Isaias Setúbal Nascendo com uma abordagem diferente do habitual para a franquia mais famosa da Rockstar, “Grand Theft Auto V” buscou por o jogador frente a uma campanha dinâmica em que segue três criminosos, e seus contínuos esforços para realizarem assaltos sob a pressão de uma agência governamental.
Mas então, sem se embasar tanto no hype que os fãs da franquia têm com o título, o que podemos dizer desse jogo em pleno fim de 2020? Segue a fita.
Colocando o jogador frente a vida de três personagens distintos, “GTA V” acerta em cheio com a proposta de uma trama que, ainda que curta, seja mais dinâmica e busque evitar a estagnação. É interessante seguir esses personagens, que se encontram em momentos diferentes de suas vidas e não ousam perder a chance de criar um vinculo para com o jogador.
Mas mesmo sendo uma trama bem construída em atos/arcos momentâneos, “Grand Theft Auto V” parece tropeçar vez ou outra, em que a trama tende a se prender muito na ideia de quanto mais você luta para sair de uma treta, mais você cai em outra. Digo, a trama em si não aparenta trazer uma ideia de progresso tão forte em si, apesar das incontáveis missões que tem.
Quanto a jogabilidade de “GTA V”, esse é talvez o único elemento que envelheceu mal. Digo, mesmo que tente adotar novos mecanismos nos conflitos e expor o máximo de “realismo” cabível na jogatina como um todo, o game falha na execução carente de fluidez. Seja nos comandos ou para fazer determinadas ações. Tudo soa muito “enrijecido” e pouco intuitivo, incluindo as animações de jogo.
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As missões principais, bem como secundárias expostas pelo mundo aberto, somam de forma positiva a experiência geral de “Grand Theft Auto V”. Mas de toda forma, o fato é que muitas dessas missões sofrem tanto da escassez de informações significativas, como pelo ordenamento de mapas confusos e nada intuitivos, que eventualmente comprometem todo o seu desempenho na jogatina.
Em considerações rápidas sobre o modo online de “Grand Theft Auto V”, aqui você vivencia uma jogatina multiplayer bem bacana. Visto que apesar de ser uma boa pedida para jogar com os amigos próximos, você também lida diretamente com mais informações (jogadas adoidado em tela), customizações e golpes que podem te fazer perder horas até enfim decidir o que quer fazer – e com quem.
Ainda nesse lado, vejo que o modo online também leva as problemáticas de jogatina ao seu limite, até então contrariando tudo o que pode ser palatável no modo campanha deste e criando uma experiência enjoativa que, de maneira relativa, pode não agregar tanto ao lazer do seu jogador.
Apesar dos pesares, “GTA V” traz uma atmosfera interessante como um todo, na qual a jogabilidade datada não compromete no poder cativante da trama em conquistar seu jogador de forma rápida e imersiva. Tanto que, por vezes, me peguei jogando o título apenas para ficar passeando em seu mapa aberto que esbanja tanto de possibilidades maiores quanto da bela fotografia/direção de arte. Isso tudo enquanto ouvia as fabulosas playlists das rádios apresentadas.
Por fim, é justo dizer que “Grand Theft Auto V” não é o melhor jogo da geração, da década, do mundo ou seja lá do universo, mas que ele é sim um bom jogo, ao seu modo, claro. Na qual vale a pena experimentar se você for um jogador novo que busca uma experiência interessante que apesar dos pesares, ainda é bem boa!
“Grand Theft Auto V” está disponível para PS3, PS4, Xbox 360, Xbox One e PC.
