Na última terça feira (22), saiu a nova saga da DC Comics chamada “Infinite Frontier”, minissérie que inaugura a nova a fase da editora das lendas e faz uma ponte positiva para o futuro.
“Infinite Frontier” é escrita por Joshua Williamson, arte de Xermanico, cores de Romulo Farjado Jr. e capas de Mitch Gerads. O título apresenta de forma rápida algumas mudanças no Multiverso da DC depois da história “mais louca que bátima” chamada Death Metal.
O universo da DC estava organizado desde série “Multiversity”, de Grant Morrison, existia um mapa e uma divisão muito simples. Rápida para entendimento e limite muito bem estabelecidos. Quando Scott Snyder resolver criar um multiverso sombrio e, após isso elevar esse acontecimento abrindo um omniverso sem limites, abrangendo tudo que aconteceu em mais de 80 anos da DC Comics, faz com que tudo tenha que ser novamente organizado e colocado alguns pingos nos is.
A ideia de Williamson é pegar um dos pontos mais interessantes da editora dos últimos 10 anos, levando o leitor de volta para a Casa dos Heróis para reencontrarmos Superman Calvin Ellis e a Justiça Encarnada. A equipe que viaja a sangria do multiverso tem agora uma nova missão e tem que descobrir quem está por trás do desaparecimento dos seres mais poderosos de todo omniverso.
Enquanto a equipe tenta entender o motivo do Batman da Terra 2 ter aparecido dentro da nave manjedoura do Superman, acabamos nos reencontrando com Alan Scott, que rapidamente se assume gay para seu filho (agora na continuidade da Terra Zero), encontramos Roy Harper vivo (deixando a bagunça de Heróis em Crise com mais cara de mandate) e Bones querendo investigar as mudanças no multiverso.
Depois desse rápido “overview” conseguimos entender o motivo da existência de “Infinite Frontier”. Desde 2017, a DC vem em muitos momentos de reviravoltas e mudanças editoriais pesadas. A série escrita por Williamson é exatamente o que ela parece: Um Ponto de Equilíbrio. A editora necessitava de alguém que organizasse as 15 sagas de Batman do Snyder, a bagunça feita por Tom King à mando de Dan DiDio e todas as mudanças que foram inseridas e não usadas de Relógio do Apocalipse de Geoff Johns. É necessário mais que nunca organizar.
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Depois de tantas mudanças, Jim Lee assume a editora de forma total a partir dessa série. A nova editoria da DC tem se mostrado cada vez mais organizada, tem procurado abrir espaço e jogar no certo. Só vermos o grande desempenho de Tom Taylor e Bruno Redondo em Asa Noturna (esse gibi merece um texto a parte). “Infinite Frontier” é um inicio sólido e bastante esperançoso para os antigos leitores da DC e uma boa porta de entrada para quem tem curiosidade.
A arte de Xermanico e Farjado Jr é um deslumbre. A forma que eles constroem alguns painéis e fazem transições de quadros mostram a grandiosidade da série. Vale muito salientar a página em que Flash viaja pelas décadas e a dupla emula estilos dos quadrinistas icônicos do velocista escarlate.
“Infinite Frontier” tem apenas uma edição, mas me apresentou coisas que não via na DC há muito tempo: Diversão sem apelar para “adultices” sombrias.
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