que os outros conhecem por ser a vingança, o mundo é outro. 

The Batman (2022) | Um filme sóbrio e sem super-heróis

“The Batman” é um filme sóbrio, tão mais pé no chão do que foi o Batman do Nolan (que já era pé no chão até demais), mas sem um super-herói. Não tem nada a ver com aquele que vimos no cinema nos últimos anos. Aqui temos um detetive, um cara parceiro do Gordon, que juntas as peças de um quebra-cabeça pra encontrar o problema e resolvê-lo da melhor forma possível, com a ajuda dos outros e nunca sozinho.

“The Batman” é um filme que todos os outros diretores tiveram a chance de fazer, mas não quiseram. Palmas para Reeves, Pattinson, Craig, Tomlin, Farrel, Zoe e mais. Ah, se a Warner quiser, o universo desse Batman tem muitos frutos pra dar. Confia! 

“The Batman” estreia no dia 3 de março nos cinemas.

Escrito por Bruno Fonseca

Fundador e editor-chefe do PL. Jornalista apaixonado por quadrinhos, filmes, games e séries.

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