Depois de anos de concorrência e “estabilidade”, os games de futebol passaram ou passarão por mudanças consideráveis. O Pro Evolution Soccer (PES, que já foi conhecido como Winning Eleven no Brasil) mudou sua marca para eFootball, com críticas majoritariamente negativas e gratuito para jogar.
Já a série FIFA, da EA Sports, que existe desde os anos 90, deve acabar em dezembro de 2022, quando a parceria entre a produtora de jogos e a instituição máxima do futebol acaba. O que vai acontecer a partir dessa data ninguém sabe, mas a EA já comprou os direitos da UEFA (para a Champions League), da Conmebol (Libertadores) e FIFPro (Associação de Jogadores), possibilitando continuar com vários campeonatos e usando os nomes e rostos dos principais atletas do planeta.
Mas como ficam os clubes brasileiros nisso? O alcance do futebol brasileiro melhorou muito nos últimos anos. Um exemplo disso são as parcerias com as casas de apostas. O Flamengo, por exemplo, tem a parceria com a esportebet, não só com o patrocínio no uniforme, mas também ações de marketing em sua plataforma, seguida no mundo inteiro. O Flamengo está junto com o Arsenal e o São Paulo nessas ações, só para citar dois grandes clubes.
Mas estar no mundo dos games é fundamental para alcançar novos públicos, as faixas etárias mais jovens e manter-se relevante nos cenários dos eSports, algo com potencial bilionário.
Como será o futuro?
Se alguém tiver uma resposta exata para essa pergunta estará mentindo. Os clubes brasileiros como um todo tiveram algumas dificuldades nos principais jogos e os mais antenados na questão do potencial dos games e dos eSports saíram na frente.
Um exemplo é que no eFootball estão presentes nove clubes do mundo em sua versão oficial e três deles são brasileiros: Flamengo, São Paulo e Corinthians. Eles fazem companhia a Barcelona, Juventus, Manchester United, Arsenal, Bayern de Munique e o argentino River Plate.
Mas no eFootball de 2022 a promessa é que os 20 clubes da Série A mais os 20 clubes da Série B estarão presentes. Isso é algo incrível.
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Porém no FIFA infelizmente há limitações. Por causa de ações de jogadores, os times brasileiros têm nomes e caras genéricas para os atletas que atuam no futebol nacional. São 13 os clubes brasileiros presentes: Athletico, Atlético-MG, Santos, Cuiabá, Fortaleza, Fluminense, Grêmio, Internacional, Bahia, Chapecoense, Ceará, Atlético-GO e Juventude.
Ou seja, Flamengo, Corinthians e São Paulo estão no eFootball mas não no FIFA. E outros clubes nem em um, nem em outro.
Os problemas para licenciar competições, campeonatos e atletas são grandes no Brasil e por isso nem iniciativas que gastam bilhões de dólares em direitos conseguem fechar o pacote e ter de forma correta a possibilidade de usar o futebol brasileiro, um dos melhores e mais conhecidos do mundo.
Com as mudanças que estão acontecendo nos games de futebol é de se pensar se isso será alterado no futuro próximo, para que os brasileiros, que são um mercado enorme para o eFootball e a EA Sports, possam jogar com seus times do coração sem jogadores genéricos. Mas primeiro precisamos ver o que a FIFA e a EA Sports decidem fazer em dezembro de 2022.
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