Essa história é sobre as saudosas balas Zung! Eu tinha 9 anos e estava na terceira série do primário (atual ensino fundamental I). Naquele tempo, R$ 1,00 valia muito e dava pra comprar muitas coisas. Todos os dias minha mãe me dava um R$ 1,00 pra gastar na cantina da escola na hora do recreio.
Nessa época, foi lançado o primeiro longa metragem animado dos Cavaleiros do Zodíaco, chamado “A Lenda dos Defensores de Athena” (1998). Apesar de ser um filme da década de 80, ele só chegou no Brasil em julho de 1995. Antes disso, chegaram por aqui em VHS os curta-metragens “O Santo Guerreiro” (1987) e “A Grande Batalha dos Deuses” (1988).
Logo após o lançamento da batalha contra o Abel nos cinemas brasileiros, a Freegells lançou uma bala que virou uma febre entre as crianças e adolescentes daquela época. O motivo eram as figurinhas do filme dos Cavaleiros do Zodíaco. O nome dela era balas Zung, e o sucesso foi tanto que vendiam como se fosse água.
Todos os meus amiguinhos da escola tinham um saco de papel com balas Zung, e se alguém pedisse uma bala recebia a resposta: pega a bala, mas a figurinha é minha! E essa bala não vendia na cantina da escola e sim na tiazinha que ficava em frente dela. A famosa tia do doce.
As figurinhas vinham dobradas dentro do pacotinho da bala, protegidas por um envelope simples. Muitas vezes, era impossível resistir e a gente abria o pacote ali mesmo, na calçada ou no pátio da escola, torcendo pra sair um Cavaleiro de Ouro ou o próprio Seiya. A maioria das figurinhas mostrava os personagens em poses de ação ou em close, com cores vibrantes e aquele traço clássico da série.
Pra conquistar ainda mais a garotada, a Freegells deve ter pensado algo mais ou menos assim: temos uma série de figurinhas e o que vamos fazer com elas? A resposta foi óbvia: vamos lançar um monte de álbuns em que essas figurinhas possam ser coladas.
E assim, eles lançaram seis álbuns em formato de pôster e mais quatro álbuns em formato de super-pôster. Para ganhá-los, você tinha que comprar no mínimo 20 balas na tia do doce (pelo menos essa foi a regra que ela impôs). Era um festival de balas Zung e pôsteres dos Cavaleiros do Zodíaco pra tudo que era lado na escola.
Ao todo, estima-se que a coleção tinha cerca de 50 a 60 figurinhas diferentes — e claro, sempre rolavam as repetidas. Isso acabava virando um evento social na escola: cada recreio era um momento perfeito pra fazer troca com os colegas. Quem tinha o Shiryu ou o Saga virava praticamente o rei do pedaço.
+ Veja abaixo cada um desses pôsteres e super-pôsteres que encontrei no melhor site de conteúdo sobre os Cavaleiros de Athena, o CAVZodiaco.

Veja abaixo como era o comercial das balas Zung na TV
As balas custavam (em média) de 20 a 25 centavos dependendo do lugar. Foi lançado um total de 80 figurinhas para 6 pôsteres e 4 super-pôsteres.
Esse tipo de brinde fazia parte de uma época em que até as balas se transformavam em febre nacional. Não era só sobre o doce — era sobre colecionar, trocar, completar e se conectar com um universo que a gente via todo dia na TV. As balas Zung com figurinhas dos Cavaleiros do Zodíaco marcaram a infância de muita gente e hoje são itens super raros, procurados por colecionadores nostálgicos em sites como OLX, Shopee e Mercado Livre.
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Curiosamente, a empresa Freegells, que lançou as balas Zung na década de 90, acabou sendo comprada pela empresa Riclan. A Riclan tentou repetir o feito, lançando uma nova coleção de balas em 2005 (coleção Buzzy), mas não fez o mesmo sucesso!
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