Igor Tavares Mark Waid largou a revista do Hulk nas mãos do atual roteirista de Deadpool, Gerry Duggan. Começa aqui nesta quinta edição uma nova fase
na vida do Verdão. Não farei spoilers, mas a condição do Gigante Esmeralda mudou drasticamente desde a última edição escrita por Waid, principalmente devido ao tratamento cerebral recente de Bruce Banner utilizando a tecnologia Extremis.
O roteiro de Duggan é razoável e coloca o protagonista novamente no comando de seu time de “gênios”, mas com uma nova agenda e um objetivo meio obscuro. A nova encarnação do Hulk é um pouco difícil de engolir pra mim. Não é nada muito ofensivo ou esdrúxulo, no entanto a ideía já foi bem explorada por Peter David lá na década de 1990 (falei demais?) e não tem nada muito inovador no Hulk de Duggan. De qualquer maneira os diálogos não são ruins e temos boas cenas de ação nesta edição.
A arte de Mark Bagley está um pouco mais caprichada do que de costume, no entanto o ilustrador ainda sofre de seus habituais problemas nas cenas de diálogos. Na parte da ação Bagley se sai até muito bem desenhando um Hulk poderoso e ameaçador, mas nas cenas mais paradas o traço de Bagley se mostra genérico e todos os personagens tem basicamente as mesmas feições com uma mudança aqui e ali.
Hulk 5 não é uma estréia muito empolgante para Gerry Duggan, O conceito do autor é manjado, a nova encarnação do Hulk não trás nada de novo para a mitologia do personagem e o elenco também não é nada cativante. Felizmente o autor apela para um velho conhecido do Hulk no final da edição e temos algumas cenas de ação interessantes. A arte de Mark Bagely continua alternando entre bons momentos e outros regulares, mas não chega a ser ruim. Definitivamente não é uma época empolgante para se ler a HQ do Lábios-de-alface. Este material realmente só vale a pena se você for muito fã do personagem. Fora isso pode ignorar.
