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5 motivos para você assistir ‘iBoy’ (2017)

Um Sci-Fi que faz da tecnologia uma poderosa arma de combate ao crime

Na era da “internet das coisas”, quem controla toda tecnologia ao seu redor é um dos super-heróis mais poderosos da Terra. ‘iBoy’ é um filme um pouco diferente de algumas produções que misturam superpoderes e ficção científica. Dirigido por Adam Randall e adaptado do livro homônimo escrito por Kevin Brooks, a produção original da Netflix traz uma abordagem diferente para um gênero que invadiu às telinhas e telonas nos últimos anos.

Um cara chamado Tom (Bill Milner) vai visitar a amiga chamada Lucy (Maisie Williams), em sua casa, mas quando ele chega lá, percebe que uma gangue está abusando sexualmente dela (não se preocupe, as cenas não são gráficas), ele tenta salvar a garota de alguma forma, mas tudo que consegue fazer é atrair a atenção da gangue pra ele ao sair correndo. Enquanto tenta escapar dos valentões, ele saca seu iPhone e liga para policia, mas antes que alguém possa atender, Tom é baleado na cabeça – bem próximo da orelha que ele tava falando ao celular. Tom fica em coma por 10 dias e, quando desperta, o médico informa que alguns fragmentos do iPhone ficaram alojados em sua cabeça e não será possível fazer a retirada deles.

Resultado, ele ganha superpoderes e passa a controlar qualquer eletrônico ao seu redor, isso inclui rádios, smartphones, televisores, videogames, notebooks e até motores de carros. E ele faz tudo isso apenas com o poder da mente. Ele é um X-Men? Não, ele é o iBoy!

Para falar um pouco melhor desse filme, separei tudo em cinco tópicos. Veja abaixo.

Roteiro

5 motivos para você assistir 'iBoy' (2017)

“iBoy” tem um roteiro bem enxuto, mas que aproveita das coisas simples e dos pequenos detalhes para ser grandioso. Ao mesmo tempo que parece que você já viu tudo isso em outros filmes, ou seja, um cara que ganha superpoderes da noite para o dia e resolve se vingar de quem lhe fez mal ou de quem fez mal a alguém que ele goste, Joe Barton conseguiu explorar e abordar tudo isso de uma forma menos caricata, e sem chegar no ponto alto de dizer que o longa é clichê do começo ao fim. Alguns dos pontos positivos estão nos diálogos entre os protagonistas (Tom e Lucy) e na forma como o próprio Tom lida com seus superpoderes.

Ele não quer salvar o mundo, ele não quer ser um vigilante, ele quer apenas viver com o mínimo de paz, mesmo sabendo dos efeitos que suas ações podem desencadear. Por outro lado, ele mostra como Lucy enfrenta a consequências psicológicas depois de ter sofrido o abuso sexual. Sempre com simplicidade e com uma profundidade no tom certo. Ele tem um tom bem parecido com o de “Poder sem Limites” (2012), de Josh Trank.

Elenco

5 motivos para você assistir 'iBoy' (2017)

Quem chama a atenção para esse filme enquanto você zapeia pelo catálogo da Netflix, é a Maisie Williams – mais conhecida por seu papel na série “Game of Thrones” – a Arya Stark. No papel de Lucy, ela entrega uma atuação impactante e dificilmente você se lembrará dela como Arya na série da HBO. Outro que chama atenção é o Rory Kinnear, conhecido por seu trabalho interpretando Bill Tanner nos filmes “Quantum of Solace”, “Skyfall” e “Spectre”, da franquia 007.

Ele é o chefão da gangue, e quando ele entra em cena o tom dramático é elevado e faz com que você continue ainda mais compenetrado na trama. Por fim, temos Bill Milner, que interpretou o jovem Erik Lehnsherr, o Magneto, de “X-Men: Primeira Classe” (2011), mas acabou ficando mais conhecido por seu papel em “O Filho de Rambow” (2007), como Will Proudfoot. Bill não deixa a sua atuação subir à cabeça nos momentos em que, no geral, ou melhor dizendo, em outros filmes desse gênero, aconteceria algo do tipo quando o longa atingisse o clímax.

Ele consegue segurar bem as pontas dramáticas e entrega o seu melhor de acordo com o tom necessário em cada cena. Nem mais nem menos, tá no ponto. Essa tríade é mais um elemento que te mantém imersivo na fita.

Direto ao ponto

5 motivos para você assistir 'iBoy' (2017)

O diretor Adam Randall ousou em não enrolar ao contar a trajetória de Tom. Em 90 minutos, ele foi direto ao ponto em quase tudo. Sem se aprofundar em detalhes, ele conseguiu passar a mensagem para o espectador. Deixando tudo mais dinâmico e despertando um interesse ainda maior do espectador seguir à trama.

Efeitos Especiais

5 motivos para você assistir 'iBoy' (2017)

Nada de explosões, de super-herói voando ou portando armas de fogo, dando saltos homéricos e nem fazendo malabarismo digital. Os efeitos especiais de “iBoy” têm os pés no chão. O mais bacana disso tudo, foi a forma como demonstraram os poderes de Tom ao enviar e receber mensagens para celulares usando apenas o cérebro. Em como ele tinha acesso a vida dos seus “inimigos” através de dispositivos, gadgets e, claro, como demonstraram que sua mente podia usar toda a tecnologia disponível a seu favor.

Cenas de ação

5 motivos para você assistir 'iBoy' (2017)

Um dos desafios de Randall esteve sempre em como tornar a vida de um adolescente interessante a ponto de prender o espectador do inicio ao fim. Como criar cenas de ação que empolgam, se o personagem usa apenas a mente para controlar a tecnologia ou a eletricidade de objetos que estão a seu redor?

E como fazer isso, sem ter que apelar para o abuso gráfico da violência e sem ter que torná-lo imbatível? Ele não sabe lutar e nem sabe como enfrentar os “vilões”, mas como ele resolve alguns de seus problemas? Assim como muita gente faz atualmente, aprendendo com tutoriais na internet. Quem jogou “WatchDogs”, por exemplo, vai se sentir familiarizado ou para quem acompanhou a série “Mr. Robot”, vai entender mais ou menos como é o estilo de ação de “iBoy”.

Quem não jogou ou assistiu a série, não tem problema. Quando se mistura o mundo digital com o real, o mistério aumenta e a sensação que uma merda bem grande vai acontecer e como o protagonista vai se livrar dela, é uma das melhores sensações que um filme pode te trazer.

“iBoy” está disponível na Netflix.

Escrito por Bruno Fonseca

Fundador e editor-chefe do PL. Jornalista apaixonado por quadrinhos, filmes, games e séries.

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