Bruno Fonseca Depois de salvar o presidente Benjamin Asher (Aaron Eckhart) de uma invasão terrorista na casa que deveria ser a mais segura e vigiada do mundo, o super Mike Banning (Gerard Butler) está de volta. Se segura, que dessa vez ele está ainda mais forte e trocentas vezes mais badass e mortífero.
Este homem é capaz de enfrentar e acabar com o Estado Islâmico sozinho e se duvidar, dava pra substituir o Batman em Batman vs Superman: A Origem da Justiça e colocá-lo no lugar para soltar a porrada no Superman, com certeza o escoteiro alienígena estaria até agora se perguntando se seus pais fizeram a escolha certa de mandá-lo para a Terra.
A sequência de Invasão a Casa Branca – Invasão a Londres – conta uma história parecida com o filme dirigido pelo mesmo diretor de “Nocaute (20015)“, Antoine Fuqua, mas desta vez, o longa do diretor Babak Najafi fez o presidente dos EUA passar por apuros na terra da rainha. Invasão a Londres começa com a misteriosa morte do Primeiro Ministro britânico e, por causa desse momento triste na política mundial, os lideres das maiores potências do mundo resolvem comparecer ao funeral do ministro para prestar solidariedade ao governo britânico e também à família do falecido. Agora pensa comigo caro leitor, se você fosse um terrorista, esse momento seria bem oportuno para acabar com os maiores lideres mundiais ao mesmo tempo, certo? Pois bem, foi o que realmente aconteceu! Numa espécie de vingança, tudo que não conseguiram fazer com Benjamin Asher enquanto ele esteve em casa, acharam melhor fazer em Londres num grau de proporção muito maior e mais feroz do que na terra do Tio Sam. O filme vai seguir exatamente a mesma toada do primeiro, o terrorista mais procurado do mundo fazendo o impossível para acabar com o presidente, mesmo que para isso ele tenha que matar outros líderes como o do Japão, por exemplo, enquanto o super guarda costa do presidente faz o impossível para livrar a cara do homem mais importante do mundo das garras do Terror.
Invasão a Londres é um filme que traz um estilo que ultimamente tem sido deixado de lado. Esse estilo fez muito sucesso entre os anos 80/90/2000 – mas que agora parece ter caído em desuso – pois não são produzidos com tanta frequência como antigamente. Lembra das franquia Duro de Matar e Maquina Mortífera? O longa de Najafi segue a mesma premissa de filmes desses filmes. Nos EUA, esse tipo de película tem um gênero chamado de “Father”, que é o tipico filme para paizão assistir. É sempre aquela coisa do protagonista de meia idade, que ou está aposentado ou foi afastado do trabalho na polícia/forças armadas e de alguma forma ele é forçado a voltar para o trabalho, seja isso por vingança imposta pelos seus inimigos ou por fazer justiça contra aqueles que assolam as pessoas que ele ama e/ou protege. E por meio disso, ele vai eliminar todo mundo sem se importar com os rastros, isso inclui acabar com máfias, cartéis, terroristas, ladrões e quem mais ousar cruzar o seu caminho. Apenas lembrando, tudo isso sem levar um tiro, quer dizer, até pode levar um no braço ou perna, mas nada que uma tira de tecido amarrado no braço ou perna não resolva a situação de forma momentânea.
Esse é o estilo de Invasão a Londres, Mike Banning é um personagem quase que intocável, é feroz, é forte, é irônico e mete medo em qualquer um que passa por ele. Já o presidente Benjamin Asher, está mais solto dessa vez e até arrisca formar uma dupla com o seu fiel escudeiro para acabar com alguns terroristas. Gerard Butler e Aaron Eckhart tem uma química muito melhor que no primeiro filme, rola até alivio cômico entre os dois, coisa que no primeiro filme é bem comedida.
Os efeitos especiais estão dentro do esperado, é legal ver que estão acabando com outro lugar e este, por sua vez, não é os Estados Unidos. Outro ponto que provavelmente usaram como pano de fundo, é a questão dos ataques terroristas na Europa em pleno processo de imigração de Sírios, o roteirista Christian Gedegast soube aproveitar o momento talvez como um oportunista ou na pior das hipóteses para dar mais profundidade ao enredo.
Invasão a Londres tem problemas? Sim, como qualquer outro filme deste mesmo gênero. Só que Invasão a Londres em questão, não brinca com a capacidade cognitiva do expectador. Ele é um filme de puro entretenimento, ele não quer saber se você vai achá-lo inverosímel, ele não se leva a sério nas questões de realidade ou como o protagonista conseguiu andar de boa como se não tivesse ferido nem nada. Ele quer é te entreter, quer fazer você grudar os olhos na tela e curtir cada cena de ação e não importa por estética o que ele vai usar para atingir esse objetivo. Muito menos se ele vai deixar um rastro de destruição pelo caminho para salvar uma única pessoa. Não importa também, se ele vai exagerar na brutalidade, no sangue, na mentira, na destruição, absolutamente não importa nada disso.
O Super Mike Banning não engana ninguém, Mike Banning está no filme para servir o seu cliente e para te servir ao mesmo tempo. Ao seu cliente ele dá a proteção necessária e a você grandes momentos de diversão.
O longa ainda conta com o mesmo carismático e talentoso elenco: Além de Gerard Butler (Um Bom Partido, Código de Conduta) e Aaron Eckhart (Frankenstein: Entre Anjos e Demônios), tem Morgan Freeman (Transcendence – A Revolução, Truque de Mestre) e Angela Bassett (American Horror Story).
Invasão a Londres estreia dia 07 de abril de 2016 nos cinemas de todo o Brasil.
