O jovem Loki acaba de retornar da recém descoberta décima terra, onde (junto com Thor) conheceu a origem de sua irmã, Angela e trouxe seu pai Odin de volta para Asgardia. Em Agent of Asgard #6 temos um prelúdio do novo evento de fim de ano da Marvel chamado Axis (Eixo).
Na história do roteirista Al Ewing o deus da mentira é capturado por Victor Von Doom, o soberano da Latvéria. Após os eventos de Fantastic Four Annual #1 o Doutor Destino viaja até o futuro para tentar se fortalecer e encontra seu reino devastado e um sombrio Loki adulto sobre os destroços da Latveria. Isso é suficiente para motivar o déspota a cair de pau em cima do jovem Loki.
Os diálogos entre Destino e Loki, principalmente nas cenas do futuro são preciosidades do autor da HQ. A postura arrogante e a soberba dos dois personagens é muito divertida quando colocados frente a frente. No entanto, nas cenas do presente o roteirista peca por dar pouco espaço para o jovem Loki e também para Valéria Richards aparecerem. Por mais que eu adore os diálogos meglomaníacos de Victor Von Doom gostaria de ver alguma interação maior entre este pequeno elenco em conflito. Soma-se a isso cenas extremamente chatas de dois operários reconstruindo a Latveria recém-destruída. Estas cenas aparentemente não acrescentam em nada para a trama e interrompem muitas boas passagens durante todo o curso da história. Além disso a promessa de alguma conexão com o evento Axis não é cumprida. Não temos referência alguma ao Caveira Vermelha ou a alguma coisa relacionada ao próximo evento da Marvel e o banner de AXIS na capa acaba sendo uma mera formalidade.
A arte de Jorge Coelho tem também seus altos e baixos. Enquanto em algumas cenas o ilustrador excede as expectativas com cenários muito detalhados e fotografia incrível, em outras sua caracterização, expressões e design de personagens é corrido e sem capricho. As cenas entre Loki e Verity são muito ruins enquanto na batalha entre Loki e Destino as coisas ficam um pouco melhores em termo de caracterização de elenco. Inconsistência é a palavra de ordem na arte desta edição.
Agent of Asgard #6 é uma promessa não cumprida. Primeiro porque o conflito central da capa é bem mixuruca, segundo porque a arte está muito aquém das últimas edições deste título e terceiro porque não há nada que conecte esta edição com os eventos da futura saga da Marvel. O título, que vinha numa toada muito boa explorando a personalidade carismática de seu protagonista, tem uma queda de qualidade justamente por ignorar o fato de que Loki é uma estrela e quanto mais do deus da mentira tivermos melhor. Focar esta edição em Destino foi um equívoco, que possivelmente deve ser consertado na próxima edição.
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