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Asylum | A prova de que a máxima “Não julgue um livro pela capa” é verdadeira

Sendo muito honesta quando vi a capa de Asylum livro da escritora Madeleine Roux, publicado pela editora V & R, acabei tendo um certo preconceito com ele. Achei que pudesse ser um daqueles livros sem pé nem cabeça, com terror forçado e história fraca. Mas resolvi que não devia julgar o livro antes de lê-lo e, pra minha surpresa e, felicidade, eu estava errada no meu julgamento inicial.

Em Asylum, acompanhamos o jovem Daniel Crawford, 16 anos, ingressando no New Hampshire College Prep para um curso de verão. Dan nunca teve facilidade em fazer amigos e está animado com a perspectiva de que conseguirá fazer boas amizades no seu ultimo verão antes da faculdade. Assim que chega ao curso, ele descobre que o dormitório costumava ser um sanatório em que os pacientes eram criminosos insanos. Dan conhece Abby e Jordan, e começam a explorar o passado do lugar e descobrem que não estão ali por mera coincidência. Coisas estranhas e perigosas começam a acontecer enquanto os três buscam por respostas antes do final do verão.

Dan é um garoto muito inteligente e ao mesmo tempo bastante fechado dado o seu passado, mas ainda assim gostamos dele e das suas crises de insegurança típicas de um jovem logo de cara. Chega a ser meio clichê os personagens, um garoto inseguro, uma garota bonita que gosta de artes e aventuras e um amigo que une os dois. Assim como o colega de quarto esquisito (Félix). Mas mesmo sendo clichê, não é do tipo que enjoa ou que é mal feito. Sabemos o que esperar de cada um, mas isso não torna a historia menos interessante, até mesmo surpreendente no final.

A escrita é bem feita e até meio dinâmica, e mantém o leitor curioso pelos mistérios do manicômio. Em certas partes dá até medo, especialmente pela expectativa criada a cada acontecimento novo, isso Madeleine Roux domina com maestria. Outra coisa que ajuda muito no clima de suspense e medo do livro, são as fotos espalhadas ao longo dos capítulos, ilustrando a bizarrice do passado do manicômio – assim como as locações em que os jovens visitam. A descrição dos lugares e sentimentos dos personagens também é muito bem feita, detalhada na medida certa para que não fique chato e ainda assim, dê informações o suficiente para o leitor criar a imagem em sua imaginação.

Madeleine é muito bem sucedida em criar um livro que é viciante, alimenta a curiosidade do leitor, e o faz criar diversas teorias ao longo do livro na tentativa de solucionar o quebra cabeça que é a história. Não espere muita profundidade em sua narrativa, muito menos um terror à lá Stephen King. Asylum é um suspense muito gostoso de ler, e a chance de você devorá-lo de uma só vez é bem grande. Ao final do livro, a autora deixa o gancho para o próximo volume da série, além de fazer com que queiramos ler o segundo livro correndo para saber o que mais vem por ai.

Asylum é por definição um livro infanto juvenil, uma porta de entrada para o publico jovem aos livros de thriller e suspense, e seu proposito é muito bem alcançado. O livro é sim de muita qualidade, a história agrada, assusta, surpreende e diverte. Com toda a certeza vale a pena ser lido. Fico muito feliz de ter errado no meu pré julgamento e fica aqui a lição: Não julgue o livro pela capa!

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Escrito por Débora Mello

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