Isaias Setúbal Muito mais do que alterar sua logomarca e linha editorial, a DC Comics vem para reinventar – e inovar – seus pilares com a sua nova fase, Renascimento. Para os fãs de longa data, um nome familiar que soa muito além de uma chamada tendenciosa ou ferramenta de marketing. Para os que estão se juntando ao material da editora agora, uma oportunidade única de fazer parte de um“clássico” momento que marcará a história da DC Comics.
Em The Flash Vol.1, a Força de Aceleração é liberada por toda Central City, acertando policiais, criminosos e também civis, e agora cabe ao Velocista Escarlate treinar esses novos meta-humanos para utilizar seus vastos poderes de maneira inteligente. Mas enquanto alguns concordam em se aliar ao herói na batalha contra o crime – formando literalmente uma Força de Aceleração -, outros utilizarão esse incrível potencial para atos sinistros!
Escrito por Joshua Williamson, The Flash Vol.1 apresenta uma proposta de trama sólida e bem segura para este novo título solo de um dos personagens mais importantes da DC Comics, bem como para esse momento em que a editora se encontra. Digo, temos um Flash que se apresenta em uma releitura básica de alguns dos seus elementos mais “característicos”: isto é, Barry Allen com dificuldades em conciliar sua vida pessoal e heroica; mais velocistas, quer sejam como aliados ou adversários, para o universo do Flash; além das sucintas questões familiares, é claro.
Vendo da perspectiva de um novo leitor, Williamson discorre de elementos importantes a se conhecer sobre o contexto do personagem, seu background e, ainda, o momentâneo resumo do status quo do Universo DC atual. Mas na perspectiva de um leitor de longa data, deparamo-nos com Williamson expressando-se basicamente em um déjà vu clicherizado, tendo uma ou duas surpresas realmente interessantes para este último. Não que nesse sentido ele seja o único a estar fazendo isso nos títulos da DC. Problema é que, ao contrário dos outros autores a estarem trabalhando essa formula no Universo DC, Williamson acabar por contribuir ainda mais com a constante saturação de elementos do personagem.
Com arte assinada por Carmine Di Giandomenico, The Flash Vol.1 esbanja de traços modernos e característicos da cultura pop. Particularmente, o traço de Giandomenico não é algo contrastante. Não é nada péssimo, tem seus momentos altos e tudo… mas também não é nada de exuberante. Porém, a colorização apresentada a arte do encadernado é harmoniosamente vibrante, complementando assim as possíveis falhas artística dos traços apresentados.
Numa consideração final, The Flash Vol.1 é um encadernado cuja trama apresentada é trabalhada de forma sólida e segura, mediando-se no leitor novato e, ainda, no de longa data. Portanto, seu gosto torna-se bastante relativo, o que no meu caso, acabou consolidando-se numa leitura simplista e esporádica de passatempo. Quanto aos elementos artísticos apresentados, temos uma arte contrastantes de momentos altos e baixos ante a captação de uma colorização complementar.
