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True Detective – Dissecando o ocultismo e o simbolismo da série

Atenção: SPOILERS!

Passando-se no sertão pantanoso de Louisiana, True Detective capturou a atenção do público com os seus personagens interessantes e sua atmosfera obscura. Através de seus oito episódios, a trama seguiu dois detetives enquanto eles investigavam uma série de assassinatos em rituais, que teriam sido realizados por homens ricos e poderosos. Embora, semana após semana, os fãs da série se tornassem cada vez mais obcecados por pequenos detalhes afim de desvendar o caso, o final da temporada foi bastante simples. O assassino era um louco, caipira, sujo e estereotipado, que foi identificado pelos detetives alguns episódios antes. Não houve, portanto, nenhuma reviravolta ou revelação chocante, o que deixou muitos fãs um pouco decepcionados.

No entanto, observando as referências, o simbolismo e os diálogos enigmáticos distribuídos ao longo dos episódios, pode-se realmente questionar por que alguns aspectos da história (vida familiar de Marty Hart, por exemplo) foram tão amplamente desenvolvidos, visto que eles não tinham nenhuma relevância para o resultado final da investigação. Estava a série, por meio dessas histórias alternativas, tentando comunicar algo que ia além da investigação verdadeira?

Apesar da conclusão simples e direta, existe uma mensagem mais profunda na série: os rituais de assassinatos não eram simplesmente produto da mente de um solitário caipira louco – eles eram o resultado de uma mentalidade profundamente arraigada, um ambiente tóxico que remontou várias gerações e afetou todos os aspectos da sociedade. Esse conceito pode ser resumido em uma palavra: “psicosfera” – palavra essa, que o detetive Rustin Cohle usa logo no primeiro episódio. Através de uma variedade de símbolos e mensagens, True Detective nos mostra muito sobre obsessões doentias que escoam através de vidas cotidianas. Vamos começar olhando, primeiro, para o enredo da história:

O ENREDO

Tudo começa com a descoberta do cadáver de uma mulher abandonado de forma ritualística.

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A mulher é encontrada nua, amarrada e com ferimentos oriundos de lâmina em seu estômago. Em sua cabeça, uma “coroa de espinhos” e chifres. Nas suas costas, está pintada uma espiral – o símbolo do grupo que realiza os assassinatos. Ao redor do corpo há esculturas triangulares estranhas feitas de paus.
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As autoridades rapidamente concluem que o assassinato ocorreu em razão de um ritual satânico. Rustin Cohle descreve o mesmo como “meta- psicótico”.

“É promulgação de fantasia, ritual, fetichização e iconografia. Esta é a sua visão. Seu corpo é um mapa de amor ‘parafílico’ – um anexo de luxúria física para fantasias e práticas proibidas pela sociedade.”
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Após a autópsia, os detetives descobrem que a vítima estava drogada quando foi nua, amarrada, abusada, torturada com uma faca e estrangulada. Em suma, descobrem todos os sinais de um mega-ritual satânico.

Um reverendo diz aos detetives que as esculturas são “redes do diabo”, e que são usadas para “pegar o diabo antes que ele chegasse perto demais.” O reverendo acrescenta que essas redes do diabo eram “alguma coisa para as crianças fazerem, para mantê-las ocupadas, contarem-lhes histórias enquanto elas estão amarrando gravetos”. Enquanto o reverendo diz essas palavras, a câmera faz um zoom em outro conjunto de varas amarradas.
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Enquanto o reverendo fala sobre as redes do diabo serem “histórias para manter as crianças ocupadas”, a câmera foca em uma cruz feita de duas madeiras amarradas – o que prevê a ligação entre as redes satânicas e os líderes da Igreja em Louisiana.
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RUSTIN COHLE E A PSICOSFERA

Rustin Cohle qualifica-se como um realista ou, em termos filosóficos, um “pessimista”. Ele possui pouca fé na humanidade e não entende as construções ao seu redor – incluindo a religião.

