Isaias Setúbal Partindo de um cenário independente, “BEM NA FITA” é uma HQ que se propõe a materializar a bela união entre música, nostalgia e quadrinhos. Aqui, os sucessos de suas bandas favoritas não chegam e tudo o que Juju quer é ficar por dentro da música de seus ídolos. Mas tudo muda quando ela embarca em uma jornada na qual os videoclipes são reais.
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Com roteiro assinado por Guilherme Smee, “BEM NA FITA” nos faz acompanhar uma protagonista carismática e que facilmente traduz a essência de uma pessoa apaixonada por música. Mais do que isso, Juju consegue ser uma caricatura base, a tornando em uma personagem de identificação fácil e natural. Mas não o bastante, a obra conta também com um elenco de apoio divertido e honroso às inspirações em que se embasa.
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Ainda sim, a trama de Smee não é lá a das mais profundas ou geniosas possíveis, soando frequentemente de forma rasa e boba. O que faz sentido, pois essa a proposta do quadrinho. De toda forma, sua trama é criativa o bastante para enquadrar sucessos musicais em uma narrativa constante e bem polida.
Por outro lado, a grade de artistas presentes no desenvolvimento de “BEM NA FITA” é rica e de muito bom gosto. Digo, com arte assinada por nomes como Jackie Buchabqui, Marcos Miller, Fabiane Rodrigues, Eduardo Ribas, Thiago Krening, Gabriel Kobe, Camila Raposa, Paulo Márcio Esper, Marden Müller, Julia Tietbo, João Gutkoski e Jader Côrrea, a obra traz ilustrações dinâmicas que conseguem materializar uma arte característica sem abrir mão da unidade como um todo.
“BEM NA FITA” proporciona uma leitura leve e franca, que não ousa se distanciar da sua proposta e característica base.
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