Louise Um dos meus gêneros favoritos é a ficção científica. E isso engloba de tudo um pouco, livros, filmes, séries, HQs, jogos, etc. Dentro desse gênero, um tema pelo qual sou apaixonada é a viagem no tempo. Pra mim, todos os filmes (se tratando dos normais, no caso) transportam o público para uma época, ou mundo diferente – mas nesta matéria vou falar daqueles em que os personagens realmente viajam no tempo, ok?
A viagem no tempo nem sempre foi bem representada em filmes, e provavelmente você já assistiu alguma bizarrice por aí – você não tá sozinho(a). A lista abaixo não segue nenhuma ordem em particular, tampouco é baseada na crítica especializada ou nas notas que os longas tem no Rotten Tomatoes. É uma lista feita com carinho, baseada no meu gosto pessoal e que está em constante expansão (porque eu tô sempre assistindo filmes, é um vício, rs). Confira:
A Máquina do Tempo (1960)
Título original: “The Time Machine”
Direção: George Pal
É claro que a lista começaria por ele! A história do inventor que cria uma máquina de viagem no tempo, hoje em dia, não é nada inovadora. Esse roteiro já foi adaptado pro cinema várias vezes, mas a versão de 1960 ainda é a minha favorita – sabe aquele charme dos filmes gravados em estúdio, tipo Mary Poppins? Então!
OBS: eu tenho uma leve impressão de que a maioria das pessoas vai reconhecer esse filme por causa das referências feitas a ele na série The Big Bang Theory.
Questão de Tempo (2013)
Título original: “About Time”
Direção: George Richard Curtis
Quando se fala em “viagem no tempo”, a primeira coisa que vem na cabeça das pessoas são máquinas, tecnologia e ciência. Em “Questão de Tempo” nada disso é necessário. Os homens da família de Tim (Domhnall Gleeson) tem o “poder” de viajar no tempo, basta procurarem um lugar escuro, fecharem os olhos e pensarem no lugar que querem estar. Pode soar esquisito e, inclusive, cômico, mas a verdade é que este é um filme muito agradável, onde Tim usa sua habilidade para, entre outras coisas, salvar o coração de uma mulher, ajudar sua família e, até mesmo, visitar alguém que não está mais entre eles. Um filme com uma mistura perfeita de drama e comédia.
Um Século em 43 Minutos (1979)
Título original: “Time After Time”
Direção: Nicholas Meyer
E se Jack, o Estripador, tivesse uma máquina do tempo? Essa é a pergunta que “Um Século em 43 Minutos” tenta responder. O escritor H.G.Wells (o cara que escreveu o livro The Time Machine, que deu origem ao filme “A Máquina do Tempo”), interpretado por Malcolm McDowell, cria uma máquina do tempo que é roubada pelo assassino. Ele viaja no tempo – depois dele, no caso – pra tentar pegar o Jack. Parece um besteirol, mas é um filme bem interessante para quem gosta do gênero. É bem engraçado e emocionante, com muitas piadas centradas no fato do protagonista ser um cidadão vitoriano modelo, no meio da loucura da década de 80 americana.
Navigator – Uma Odisséia no Tempo (1988)
Título original: “The Navigator: A Medieval Odyssey”
Direção: Vincent Ward
Embora seja um filme quase desconhecido, eu garanto que vale a pena conferir. A história é sobre um grupo de mineiros do início da Idade Média, em Cumbria/Inglaterra, liderados por um menino que tem o poder de ver o futuro. Seu vilarejo é ameaçado pela peste negra, mas os sonhos do menino afirmam que, se eles viajarem até uma cidade distante, fundirem uma cruz de cobre e a colocarem na ponta da torre da catedral dessa cidade, todos estarão salvos da praga. A viagem, porém, os leva através do tempo e do espaço até o outro lado da terra, no ano de 1980, onde enfrentam todo tipo de tecnologia desconhecida. O grande trunfo do filme é o fato de não ser uma comédia, mesmo apresentando um roteiro bastante fantasioso. A seriedade com que os acontecimentos são encarados realmente impressiona.
Os 12 Macacos (1995)
Título original: “Twelve Monkeys”
Direção: Terry Gilliam
Este é um clássico do cinema e, recentemente, foi adaptado pra televisão. A história não só apresenta viagem no tempo, como também os conceitos de futuro distópico e apocalipse biológico. No futuro, um vírus devastou o planeta e a única esperança para a humanidade é voltar ao passado e destruí-lo antes que comece a epidemia. O filme é muito original, e profundamente triste em certos momentos. Além de Bruce Willis no papel do viajante, o elenco também conta com Brad Pitt – o responsável pelas melhores reviravoltas do longa.
Donnie Darko (2001)
Título original: “Donnie Darko”
Direção: Richard Kelly
A história sobre Donnie, um garoto estranho que tem um amigo imaginário – um homem vestido de coelho – é complexa, misteriosa e definitivamente, confusa. Jake Gyllenhaal faz questão de mostrar, desde jovem, que é um grande ator. Você provavelmente vai querer assistir Donnie Darko uma segunda, ou até uma terceira vez, pra tentar embasar sua teoria sobre o que realmente acontece, mas um conselho: não esquente muito a cabeça. O próprio diretor já afirmou que não existe um final correto pro filme, e que é aberto a diversas interpretações.
