Bruno Fonseca Após 15 anos de existência, 29 filmes e quatro fases deixadas pra trás, “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania” deu início a 5º fase do Universo Cinematográfico da Marvel. E o que isso significa? Que diante dos últimos filmes lançados pela Marvel Studios, o fã mais obcecado por filmes de boneco esperava um filme brilhante. Será que a expectativa foi atingida? Veremos a seguir.
Em “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania”, quando Cassie (Kathryn Newton), filha de Scott Lang (Paul Rudd), desenvolve um dispositivo que permitiria a comunicação com o reino quântico, o experimento termina em desastre: Cassie, Scott e sua companheira e heroína, Vespa, Hope van Dyne (Evangeline Lilly) involuntariamente se encontram no reino místico. Unindo forças com os pais de Hope, Hank Pym (Michael Douglas) e Janet van Dyne (Michelle Pfeiffer), o trio trabalha um caminho de volta enquanto os atrai para o misterioso mundo do Reino Quântico, onde encontram criaturas alienígenas e uma civilização oculta.
Eles também descobrem que Janet (que ficou presa por 30 anos), ainda esconde deles segredos de seu passado envolvendo Kang (Jonathan Majors), que também está preso no reino quântico.
A sinopse passa, apesar de concisa, a mensagem que a aventura dos super-heróis será no mínimo interessante. Mas não é isso que vemos em tela durante as duas horas de filme. É nítido que a Marvel tirou o pé e tem entregado produções a toque de caixa. Tá, tudo bem, não deve ser assim, mas a impressão que o espectador tem ao ver “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania” não tem como ser outra.
Homem-Formiga e a Vespa (2018) | Divertido, leve e necessário
Peyton Reed que, no geral, entregou dois filmes do Homem-Formiga que cumpriram bem seu papel para chegar em “Vingadores: Ultimato” (2019), e depois pra ingressar no tão aguardado reino quântico, não soube manter o ritmo no terceiro. O longa oscila bastante no início e mais pro meio, mas depois engrena e a aventura fica interessante e passa a lembrar um pouco de longe a Marvel que a gente conhece.
A introdução de Kang e a afirmação de Cassie (que nos quadrinhos é chamada de Estatura), são dois pontos altos do filme. O primeiro, mostrou ser um vilão dos bons e que vai dar muito trabalho em quem cruzar o seu caminho. Já Cassie, começa a pavimentar o caminho pra ser uma jovem vingadora. Gostei dela!
Mas boa parte do restante é decepcionante. Eu não sei o que aconteceu com o CGI, mas nunca mais foi o mesmo. E aqui, é um pouco pior que “Thor Amor e Trovão” (2022). Afinal de contas, 90% do filme se passa num reino criado em CGI, portanto fica ainda mais fácil notar os problemas. Tirando isso, há diálogos cheios de frases de efeitos, pouco profundos e robóticos. Rola tamém situações que aparecem sem contexto ou que não fazem sentido se você olhar a trama como um todo.
“Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania” veio pra abrir uma nova fase no MCU, que apesar de todos os seus problemas, ainda sim tem bons momentos. Mas o sinal de alerta deve ser ligado. Se continuar assim nas próximas produções, é ladeira abaixo.
