Chegamos a quinta parte de Convergence e agora a porra ficou séria. Traição, morte, dinossauros, personagens assumindo novos papéis, revelações sobre as origens de Telos e alguma coisa sobre o futuro da DC Comics em uma HQ de ação Multiversal bem movimentada.
Deimos, o mago maligno da Terra conhecida como Skartaris obtém um tipo de poder que rivaliza ao de Telos e Brainiac. Isso deixa todo o elenco a sua mercê a partir desta edição e muda totalmente a dinâmica da saga. Essa puta confusão entre os vilões dá uma chacoalhada boa no formato meio “engessado” do evento até o momento e deixa tudo um pouco mais fluído. Além disso, a aparente mudança de antagonista dá um empurrãozinho na história que estava andando meio com o freio de mão puxado no seu início.
Tudo bem, todos nós já meio que desconfiávamos que em algum momento todos os super seres destas cidades que foram aprisionadas em domos e forçados a combater se voltariam contra seus captores, mas a maneira como Jeff King apresenta essa reviravolta é bem válida e promete bons conflitos em edições futuras. O ritmo narrativo nesta parte da saga melhora bastante e alternando entre cenas de combate e revelações sobre os personagens e o multiverso o autor consegue manter a leitura interessante. O ponto fraco é a falta de profundidade e o tratamento superficial dado ao elenco do universo de Warlord. Os personagens aparecem, somem, morrem e lutam e você não sabe quem é quem e quais as motivações por trás de tudo que fazem. Isso é perfeitamente aceitável quando se usa um personagem mais popular como um Batman ou Superman (de qualquer Terra), mas com personagens relativamente desconhecidos fica difícil o leitor ter algum apego sem algum tipo de explicação prévia.
A arte nesta quinta parte é do veterano Andy Kubert e não há o que reclamar. O artista apesar de fazer o seu “feijão com arroz” habitual injeta energia nas cenas de batalha com os heróis daTerra-2, entrega páginas duplas com um visual explosivo nos flashbacks de Telos e dá peso ao combate entre Superman e Deimos. As cenas com Warlord cavalgando os tricerátopos e invadindo o proverbial “castelo” é totalmente anos 1990 e temos um visual bastante saudosista em toda esta edição.
Convergence até o momento tem se mostrado uma saga com uma premissa bem promissora e que ainda não deslanchou. O problema continua sendo um roteiro bastante burocrático com um desenvolvimento lento, apesar de ter um elenco que tem tudo para cativar os leitores. Isso melhorou um pouco na quarta edição e continua a evoluir na quinta parte. A arte faz de tudo para agradar o leitor e dá a energia necessária ao roteiro, mas em termos de sagas DC este evento ainda está devendo.
ACOMPANHE TODAS AS RESENHAS DE CONVERGENCE:
– HQ do Dia | Convergence #0
– HQ do Dia | Convergence #1
– HQ do Dia | Convergence #2
– HQ do Dia | Convergence #3
– HQ do Dia | Convergence #4
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