“Eu acho que a consciência humana é um passo trágico na evolução. Nós nos tornamos muito auto-conscientes. A natureza criou um aspecto distinto de si mesma. Somos criaturas que não deveriam existir por lei natural.”

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Como um “pessimista” que não convive muito bem com a humanidade em geral, Cohle é uma pessoa eternamente diferente. Na verdade, ele tem a tendência de ver o mundo do lado de fora, quase como se ele fosse uma figura de outro mundo. Para acentuar esse fato, Cohle parece ter um sexto sentido que se manifesta ao longo da investigação. Ele tem visões, “lê” as pessoas em poucos segundos e pode até mesmo “sentir o gosto” das cores.

No primeiro episódio, Cohle diz a seu parceiro uma frase que resume a mensagem principal de toda a série. Ao dirigir pelas estradas de Louisiana, ele refere-se a um conceito obscuro que tem profunda ressonância nas esferas ocultas.

“Tem um gosto ruim lá fora. Alumínio, cinza, como se você pudesse sentir o cheiro da psicosfera.”

PSICOSFERA

O termo “psicosfera” não é um termo comum no idioma. Origina-se a partir da literatura de ficção científica de autores como Roland C. Wagner e HP Lovecraft – o criador do “Cthulhu Mythos”.

“Psicosfera” pode ser definida como “a esfera da consciência humana”, e toma suas raízes no conceito de “inconsciente coletivo” de Carl Jung. Ele basicamente afirma que todos os pensamentos que passam pelo cérebro humano são “convertidos” pelo neocórtex e projetados para fora em dimensões etéreas. Os seres humanos, portanto, vivem em uma “atmosfera de pensamentos”, um conceito que também é referido como “noosfera”, por Vladimir Vernadsky e Teilhard de Chardin. Segundo eles, a existência dessa “psicosfera” faz com que os seres humanos sejam obrigados a responderem a ideias semelhantes, mitos e símbolos.

Embora referido em outros termos, o conceito de psicosfera é importante nos círculos ocultistas que realizam rituais para influenciar o “inconsciente coletivo” – muitas vezes para fins nefastos.

É esse o verdeiro assunto da série “True Detective”.

Rustin Cohle, que tem uma tendência para percepção extra-sensorial, afirma que consegue realmente “sentir o cheiro da psicosfera” e que ela tem um gosto parecido com alumínio e cinzas. Em outras palavras, a esfera do pensamento humano em torno da cena do crime não é nada menos do que tóxica e falha. No entanto, sendo ele próprio parte da esfera humana, Cohle não pode deixar de ser parte dela e, em algum nível, até mesmo abraçá-la.
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O primeiro assassinato em ritual descoberto em True Detective, foi propositadamente encenado para chamar atenção. Ao longo da série, uma imagem aparece em vários lugares e através de várias pessoas: cinco homens em torno de uma menina. Esse “pentagrama de homens” representa a elite ocultista abusando de uma criança em uma questão ritualística. Através da psicosfera, o mundo parece estar ciente disso, quase que inconscientemente. Acompanhe:

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Os detetives encontram um vídeo de uma menina sendo abusada e sacrificada por cinco homens mascarados. O fato de que o ritual tenha sido gravado representa a propensão da elite para a criação de “material com cenas fortes”.

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Ao visitar a casa da mãe de Dora Lange, Cohle percebe um retrato emoldurado da menina cercada por cinco homens mascarados montados em cavalos.

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A filha de Martin Hart, Audrey, coloca cinco bonecos masculinos em torno de um boneco feminino nu.

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Ao contar sua história para os agentes, Rustin Cohle estranhamente transforma latas de cerveja em cinco pessoas pequenas e as coloca em um círculo. Será que ele está inconscientemente dizendo aos detetives que ele nunca pegou os verdadeiros culpados – o pentagrama de homens?

