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HQ do dia | The Multiversity: The Society of Super-Heroes: Conquerors of the Counter-World #1

Após a adoravelmente perturbadora (no melhor sentido possível da palavra) estréia de The Multiversity no mês passado, Grant Morrison iniciaThe Multiversity: The Society of Super-Heroes: Conquerors of the Counter-World  #1 de fato o seu tour pelas novas 52 Terras do Multiverso DC. Em Conquerors of the Counter-World o roteirista nos coloca no meio de uma guerra de cinco anos entre a Terra-20 e a Terra-40. De um lado está o Senhor Destino e sua Sociedade dos Super-Heróis formada por versões de Al Pratt (como Átomo), Lady Blackhawk e seu esquadrão, Lanterna Verde e o misterioso Imortal. Na Terra 40 temos as forças comandadas por Vandal Savage, Shiva, Sinestro e um exército de robôs assassinos e mortos-vivos.

O roteiro de Morrison é surpreendentemente simples. O tom da HQ é totalmente pulp, desde seus cenários “retro-futuristas” passando pela caracterização de todo o elenco (é só dar uma olhada no uniforme e na postura de Destino pra perceber uma pegada meio RocketeerIndiana Jones) até o jeito como as falas são escritas. Tudo aqui transpira aventura clássica. Morrison felizmente não se envolve muito nos aspectos do Multiverso em si nesta edição e foca no elenco e na guerra em si. Algumas pistas saborosas sobre a situação das Terras da DC são deixadas sim, principalmente sobre a condição do último Monitor do Multiverso, mas 90% da HQ trata da formação da equipe de protagonistas e sua batalha contra as forças do mal. Então aproveite.

A arte de Chris Sprouse é um banquete visual. Perfeita para este tipo de história com uma tom de aventura. Os desenhos são simples, limpos, os quadros variam de médios a grandes, não existem muitas sombras, o design e caracterização do elenco são soberbos. Tudo isso torna a leitura fácil extremamente e divertida. As cenas de ação são lindas e todo o acabamento deste título é maravilhoso.

Conquerors of the Counter-World é muito mais uma história de aventura e guerra entre duas Terras no Multiverso DC do que uma história sobre os conceitos abstratos do Multiverso em si. Este é o grande mérito deste One Shot. Existem sim, como na primeira edição de Multiversity, inúmeras referências a Era de prata da DC Comics a serem saboreadas pelos leitores mais cuidadosos. Também há um rico pano de fundo e uma trama macro que relaciona esta revista aos eventos atuais do Multiverso DC. No entanto, se um novo leitor pegar este título na banca para ler não terá problema algum em acompanhar a história e se divertir com a leitura. Esta é a melhor HQ que li semana passada e mais um convite para qualquer pessoa a se aventurar pelo Multiverso DC sem medo de ser feliz.

Leia as resenhas individuais de cada uma das partes de “The Multiversity”:

– The Multiversity #1
– The Multiveristy: The Just
– The Multiversity: Pax Americana
– The Multiversity: Thunderworld Adventures
– The Multiversity Guidebook
– The Multiversity: Mastermen
– The Multiversity: Ultra Comis
– The Multiversity #2

Escrito por Igor Tavares

Carioca do Penhão. HQ e Videogames desde 1988. Bateria desde 1996. Figuras de ação desde 1997. Impropérios aleatórios desde 1983.

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