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Primer (2004)
Título original: “Primer”
Direção: Shane Carruth
Se Donnie Darko é difícil de entender, Primer é impossível. Calma, não quero assustar ninguém! O diretor Shane Carruth admitiu que deixou de fora alguns detalhes DE PROPÓSITO pra se certificar de que ninguém iria entender 100% da parada. SÉRIO! O filme foi feito com um orçamento minúsculo e é lotado de diálogos técnicos difíceis de entender, mas, apesar de tudo, vale a pena assistir – principalmente se você é do tipo que gosta de mindfucks.
Crimes Temporais (2007)
Título original: “Los cronocrímenes”
Direção: Nacho Vigalondo
Quanto menos você souber sobre este filme, melhor. É um longa bastante tenso e desenvolvido em sequências não-lineares (a assimilação dos acontecimentos é difícil e exige do espectador total atenção durante todos os acontecimentos, piscou, perdeu). Um casal acaba de se mudar para sua nova casa, mas o período tranquilo de adaptação parece ter acabado quando o marido vê uma figura misteriosa e decide descobrir o que é. Daquele momento em diante, o homem descobre coisas estranhas a partir do que viu, e os eventos específicos estão relacionados uns aos outros.
O Predestinado (2014)
Título original: “Predestination”
Direção: The Spierig Brothers
Começar um filme com uma simples conversa de bar, e de repente, se ver acompanhando um agente temporal em seu último trabalho, é no mínimo interessante, certo? Não posso falar muito desse filme pra você, simplesmente estragaria tudo. Assista.
No Limite do Amanhã (2014)
Título original: “Edge of Tomorrow”
Direção: Doug Liman
Viva. Morra. Repita. Imagine uma mistura de Tropas Estelares (1997) com Feitiço do Tempo (1990). Ok, quase isso. Este filme é realmente bom, cheio de ação e com ótimos efeitos especiais. O planeta está sendo invadido por alienígenas e Cage (Tom Cruise) é um “soldado” inexperiente que morre pouco depois de pisar em seu primeiro combate. Eis então que, logo após a sua morte, Cage acorda no início do mesmo dia e se vê preso em um loop temporal. Quando ele descobre que outra pessoa também passou por isso (Rita, interpretada por Emily Blunt), encontra alguém que pode ajudá-lo a usar esse poder de “resetar” pra vencer os inimigos de uma vez por todas.
Looper: Assassinos do Futuro (2012)
Título original: “Looper”
Direção: Rian Johnson
A regra geral quando se trata de viagem no tempo é sempre de não entrar em contato com o seu “eu” do passado, certo? Aqui as coisas são diferentes. A sociedade de 2042 é dominada pelo crime, e um “Looper” é um assassino de desafetos dos mafiosos de trinta anos no futuro, que são enviados ao seu presente para serem eliminados. Os Loopers têm um “prazo de validade” de três décadas (justamente o momento em que as viagens temporais são declaradas ilegais pelo governo) e quando chega a hora, são mandados de volta no tempo para serem eliminados por suas versões mais jovens. Os problemas começam quando a versão futura de um Looper consegue escapar, fazendo com que sua versão jovem inicie uma caça a si mesmo (sentiu o drama?).
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De Repente 30 (2004)
Título original: “13 Going on 30”
Direção: Gary Winick
Acredito que você já deva ter assistido esse filme durante a Sessão da Tarde, a não ser que você seja muito jovem. É uma comédia romântica adorável, sem nenhuma máquina do tempo ou tecnologia do futuro, apenas uma história bem contada com uma trilha sonora incrível. Ah, e o filme deixa uma mensagem bem bacana em relação as atitudes que tomamos ao longo da vida.
Efeito Borboleta (2004)
Título original: “The Butterfly Effect”
Direção: Eric Bress, J. Mackye Gruber
Aqueles avisos sobre tomar cuidado com o passado porque qualquer alteração, por menor que seja, pode causar consequências no futuro, são ilustrados da melhor forma possível aqui. Aquela dúvida que sempre povoa o pensamento do público “Se você pode voltar no tempo, por que não faz diferente?”, é respondida. Quanto mais o protagonista – que é um viajante – volta ao passado para tentar modificar algo que está errado no futuro, mais complicada fica a situação. De longe um dos melhores filmes que já assisti na vida.
Trilogia De Volta para o Futuro
Título original: “Back to the Future”
Direção: Robert Zemeckis
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Não tem como falar de viagem no tempo sem falar de Marty McFly e Dr. Brown. Eu sei que existe muita gente nessa juventude perdida que ainda não assistiu a trilogia, e isso me deixa muito triste, portanto, façam um favor pra si mesmos e ASSISTAM DE VOLTA PARA O FUTURO! A ação, a comédia e os efeitos que ainda parecem perfeitamente bons, esses filmes são um colírio para os olhos. Sem esquecer, claro, que 2015 é o ano do segundo filme, então não deve demorar muito pra lançarem os hoverboards.
