Não é de hoje que os zumbis conquistaram o grande público, desde que George Romero apresentou os mortos vivos ambulantes, o ocidente se encantou. Ainda mais se lembrarmos “The Walking Dead” que ajuda a manter viva essa admiração pelo universo. O Oriente Médio não é diferente, “Invasão Zumbi” (2016) que o diga, os coreanos se tornaram referência de filmes de terror, o que nos leva ao curioso e peculiar “#Alive”.
“#Alive” é o primeiro filme de Il Cho como diretor, e olha que apesar de algumas derrapadas, o filme consegue entregar uma boa experiência. Olha, que diretor teve a singela ideia se baseando em apenas um trailer de um filme americano que ainda nem foi lançado.
O filme foi responsável para abrir os cinemas da Coréia do Sul e chamar seu público para salas depois de duros meses com pandemia no cangote. Entretanto, “#Alive” foi comprado pela Netflix para exibição no restante do mundo como obra original.
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Oh Joon-woo é um streamer largão que não tem a mínima preocupação com sua família, vive somente em prol de seu trabalho digital. Um dia, simplesmente, o jovem começa a presenciar da janela de seu apartamento um vírus que se alastra e transforma seus hospedeiros em zumbis loucos por carne humana.
Apesar de intrigado com a situação, Oh Joon-woo permanece preso em seu apartamento, contando apenas com a sorte e seus aparelhos eletrônicos para o ajudar. Embora, as coisas começam a apertar quando a comida fica escassa e não resta maneiras se não buscar suprimentos para sobreviver.
De início, “#Alive” é cativante e intrigante, ainda mais porque o roteiro transforma a situação em algo realista e palpável, na qual o protagonista tenta usar todas as artimanhas tecnológicas para sobreviver, enquanto tenta lidar com a solidão.
As coisas desandam quando o roteiro faz um uso de um personagem novo que prejudica o restante da condução da narrativa. O que transforma “#Alive” em algo maçante e semelhante aos outros filmes do gênero, algo que perde fácil seu brilho conquistado no início.
Apesar das escorregadas do diretor II Cho, o longa é conduzido no geral com qualidade, ainda faz uso de enquadramentos em ambientes e claustrofóbicos que ressaltam o significado da solidão do ser em meio ao diferente e estranho. Justamente, porque sabia o momento que passamos e como sanidade mental se transforma em nuances dos dias isolados.
“#Alive” não chega aos pés de “Invasão Zumbi” (2016) se comparado a inovações. Embora, entrega questionamentos plausíveis sobre a vida e a solidão, o que deixa ainda mais singela a mensagem transmitida neste apocalipse zumbi. Quem são os monstros? Eles que vivem em bandos? Ou nós sozinhos à beira da loucura?
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