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Deadpool – Dog Park | A imprevisibilidade e “fofura” de uma mente conturbada

Certamente o maior e mais amado super-herói de todos os tempos e ícone cultural da Marvel Comics nunca teve tanta atenção como agora. Consagrando-se em novos títulos de quadrinhos e tendo um aguardado filme prestes a ser lançado e pronto para explodir as mentes de seus telespectadores, o Mercenário Tagarela enfrenta uma nova e insana aventura no livro Deadpool – Dog Park, escrito por Stefan Petrucha e publicado no Brasil pela a editora Novo Século.

Deadpool – Dog Park conta uma inusitada história inédita protagonizada pelo próprio Mercenário Tagarela. Ainda entrelaçado a SHIELD como um agente especial, Deadpool é o cara perfeito para resolver os problemas da agência da forma mais “sútil” e “sigilosa” possível. Se você conhece o personagem, certamente sabe que estas são duas de suas características menos notáveis. Porém, caso você não tenha um conhecimento aprofundado do personagem, você logo poderá descobrir não só esses aspectos, mas vestígios rasos de trajetória de vida de Deadpool. No entanto, é recomendável que você possua um conhecimento básico do personagem para maior entendimento e uma menor confusão no decorrer da leitura.

Deadpool - Dog Park | A imprevisibilidade e "fofura" de uma conturbada mente

Contextualizando, em Deadpool – Dog Park o Mercenário Tagarela é o agente especial pronto pra resolver a parada, Preston a manda chuva das perigosas missões da SHIELD, a missão de Deadpool: encontrar os filhotinhos mais fofos de cães que alguém poderia querer e foram espalhados sabe-se lá por quem através das cidades dos Estados Unidos. Com o proposito de assim impedir que tais criaturinhas fofas se transformem em  criaturas monstruosas e destruidoras de tudo e todos. Aparentemente, é uma missão simples e relativamente tranquila. Porém, como está evidente, essa é uma história do Deadpool,  ou seja, nada é tão simples e natural quando se trata do Mercenário Tagarela.

Deadpool – Dog Park tem uma narrativa simples e muito fácil de ser acompanhada, onde você não irá sentir dificuldade alguma em imergir na trama que o autor apresenta durante as 283 páginas deste livro. No entanto, como citei acima, nada é tão simples e natural quando se trata do Mercenário Tagarela. De forma agradável e sincronizada, Stefan Petrucha explora a linha tênue entre o que é real e/ou o que é alucinação dentre o ponto de vista do Deadpool – a medida que a trama decorre, em uma narração sucinta de primeira pessoa. Devido a isso, o leitor acaba por ser retratado, em muitas das vezes, como uma das vozes que acompanha o Mercenário Tagarela mas está do outro lado do livro. Ou seja, a quebra de quarta parede é constante e explorada de forma agradável.

Divergindo de uma história em quadrinhos ou de um filme, a possibilidade de aprofundamento do roteiro, da vida passada do personagem e de lembranças esquecidas e/ou confusas pelo o mesmo, é bem explorado e sincronizado junto a linha tênue de realidade e alucinação mencionado acima. No livro, nada é necessariamente ocorrido sem proposito e explicação, onde não possui atropelamento e jogadas de informações sem explicação, sentido e/ou nexo. Acredite, Deadpool traz uma boa diversão com as informações apresentadas ao decorrer da trama e das formas que as mesmas são apresentadas também, questionando  o leitor sobre elas e suas apresentações.

No entanto, um ponto bastante interessante em um livro do Deadpool, e que em Deadpool – Dog Park foi expressado de forma agradável e sucinta, são as duas vozes que acompanham o Deadpool e são, até mesmo, características do personagem. No livro, a voz número um é representada pelo negrito e a voz número dois é representada pelo itálico. Eu não sei você caro leitor, mas desde que joguei Deadpool: The Game de 2013 (Review – Deadpool: The Game | Dubstep, Bang, Babes e Mutilação), eu associo cada dublagem específica realizada no jogo para essas vozes a suas falas tanto nos quadrinhos quanto no livro, tornando elas particularmente divertidas e agradáveis.

De todo modo, adquirir o livro Deadpool – Dog Park é adquirir uma aventura inusitada com ação e desenvolvimento na medida certa contrastando com muita imprevisibilidade e “fofura” de uma trama embasada na mente conturbada de um personagem relativamente complexo como é Deadpool.

Deadpool – Dog Park pode ser encontrado através deste link.

Veja também: Homem-Aranha: Entre Trovões | O que acontece quando o sentido-aranha começa a falhar?

Escrito por Isaias Setúbal

All I hear is doom and gloom. And all is darkness in my room. Through the night your face I see. Baby, come on. Baby, won't you dance with me?

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