in

The Old Guard (2020) | Nada de novo no que sempre vai bem

Filme original Netflix e baseado em quadrinhos, entrega boas cenas de ação!

Depois da decepção que foi “Bloodshot” (2020) com Vin Diesel, ficar com um pé em outras diferentes adaptações de quadrinhos para o cinema não seria novidade. Entretanto, é gratificante mesmo que seja de forma morna e segura receber “The Old Guard”. Apesar de seguir uma linha segura e apostar mais na ação que na sua história, esse universo tem chances de ser bem promissor.

“The Old Guard” é dirigido por Gina Prince-Bythewood (A Vida Secreta das Abelhas) e conta com o roteiro de Greg Rucka (Planeta Hulk), o criador também da história nos quadrinhos. Então, nessa parte ficamos seguros, visto que ele não fugiu tanto da visão que implementou na outra mídia.

The Old Guard (2020)| Nada de novo no que sempre vai bem

No universo do filme, somos apresentados a quatro mercenários imortais formados por Andy (Charlize Theron), Booker (Matthias Schoenaerts), Joe (Marwan Kenzari) e Nicky (Luca Marinelli). Devido a morte se tornar uma incógnita, o grupo passam milênios agindo pelas sombras para salvar a humanidade à sua maneira.

Entretanto, o empresário Merrick (o primo chato do Harry Potter) deseja adquirir a imortalidade para faturar milhões. Para piorar, se essa perseguição não fosse o bastante, os mercenário ainda terão que lidar com o aparecimento de uma nova imortal, Nile (KiKi Layne), uma soldada que precisará de ajuda e treinamento para se encaixar novo estranho mundo.

Leia mais: Porque o protagonismo feminino incomoda tanto os homens

The Old Guard (2020)| Nada de novo no que sempre vai bem

Mesmo que a premissa pareça batida, você provavelmente já viu isso em “Highlander” (1986), não é mesmo? O filme consegue entregar um bom entretenimento, visto que tem bons personagens principais, esqueça totalmente o vilão que é caricato demais e não apresenta nenhuma sensação de perigo. Mesmo que os personagens sejam imortais, o roteiro quebra algo que poderia ser maçante para o telespectador, a morte existe, afinal nada vive para sempre e um dia eles podem não retorna, um ponto até interessante e que traz bons questionamentos.

As cenas de ação são fenomenais, ainda mais quando a equipe trabalha conjunto elas se tornam tão gratificantes, o maior problema embora apresentado em “The Old Guard” seja o ritmo da narrativa. A diretora Gina Price vem de filmes dramáticos em seu extenso portfólio, então procura enaltecer essa parte, se fosse feito na medida certa até funcionaria, mas os momentos são tão extensos e cansativos que você torce para as cenas de ação chegar logo.

Leia mais: Superman Final Cut (2020) | Uma homenagem de fã para fãs

The Old Guard (2020)| Nada de novo no que sempre vai bem

A maior arma secreta do filme é Charlize Theron, a atriz carrega perfeitamente com sua presença em todo o contexto, sem esquecer, é claro, que se entrega de corpo e a alma nas cenas de ação feitas por ela mesmo, como em “Atômica (2017)”. O que comprova que ela deve permanecer um pouco mais nesse gênero.

Não espere algo marcante em termos de história e narrativa, “The Old Guard” segue uma zona de conforto, sem inovação, que não tenta percorrer qualquer linha fora de seu padrão estabelecido. Aquele entretenimento que de alguma forma será gratificante caso você esteja disposto a arriscar seu precioso tempo. Fica mais evidente que a Netflix espera explorar mais continuações neste universo.

“The Old Guard” está disponível na Netflix.

Escrito por Rafael Tanaka

Publicitário, amante de cinema, quadrinhos, filmes e séries. Sempre existe coisas para se descobrir nesse mundo da cultura pop.

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Loading…

Superman Final Cut (2020) | Uma homenagem de fã para fãs

O que esperar de “Watch Dogs: Legion”