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Redação Indica #4 | Juliane (Exuliane)

Quarta parte da coluna proibida: Redação Indica.

Sou a Juliane, vulgo Exuliane. Uma das responsáveis pela parte de cinema no Proibido Ler, especificamente resenhas, listas e curiosidades. Ataco também na área das séries, pois são mundos interligados.

Estou sempre recomendando coisas por aqui, assim como os outros redatores. Mas a graça do redação indica, é justamente quebrar as formalidades da postagem “convencional”. Afinal, todos temos coisas ótimas e favoritas para indicar.

Sem me prolongar (porque se deixar vou escrever uma trilogia) fique com minhas recomendações:


1 –  LIVRO

Trainspotting – Irvine Welsh (1993)
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A história que virou filme em 1996, nas mãos de Danny Boyle. E que se tornou referência na cultura pop. O livro aborda a vida de Rents, Sick Boy, Madre Superiora, Cisne e Seeker, de uma forma bem mais suja e bizarra. Um dos dez títulos que mais influenciaram os jovens britânicos nos anos 90.
Trainspotting é uma gíria escocesa para uma atividade sem sentido, uma total perda de tempo. Os personagens moram em Edimburgo, e passam a maior parte de seu tempo bebendo em pubs, brigando e se drogando. A heroína é a droga preferida deles, como você já deve saber. redacao-indica-4-juliane-exuliane-3O romance de estreia de Irvine Welsh, é repleto de situações perturbadoras, vemos principalmente o lado transgressor dos personagens.
Devorei Trainspotting na noite do meu aniversário, uma experiência fabulosa. Eu (que já era fã do filme) fiquei extremamente apaixonada pelo livro (que tem uma continuação intitulada “Pornô”, que traz novamente os mesmos personagens, porém uma década depois do primeiro livro). Com inúmeras referências a cultura pop, essa sem dúvida é minha maior indicação de leitura aos leitores do PL.
Como eu não me aguento, fiz uma listinha de livros (porque ler nunca é demais). Conte-me seus sonhos (Sidney Sheldon), Misto Quente (Charles Bukowski), O Fantasma Do Amanhã (Anthony Price), O dia do Chacal (Frederick Forsyth), Memórias de minhas putas tristes (Gabriel García Márquez), Madame Bovary (Gustave Flaubert), Crime e Castigo (Fiódor Dostoiévski), Capitães da Areia (Jorge Amado), entre inúmeros outros.

2 – GAME

Child of Light
Nunca fui o tipo de pessoa que joga frequentemente algo, exceto jogos de corrida. Sempre fui a guria afundada em filmes e séries, dando pouco espaço para os games. Tenho jogado bastante NBA, e gosto muito, mas o que realmente me ganhou nos últimos tempos foi Child of Light.
Child of Light é um RPG criado pela Ubisoft Montreal. Lançado para PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox 360, Xbox One, Wii U e PC, o jogo mostra a história de Aurora, filha de um poderoso duque na Áustria. A trama já chega te golpeando, abordando sua morte, ou quase isso. Ela acorda em mundo mágico, habitado por criaturas perigosas e sombrias: uma terra chamada Lemuria. Aurora precisa encontrar o caminho de volta para casa, e enfrentar a Rainha da Noite, a qual roubou o sol, a lua e as estrelas. Ela não sabe exatamente o que deve fazer, até que conhece um pequeno e simpático vaga-lume chamado Igniculus, um fiel companheiro durante sua jornada.
Eu já havia tido boas experiências com RPG, inclusive de mesa. Mas ainda não tinha me entregado por completo, eis então que surge Aurora. E não é que ficou poético? E é para ser mesmo!Esse jogo é pura poesia, rimas e magia. A trama é apresentada ao jogador em forma de poema, os desenhos, o cenário, tudo é de tirar o fôlego. Toda a parte artística foi feita a mão por Serge Marinho e sua equipe. Um dos cenários mais bonitos que já vi no universo dos games, feito para emocionar o jogador. A direção de arte ganha força pela Ubiframe Artwork. Mesmo sendo em 2D, os cenários possuem diferentes níveis, que dão sensação de profundidade. O nível artístico é tão fabuloso, que até Yoshitaka Amano – criador das artes da franquia Final Fantasy – criou um conceito artístico para ele. Ah, a trilha sonora, é por conta da minha próxima indicação!

3 – MÚSICA

Coeur de Pirate
Como se não bastasse ter um jogo apaixonante, a trilha sonora dele, é de uma das minhas bandas favoritas. PRA CAIR OS BUTIÁ DO BOLSO. Assinada pela compositora francesa Cœur de Pirate (nome artístico de Béatrice Martin). Conheci Coeur de Pirate em 2009, e foi amor a primeira voz. Sou perdidamente apaixonada por música, de todos os gêneros. Mas música francesa (assim como o cinema) me cativam muito.

Eis minha música favorita dela:

Coeur de Pirate lançou seu primeiro álbum em Quebec em 16 de Setembro de 2008 e na França em 20 de abril de 2009.Beatrice ficou conhecida por postar um vídeo no YouTube, que tinha Ensemble (sua música) como trilha sonora. A partir daí, ela começou a usar o pseudônimo. Ela escreveu músicas para a Coca-Cola, e ganhou alguns prêmios pelo mundo. Mas uma de suas maiores conquistas, foi, e continua sendo: a internet.

Pensei em indicar também: Placebo, The Smiths e Metric. Como Coeur é a mais “desconhecida” dentre as favoritas, optei por ela. Metric é um amorzinho também, está na trilha sonora de Scott Pilgrim e de Grey’s Anatomy (série que indicarei).


