Bruno Fonseca Depois de “Vingadores: Ultimato” (2019), ficou difícil deduzir qual seria os rumos do MCU. Bom, talvez não para quem acompanha a franquia à risca ou quem estuda cada passo que o Kevin Feige decide dar tanto no cinema quanto nas séries.
Eu, por exemplo, simplesmente abri meu coração e me deixei levar. Depois do estalo, podem me entregar qualquer coisa que eu assisto sem qualquer expectativa. E digo que assim ando fazendo e posso validar que é muito mais saudável.
Eu me preparei pra ver “Viúva Negra” com expectativa em -10 e saí do filme com algo quase em 100%. Sim, eu me empolguei, me diverti e coloquei o filme no meu top 3. Pra quem ficou curioso, vou de “Pantera Negra” (2018), “Viúva Negra (2021) e “Demolidor (2003). Já aviso que não adianta me julgar pelo filme do Homem Sem Medo RAÍZ. 😂
Agora que já enrolei bem, dá pra começar falando que “Viúva Negra” chegou tarde, mas que mesmo assim serviu bem ao universo cinematográfico da Marvel. Ele se passa pouco antes de “Capitão América: Guerra Civil” (2016), e vai mostrar como foi a vida de Natasha Ramanoff (Scarlett Johansson) desde a pré-adolescência até o ponto no qual ela é presa pelas autoridades por infringir o tratado de Sokovia e outros delitos.
No longa, o primeiro da fase quatro do MCU, Natasha Romanoff precisa confrontar momentos de sua história com o surgimento de uma conspiração perigosa ligada ao seu passado. Perseguida por uma força que não vau parar até derrotá-la, a heroína terá que reviver sua antiga vida de espiã e reencontrar familiares que abandonou antes de fazer parte dos Vingadores.
“Viúva Negra” apresenta uma boa trama de espionagem, cheia de mistérios e com muita, mas muita ação. As cenas de luta são muito bem coreografadas, Natasha dá um baile ao lado de Ylena Belova (Florence Pugh). Gosta de filmes da franquia “007” e “Velozes & Furiosos”? Sim? Então vai curtir esse também.
Lembro que as melhores cenas de combates corpo a corpo eram da Viúva Negra no filme dos Vingadores. Aqui, a diretora Cate Shortland aprimora, capricha e entrega às vezes até com certo exagero, ótimas cenas da super-heroína. Pode ficar tranquilo que não tem ninguém lutando no espaço sideral, mas é quase isso ou só faltava isso pra ser ainda mais doido.
Mas Bruno, quer dizer então que é ruim e você está passando pano? Não, quer dizer que é ficção e nela tudo é possível. Tem cena de perseguição de carro, de moto, tem cena de avião estilo “Missão Impossível”, tiroteio, resgate, luta de faca na cozinha e muito mais. Pura diversão, amigo. Vai por mim!
Além disso tudo, “Viúva Negra” tem mais dois pontos fortes. São eles: Guardião Vermelho (David Harbour) e a própria Ylena. O primeiro vai ser o responsável pelos momentos mais toscos e engraçados do filme, e a segunda por fazer você querer conhecer mais dela e vê-la nos próximos filmes do estúdio.
Enquanto toda a correria acontece, ainda sobra tempo pra fortalecer laços familiares, passar uma mensagem positiva sobre isso e deixar uma pulga atrás da orelha no espectador com a cena pós crédito. Essa cena, por sua vez, tem uma leve ligação com os acontecimentos de “Falcão e o Soldado Invernal”.
“Viúva Negra” tem tudo que o filme de uma super-heroína merecia faz tempo. Ele te prende, tem baita trama de espionagem com mistérios e reviravoltas, além de te divertir e te empolgar como um bom filme da Marvel sabe fazer. Vale a compra do conteúdo extra no Disney+ ou se não estiver muito curioso, espera chegar no catálogo do streaming.
Ylena Belova, pode entrar na minha casa, na minha vida, toma conta da minha família, eu deixo TUDO!
“Viúva Negra” está disponível no Disney+.
