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Exterminador do Futuro: Destino Sombrio (2019) | Nostalgia como recurso

A franquia Exterminador do Futuro teve continuações nada carismáticas e satisfatórias ao longo de vinte anos. Mas felizmente, “Exterminador do Futuro: Destino Sombrio” conseguiu resgatar a essência que havia sido esquecida. Mesmo com algumas derrapadas no enredo, a conclusão e algumas inovações são bons motivos para você dar uma chance ao novo filme.

Dirigido por Tim Miller (Deadpool) e produzido por James Cameron que foi o paizão dessa franquia. Os maiores acertos já começam em esquecer as continuações depois de “O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final” (1991) e partir para outra linha temporal – uma continuação direta do melhor filme dessa saga. O respeito está em seguir uma essência que justifica trazer os antigos atores para reviver uma nostalgia no gênero de ficção científica.

Exterminador do Futuro: Destino Sombrio (2019) | Nostalgia como recurso
Sarah Connor (Linda Hamilton) em “Exterminador do Futuro: Destino Sombrio”

Após os acontecimentos de “O Exterminador do Futuro 2 – O Julgamento Final” (1991),  o mundo foi salvo do “Juízo Final” causado pela Skynet. Porém, nos dias atuais uma outra inteligência artificial conhecida como “Legião”, envia do futuro um modelo Rev-9 (Gabriel Luna) para exterminar a jovem Dani Ramos (Natalia Reyes) que parece ser o motivo para a salvação da humanidade no futuro.

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Nessa viagem do tempo, a humana aprimorada Gracie (Mackenzie Davies) também é enviada com a missão de proteger a garota. Seus caminhos se entrelaçam com veterana Sarah Connor (Linda Hamilton) que cede em ajudar as duas a sobreviverem nessa jornada de extermínio. Não demora muito para que ajuda venha também de um velho modelo T-800 (Arnold Schwarzenegger) em chegar até o fim dessa missão pelo futuro da humanidade.

Exterminador do Futuro: Destino Sombrio (2019) | Nostalgia como recurso
Cena de “Exterminador do Futuro: Destino Sombrio”

A trama se repete com pequenas diferenças em sua construção, essas que aprendemos a amar por seus clichês, citações e cenas de ação. O novo olhar que temos é que o filme se concentra em explorar a qualidade de um elenco feminino de peso, mas não esquecendo de suas origens em uma essência que transborda nostalgia a cada momento.

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Apesar de algumas mesmas visões dos filmes anteriores, percebemos que a franquia já chegou aonde precisava e esse filme é muito mais um novo reboot, pois nesses olhares enxergamos uma carência que já teve seu auge e parece que não funciona tão bem como funcionava anteriormente. Mesmo assim, ainda traz bom entretenimento por boas razões em explorar as máquinas e o seres humanos com necessidade de evolução. Um vislumbre de ideias do que poderia ter sido os outros filmes se tivesse um carinho que a franquia representou para o público.

Exterminador do Futuro: Destino Sombrio (2019) | Nostalgia como recurso
O bruto Arnold em “Exterminador do Futuro: Destino Sombrio”

A salvação de toda essa boa experiência é sem dúvida é o retorno de Linda Hamilton que esbanja carisma e tem os melhores momentos em toda história, misturados em compartilhar isso com Arnold que traz um mesmo T-800 sobre novos olhares com um bom humor e boa presença. Os novos atores dispensam comentários. Mackenzie Davies e Natalia Reyes carregam com respeito, mas perdem o sentido ao lado das outras lendas. Gabriel Luna é o T-1000 melhorado, mas sem o carisma de Robert Patrick.

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A história criada por James Cameron tem um começo frenético, mas que logo perde fôlego na metade no segundo ato. Esses momentos onde a ação toma conta, é executado sobre controle de Tim Miller que demonstra um amadurecimento de seus antigos trabalhos, mas, novamente, a visão aqui é reviver o passado do clima deixado pelos dois primeiros filmes da franquia.

Exterminador do Futuro: Destino Sombrio (2019) | Nostalgia como recurso
Cena de “Exterminador do Futuro: Destino Sombrio”

Com um caminho seguro em aproveitar a memória afetiva e a nostalgia como recurso. “Exterminador do Futuro: Destino Sombrio” funciona porque acerta aonde os outros erraram, que foi revitalizar personagens icônicos. Mesmo que tudo relembre o passado e pareça tão igual, é bom perceber que o carinho e essa atenção mesmo em um clima sessão da tarde, pode trazer um novo caminho para a franquia…. Quem sabe.

“Exterminador do Futuro: Destino Sombrio” estreia em 31 de outubro de 2019.

Escrito por Rafael Tanaka

Publicitário, amante de cinema, quadrinhos, filmes e séries. Sempre existe coisas para se descobrir nesse mundo da cultura pop.

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