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Review – Just Cause 3| Repetitivo, cheio de homenagens e extremamente divertido

O suposto fim da franquia Just Cause, da desenvolvedora sueca Avalanche Studios e com a (lendária) japonesa Square Enix como publisher, apesar de já ter sido anunciado faz certo tempo (enquanto projeto em desenvolvimento, conseguiu um lançamento tranquilo e uma espera razoavelmente tranquila enquanto comparado com os grandes títulos de 2015.

No entanto, ao contrário das grandes expectativas geradas por jogos como Fallout 4, Assassin’s Creed: Syndicate ou Mad Max, por exemplo, Just Cause 3 não construiu suas promoções na base do revolucionário, do inovador ou do alvoroço pelo título.

Desde o primeiro título (2006), Just Cause vem trabalhando no que precisa ser trabalhado, reconhecendo seus erros e refinando sua melhor característica: a diversão in game.

A plot se desenvolve seis anos depois do segundo game da franquia, e o personagem principal, Rico Rodriguez vai à terra natal de sua mãe, uma ilha no Mediterrâneo chamada Medici, que está sob o controle violento do punho de ferro do ditador fascista General Sebastiano Di Ravello – que, bem, deseja expandir seu domínio ao restante do mundo. E então temos a plot básica com o herói de ação clássico no melhor estilo brucutu dos anos 80.

Review – Just Cause 3 Repetitivo, cheio de homenagens e extremamente divertido (8)

A trilha sonora é um misto da (nova) febre dos sintetizadores dos anos 90, hard rock clássico e algumas pitadas de folk da região do mediterrâneo. Apesar de não ser exatamente uma trilha incrível, ela não passa em branco (e não é nada repetitiva). Em alguns momentos dentro do game passamos por momentos de silêncio de trilha muito bem orquestrados em relação ao que se passa no ambiente ao seu redor – é uma imersão de situação e em uma condição de filme de ação e aventura.

O clima do jogo é pintado bem como filme de brucutu, uma aventura com background afrodisíaco (a ilha) e uma dose cavalar de referências visuais diretas do longa Caçadores de Emoção (1991), mas sem o surf.

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No começo os controles passam uma sensação de estranheza, mas nada que 30 min de gameplay não resolva. Apesar de não serem instintivamente intuitivos (como se tem visto bastante dos últimos anos para cá), eles são “naturais” o suficiente. A partir disso já engatilhamos a jogabilidade: suave, tranquila e, embora não seja precisa, há uma razão para isso: imersão.

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Você consegue sentir o peso de tudo que faz, seja explodir (e o que não falta no jogo são explosões) alguma coisa (ou alguém), distribuir tiros com armas (variedade bem maior do que nos antecessores), voar por aí e, principalmente, utilizar da marca registrada do jogo, o grappling hook, que recebeu um refinamento gráfico e mecânico incrível. As possibilidades in game são incríveis.

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Os gráficos são bonitos e apresentam tudo que possível dentro de suas limitações; e um ponto extremamente positivo do game é não esconder imperfeições com excesso de sombras ou iluminação propositalmente mal posicionada: tudo é claro, bem iluminado e mostra quanto de esmero foi colocado ali.

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Existem falhas? Existem, mas a equipe de desenvolvimento não tem nenhuma vergonha de mostrá-las – e isso torna Just Cause mais bonito ainda.

Os sons não são extraordinários, mas cumprem muito bem seu papel de aumentar a tridimensionalidade sonora do jogo; você se sente dentro daquele ambiente, mas não é nada tão incrível.

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O sistema de missões e até mesmo a história principal não seguem o mesmo ritmo frenético de todo o resto do jogo, apesar de serem boas, apresentando novas oportunidades de levar as ferramentas dadas a Rico a usos cada vez mais criativos. Just Cause te “treina” para usar os itens e habilidades das maneiras mais inventivas e diversas possíveis, mas tudo isso, claro tem um limite.

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Além de tudo o game é um sandbox. Apesar de não ser um mundo exatamente grande, ele é rico e bastante detalhado, dando uma espécie de ar de credulidade à ilha.

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A repetição é um dos pontos mais negativos do jogo, que apesar de te induzir a experimentar ao máximo as possibilidades do gameplay, lhe coloca para fazer as mesmas coisas sempre. Uma sugestão válida é destravar os itens e habilidades o quanto puder e explorar a ilha livremente, afinal, praticamente tudo é passível de interação; e mais: de destruição. A física atuante nas construções, principalmente no que diz respeito à destruição das mesmas é bem avançada.

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Além disso tudo, prepare-se para encontrar uma série de homenagens aos dois predecessores da franquia, filmes antigos e jogos clássicos.

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Disponível para Xbox One, PS4 e PC, Just Cause 3 é a surpresa desse ano em quesito divertimento.

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Escrito por Equipe Proibido Ler

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