Regularmente exibida nos EUA pelo canal SyFy, em dezembro passado, o serviço de streaming Netflix adicionou ao seu catalogo de séries, bem como de conteúdos originais, o título Van Helsing. A série baseada no longa-metragem homônimo de 2004, estrelado por Hugh Jackman, traz uma nova história acompanhando a filha do lendário caçador de monstros, Abraham Van Helsing.
Contextualizando, o título traz uma narrativa protagonizada por Vanessa que, cinco anos após sua dita morte, retorna à vida e descobre que os monstruosos vampiros assumiram o domínio do planeta após uma eventualidade natural ocorrer. Porém, incumbida de um poder único sobre eles, Vanessa Van Helsing se torna a última esperança da humanidade para recuperar o mundo destes sanguinários seres, e manter vivo o legado de sua linhagem.
Tal temporada nos apresenta, além de sua protagonista, um grupo de sobreviventes que precisam lutar (juntos ou não) para permanecerem vivos. Obviamente, não bastando apenas o fato de querer sobreviver mais um dia, cada personagem do grupo possui suas próprias motivações, anseios e perspectivas sobre a situação em que se encaixam.
Assim o sendo, o formidável elenco componente desta primeira temporada consegue transbordar as perspectivas de seus personagens de uma maneira atrativa, interessante e de subjetiva simpatia. Particularmente falando, inevitavelmente muitos foram os momentos em que eu conseguia remeter as sintonias deste grupo protagonista para com o grupo de The Walking Dead, ainda que soem divergentes.
Algo que realmente me atraiu para que eu continuasse assistindo a série, foi a temática acerca dos monstruosos vampiros. De fato, eles fazem valer a nomeação que recebem, apresentando comportamentos extintos de quaisquer emoções tal como restinguindo violência e voracidade em seus atos. Porém, a notória presença de um arquétipo hierárquico contrastante a sua natureza, soa perfeitamente interessante no desenvolver desta temporada e, posteriormente, na série.
E assim como o grupo sobreviventes humanos, os envolvidos nesta hierarquia possuem suas próprias motivações, anseios e perspectivas. De tal modo que suas divergências geram situações devidamente interessantes e importantes para o desenvolvimento proposto para a temporada.
Num todo, a primeira temporada de Van Helsing ostenta um roteiro e propostas de desenvolvimentos de perspectivas interessantes, usufruindo do fator “apocalipse” ao seu favor. Ou seja, eventualmente os episódios da temporada são cercados por muitos plot twists (alguns devidamente interessantes, outros nem um pouco). No entanto, o que realmente me incomoda nas reviravoltas é que, por vezes, a importância delas não parecem ser repercutidas devidamente como deveriam (tanto para os personagens quanto para a audiência).
No mais, Van Helsing é um título cujo amantes do gênero terror/aventura irão se interessar.
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