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Uma saudade chamada ‘Winning Eleven’

O sucessor de “International Superstar Soccer” que marcou a geração de gamers apaixonados por futebol dos final dos anos 90 e 2000

Não tem como ter outro sentimento em relação ao Winning Eleven” senão o de saudade. Quem viveu a geração do Playstation, vai sentir a nostalgia batendo no peito bem forte a partir de agora.
 
Estou resgatando uma memória que até pode ser chamada de recente dependendo do ponto de vista. “Winning Eleven” para PSone marcou uma geração que passava horas em frente a TV, tentando encontrar os melhores dribles, estratégias para vencer os campeonatos e lotar a galeria de troféus. Inclusive nas versões em que era possível jogar a famosa Master League, as horas de jogatina dobravam.

A história

Winning Eleven” foi criado em 1996 pela Konami e aos poucos foi ocupando o lugar consagrado do “International Superstar Soccer”, que até hoje tem cadeira cativa nos videogames de 16 bits. Nos primeiros anos, foram lançados no mercado dois títulos de WE sendo o primeiro: “World Soccer WE” e depois o “J-League Jikkyō Winning Eleven 97″, que apresentava apenas os times do campeonato japonês. No ocidente, os títulos sempre recebiam outros nomes como: “Goal Storm” nos EUA e “International Superstar Soccer Pro” na Europa.
 
Mas foi em 1998 que a coisa toda explodiu e a franquia “Winning Eleven” passou a ser chamada assim por nós. Estávamos diante do “Winning Eleven 3″ (que só foi chamado assim no Japão), nos lados de cá do mundo, o nome ainda era de “International Superstar Soccer ’98”. Mas a maioria na época só usava o nome original (do oriente).
 
Nesta versão que aproveitava um dos momentos mais mágicos do futebol – a Copa do Mundo -, contou apenas com seleções que não foram licenciadas. Por isso o nome dos jogadores e estádios que, apesar de serem muito parecido com os que sediaram a Copa do Mundo da França, eram todos trocados. Logo depois desse sucesso, desembarcou por aqui o “Winning Eleven 4″ e esse fez historia de verdade. Mas definitivamente, quem marcou de fato foi “Winning Eleven 2002″. A versão era licenciada, tinha o modo Master League, seleções e clubes da Europa.
 
Foi nessa fase também que o Brasil deu o pontapé nos chamados “patch” – que eram as atualizações locais que os fãs faziam pro game. Inclusive, existiu um com narração em português feita por um cara conhecido como “Neri, o Danado”, além de uma com o Galvão Bueno também. Na época do PS2, por exemplo, o Bomba Patch entrou em ação e nunca mais parou. 100% atualizado sempre! 😂
 
Para amenizar um pouco a saudade que “Winning Eleven” deixou, vamos relembrar momentos especiais e macetes que os gamers faziam na época, além  de outros coisas que marcaram o jogo de futebol.

Roberto Carlos no ataque

Quem nunca apelou com o lateral esquerdo no ataque jogou “Winning Eleven” de forma errada. Tínhamos os melhores atacantes da época com a dupla Ronaldo e Rivaldo, mas o Roberto Carlos tinha um speed máximo, portanto a vaga no ataque quando jogávamos com a seleção brasileira ou em algum time da Master League, era sempre dele.

Babangida, o terror da Nigéria

A seleção da Nigéria tinha ótimos jogadores. Se o seu amigo pegava o Brasil pra jogar com o Roberto no ataque, você brigava de igual para igual com o Babangida, que também tinha speed no máximo. Ele sempre fazia estrago se pegava a bola correndo do meio campo até a grande área.

Time dos sonhos

Tinha gente que adorava tanto os atacantes e meia atacantes do “Winning Eleven”, que se duvidar montava um time na Master League só com eles. Em sua maioria, esses eram figurinhas carimbadas de um time:
 
Bergkamp , Davids , Batistuta , Veron , Seedorf, Ibrahimovic, Ronaldo, Roberto Carlos, Babandiga, Amokachi, Owen, Koller, Rivaldo, Shevchencko, Recoba, Didico, Nedved, David Beckham, Zidane e tantos outros.

Castolo, o mito!

Sem esse craque no seu clube você jamais teria ganhado um título da Master League. Ele era aquele tipo de jogador copeiro, que não tinha medo algum de fazer gol de canela, de bico ou podia ser até gol de joelho. O importante é que ele não tinha vergonha de meter a bola na rede. E o maior detalhe: não tinha banca de jogador caro. 😂
 
Era uma dificuldade enorme fazer a bola chegar nele, pois seus companheiros de clube eram tudo perna de pau. Mas ao lado de Ivarov; Valeny, Jaric, Stemer; Dodo, Youga, Espimas, Ximelez e Miranda; Ordaz, o brasileiro Castolo fez história.
Inclusive em 2016, o jogador recebeu uma homenagem de Papú Gomez, capitão do Atalanta na época. O meia colocou uma braçadeira com o nome dos 11 jogadores da Master League.

Gol manjado

Uma das formas mais manjadas de fazer gol no “Winning Eleven”, era tabelar na frente da área e de cara com o goleiro, utilizar o X+☐ pra cortar ou encobrir. Também tinha o famoso ataque pelas laterais, subir na vertical pela grande área e chutar cruzado. 

Narrações

As versões dos jogos que chegavam ao Brasil, em sua maioria, era sempre a japonesa. Mas isso não era problema, pois sempre tinha alguém que fazia modificações e deixava o jogo em português, atualizava o nome e atributos dos jogadores e até colocavam uma narração personalizada como falamos no início desse artigo. As mais marcantes foram as narrações de Galvão Bueno e também a do Neri, que trazia o famoso bordão “Vai chutar ovo na ilha”. Veja abaixo como era cada uma. 
 

Galvão Bueno

Neri, o Danado

Escrito por Bruno Fonseca

Fundador e editor-chefe do PL. Jornalista apaixonado por quadrinhos, filmes, games e séries.

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