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Daft Punk: Unchained (2015) | A história de dois artistas intransigentes

Daft Punk: Unchained é um filme documentário que retrata sobre o fenômeno da cultura pop Daft Punk, dupla com 12 milhões de álbuns vendidos no mundo inteiro e vencedor de sete Grammy Awards. Dirigido por Hervé Martin-Delpierre, o documentário explora a revolução sem precedentes da música eletrônica e como isso acabou revelando uma dupla de artistas em uma busca permanente para a criatividade, independência e liberdade. Entre ficção e realidade, magia e mistério, futuro e reinvenção, teatralidade e humildade, os famosos robôs têm construído um mundo único.

O filme documentário que conta com 85 minutos de duração combina metragem rara, bem como entrevistas exclusivas com os colaboradores de longa data e recentes da dupla, onde os mesmos falam sobre seu trabalho com o duo Daft Punk. Entre eles estão: Kanye West, Pharrell Williams, Giorgio Moroder, Nile Rodgers e Michel Gondry. Ao longo de sua carreira, Thomas Bangalter e Guy-Manuel sempre resistiram aos compromissos e os códigos estabelecidos pelo show business. Eles estavam determinados a manter o controle de todos os elos da cadeia de seu processo criativo, onde numa era da globalização e redes sociais, eles raramente falam em público e/ou mostram seus rostos.

Daft Punk: Unchained (2015) | A história de dois artistas intransigentes

Daft Punk: Unchained é visualmente um filme documentário bastante agradável, acompanhado por uma lista de músicas características que retratam bem as fases da dupla exploradas durante o longa, tendo uma boa sincronização entre imagem e áudio. O longa meticulosamente produzido, mantém também, uma sincronia cronológica quanto aos eventos explorados no longa e os relatos sobre os mesmos acontecimentos.

Daft Punk: Unchained retrata, ainda que de forma rasa, os principais acontecimentos na história do Daft Punk em meio ao decorrer das décadas e seus processos evolutivos. Bem como menção a fase de Thomas Bangalter e Guy-Manuel na banda francesa The Phoenix, a migração dos mesmos para o estilo em ascensão da música techno/eletrônica, o lançamento de seu primeiro sucesso “Da Funk” que acabou consolidando os eventos posteriores e que marcaram a história da dupla até os dias atuais.

Daft Punk: Unchained (2015) | A história de dois artistas intransigentes

Ainda que, como citado acima, o filme documentário não se aprofunde nos eventos que marcam a história de ambos, Daft Punk: Unchained consegue expressar-se de maneira clara, objetiva e sucintamente agradável, de forma a instigar e expressar ideais e sentimentos originados de uma juventude dos anos 90~2000, que acreditavam em si mesmos e no poder da música, contrastando com um processo evolutivo nos parâmetros sociais no mundo para tal juventude.

De fato, o longa consegue ressaltar com evidência marcante os pontos que tornam o  Daft Punk uma das referências de maior impacto e importância na cena da música eletrônica e/ou na cultura pop como um todo. Entre tais pontos, a inovação e criatividade propagada por eles, que acabou por popularizar conceitos de grandes estruturas com show de luzes e leds, junto a independência e liberdade, tanto artística quanto pessoal, são evidenciados com o devido destaque.

Daft Punk: Unchained (2015) | A história de dois artistas intransigentes

Daft Punk: Unchained é uma digna homenagem ao berço musical das festas junto a  inovação, criatividade, independência e liberdade da dupla que atende pelo nome nome “Daft Punk”, músicos que ainda inspiram diversos setores de entretenimento. Ou seja, se você é fã de Daft Punk e/ou da música eletrônica, este filme documentário é mais do que recomendável, é obrigatório.

Daft Punk: Unchained teve seu lançamento realizado em 24 de julho de 2015, sendo produzido pela BBC Worldwide Productions e tendo avaliação para DVD e Blu-Ray, contando ainda com edições para colecionadores acompanhado por um livro que retrata também a história da dupla.


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Escrito por Isaias Setúbal

All I hear is doom and gloom. And all is darkness in my room. Through the night your face I see. Baby, come on. Baby, won't you dance with me?

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