Bruno Fonseca Quem é fã do Superman já deve ter visto e lido de tudo sobre o super-herói. Não é de hoje que sabemos que é difícil reinventar a roda e criar arcos notáveis sobre o Homem de Aço. Mas digamos que a coleção de histórias que estão sendo publicadas pelo selo infantil da DC Comics, o DC Kids, estão surpreendendo pela leveza e simplicidade.
A história escrita por Franco Aureliani e ilustrada por Art Baltazar (criadores de Tiny Titans), é a mesma que muitos já leram sobre a vida de Clark Kent no rancho dos Kents em Smallville. Só que aqui, Clark é um adolescente de apenas 13 anos que ama ajudar as pessoas e acha muito divertido ser o Superman em qualquer situação. Enquanto seus pais fazem o possível para protegê-lo, inclusive com um esforço danado pra manter a identidade do filho secreta, o adolescente Superman assim como qualquer outro, acha que nada de ruim vai lhe acontecer.
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Até que nos primeiros dia de aula na oitava série, Clark se junta ao clube de ciências comandado por Lex Luthor, para ficar mais perto de Lana Lang. O garoto é apaixonado por ela e quase todo mundo sabe disso, mas ele sempre dá um jeito de sair da sinuca de bico dizendo que Lana é apenas sua melhor amiga e por isso gosta tanto dela.
Neste clube, Lex Luthor quer discutir a presença de alienígenas na Terra, pois acha que não existem apenas humanos no mundo. Sugestivo, né? Enquanto isso, uma série de acontecimentos misteriosos começam a rolar em Smallville e desconfiam que é o Superman que está causando todos os problemas.
Para tentar desvendar o mistério, Luthor convoca todos os integrantes do clube para uma expedição à noite pelas florestas da cidade. Quem realmente está causando todos os problemas da cidade? Será que é mesmo o Superman? É a partir daí, que a história começa a ficar mais interessante e divertida.
A arte de Baltazar é o ponto alto de “Superman de Smallville”, ela é leve, fofa e entrega o melhor para crianças e adolescentes. O roteiro de Aureliani não deixa a desejar. Ele contou os primeiros anos da vida do Superman de um jeito simples criando um ambiente mais próximo da vida do leitor desse selo. Super-Homem fica de castigo, comete erros, não obedece aos pais, faz birra, tem um crushzinho na escola, ou seja, carrega um pouco da essência da vida de qualquer adolescente.
“Superman de Smallville” tem referências a John Byrne como um professor de ciências, e ao Brainiac, um dos maiores vilões do personagem nos quadrinhos, além retomar um personagem que muitos já tiraram sarro no passado, o Supercão, ou melhor dizendo, o cachorrinho chamado Krypto.
A Panini acerta em trazer este selo ao Brasil, pois serve de porta de entrada para o universo dos quadrinhos de super-heróis e para a formação de novos leitores.
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