4- SÉRIE

Grey’s Anatomy
Não importa quantos personagens a Shonda Rhimes mate, como a série vai acabar, e quantas vezes eu me acabe de chorar, eu vou ser sempre perdidamente apaixonada por Greys.
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Grey’s Anatomy estreou em 27 de março de 2005. Além de me apresentar a banda Metric, em meados de de 2006, a série de drama médico roubou meu coração. Comecei a assistir Grey’s pela Sony (em 2006/2007) mas não costumava acompanhar séries pela TV. Eis que terminei How I Met Your Mother e Friends no Netflix, ano passado, e vi que tinha todas as temporadas disponíveis. O bom e velho: vamos arriscar. Aconteceu que: devorei 11 temporadas, de 23/24 episódios, de 1h cada, em pouquíssimo tempo.
Aí tu me pergunta: pra quê vida social?
E eu respondo: ninguém precisa de vida social com uma série dessas disponível.
Grey’s Anatomy atualmente está em sua 11ª temporada, e já se estabeleceu como uma das maiores séries americanas dos últimos anos. Apesar dos fãs falarem que a série está ruim, eu digo: que série com 11 anos, não tem seus altos e baixos?
Essa tem muito mais altos do que baixos. O elenco é sempre inovado, assim como suas histórias. Mas seu foco é óbvio: medicina e a Dra. Meredith Grey. O que mais chama atenção (além dos plot twists mais fodas que já vi) é a escolha do elenco, a diversidade de raças e gêneros, com mulheres como personagens chave, negros e gays: todos no mesmo patamar da medicina, dos papéis, todos com suas vidas abordadas de forma absurdamente linda.
Além disso, temas difíceis são o forte da série: alcoolismo, depressão, empoderamento feminino, homossexualidade, adoção, aborto, eutanásia, deficientes físicos, e muito mais. Se tudo que eu te contei, não é o suficiente para você dar uma chance para a série. Quem sabe as palavras da criadora mudem isso. “Todos os papéis de Grey’s Anatomy foram escolhidos com uma diversidade de raças, sendo pré-especificados, de acordo com a minha visão da diversidade.”
Considerações finais: Seriously? (Entendedores, entenderão)

5 – ANIME

Sword Art Online
Sword Art Online foi uma light novel criada por Seki Kawahar. Apesar de SAO ser um anime conhecidinho, não custa nada indicar. Amado ou odiado, sem meio termo. Muita gente detesta a sua história e o fato de um jogador ser “pegador”, e dele manjar muito do jogo em questão. SAO era um dos assuntos mais comentados no mundo otaku em 2012. Quando o assisti, 90% do que falaram era mentira. Coisa de internet, sabe como é?
Quando a era da tecnologia se supera. O aparelho Nerv Gear é capaz de estimular todos os seus sentidos através do cérebro do usuário com uma realidade virtual. Não demorou muito para ser criado um jogo utilizando esse equipamento, o primeiro MMORPG (Agora nomeado VRMMORPG) lançado se chama Sword Art Online. Nessa realidade virtual o mundo tem a forma de um gigantesco castelo flutuante chamado Aincrad, com um total de 100 andares. Foram vendidas apenas 10 mil unidades desse jogo e essas se esgotaram com uma velocidade inacreditável. Um jogo que precisa ser completado, um game over significa morte. Sem saber a verdade da misteriosa nova geração do RPG, Sword Art Online, 10 mil jogadores logaram juntos, muitos rumo a morte. Jogando sozinho, o protagonista Kirito, imediatamente aceitou a verdade desse RPG, e no mundo do jogo, ele conhece uma guerreira e especialista em esgrima, Asuna.
A série light novel de Sword Art Online é dividida em 4 “jogos” representados: SAO, Alfheim, Gun Gale e UnderWorld. No anime, existem apenas 3 temporadas. Eu gosto, quem não gosta segue em frente, tem outros animes.

6 – CINEMA

Mandar uma cinéfila escolher um filme, é semelhante mandar dinheiro ficar na conta bancária. Gente, não dá! Eu não consigo escolher um. Primeiramente, fiquem com minha modesta lista no site Filmow (pra todos os gostos). Agora, minha indicação do dia:
Kokuhaku – Tetsuya Nakashima (2010)
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Pensa num filme desgraçado da cabeça… Isso mesmo, ele tá lá no meu topo da lista de favoritos (dentre tantos outros). Se tem uma coisa que eu gosto, é terror psicológico. Se tem uma coisa que eu gosto mais ainda, é terror psicológico com crianças. No último dia de aula em uma escola, a professora se despede dos alunos e diz que não voltará a lecionar. Ela ainda faz uma afirmação: sua filha de apenas quatro anos de idade, que supostamente morreu afogada na piscina da própria escola, na verdade foi assassinada por dois estudantes daquela classe. Antes mesmo de alguém se pronunciar, sem meias-palavras a professora anuncia que está prestes a se vingar. O que se vê é a transformação de uma pessoa calma e passiva numa mulher de sangue-frio.

Espero que tenha gostado das recomendações. Ainda indicarei muita coisa por aqui. Até mais!

Confira também: Redação Indica #03 | Barbara

Escrito por Juliane Rodrigues (Exuliane)

Serial killer não praticante, produtora audiovisual de formação e redatora por vocação. Falo sério mas tô brincando no twitter @exuliane

manda nudes: [email protected]

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