Através de símbolos, a série nos diz que a psicosfera é perturbada por rituais e que seus efeitos infiltram-se através dos personagens. No entanto, esses efeitos não são apenas simbólicos, eles influenciam a moral, valores e comportamentos da sociedade. Isto é representado pela evolução da família de Martin Hart.

MARTIN HART E SUA FAMÍLIA

Martin Hart é o oposto de Rustin Cohle. Um simples olhar para os nomes dos personagens dá uma boa ideia de sua mentalidade: o nome Rustin Cohle soa em inglês como “ferrugem e carvão” – dois materiais associados à decadência e toxicidade – que representam a sua visão de mundo; em contraste, o sobrenome de Martin Hart soa como “coração”. Longe de ser separado do mundo material como Cohle, Hart vive intensamente os ensaios e atribulações emocionais da experiência humana. Como a maioria dos seres humanos, ele também é profundamente falho. Apesar de se considerar um cristão, ele tem propensão para o adultério e violência.

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No entanto, a evolução de sua família é o mais revelador. Embora não tenha nada a ver com a investigação principal, a trama passa uma grande quantidade de tempo descrevendo sua evolução. Mais do que um simples “desenvolvimento de caráter”, a família Hart representa como os cidadãos comuns de Louisiana são, em última análise, afetados pela psicosfera e a depravação moral dos que os governam.

Apesar de a filha de Marty, Audrey, não ter conhecimento aparente ou contato com aqueles que conduzem os rituais, ela parece ser profundamente afetada por isso. Como visto antes, Marty encontrou a filha brincando com bonecas que parecem recriar o ritual do “pentagrama de homens”. Mais tarde, seus pais encontram um livro com desenhos perturbadores feitos por ela.

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Um dos desenhos sexuais de Audrey apresenta um homem mascarado tocando uma mulher que tem as mãos amarradas nas costas.

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Em outra cena, as filhas de Marty são vistas vestindo uma tiara com fitas – uma reminiscência da coroa satânica com fitas colocada nas vítimas durante os rituais.

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A tiara acaba em uma árvore, não muito diferente das vítimas.

A ESPIRAL

À medida que a investigação avança, os detetives aprendem sobre um grupo de “homens ricos” que sacrificam crianças. Eles também aprendem sobre a mitologia em torno dele.

“Há um lugar para o sul, onde todos esses homens ricos vão para adorar o diabo. Eles sacrificam crianças e outros. Mulheres e crianças, todos foram assassinados lá e em algum lugar chamado Carcosa e Yellow King. Ele disse que há tudo isso, como pedras antigas na floresta que as pessoas vão, tipo, adoração. Ele disse que há tanta matança lá embaixo. A espiral é seu sinal.”
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Logo descobrimos que por trás desses rituais está a elite de Louisiana – a família Tuttle. Cohle rapidamente descobre que um membro da família é o governador e outro conduz a Igreja, portanto, a mesma elite criminosa que é responsável pelas atrocidades que ele está investigando, é aquela que engloba as esferas de poder política e religiosa locais.

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Quando os detetives descobrem que os rituais são um “assunto de família”, começam a construção da árvore genealógica da família Tuttle.

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Os detetives descobrem que os Tuttle são responsáveis ​​por um grande número de crianças desaparecidas que foram abusadas ​​e mortas em rituais de sacrifício. Como a família é extremamente poderosa, a aplicação da lei é negligente e a mídia local é completamente silenciosa.

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A espiral em um crânio em Carcosa.

Em True Detective, os rituais da espiral estão encharcados de uma mitologia específica fortemente inspirada pela literatura de ficção/horror.

A MITOLOGIA

Em True Detective, os sacrifícios são feitos para o “Rei Amarelo”, que é basicamente uma efígie de um deus com chifres, e elas estão em uma estrutura abandonada, apelidada de Carcosa. A mitologia em torno da espiral se inspira muito na literatura de ficção científica, principalmente em obras como “O Rei de Amarelo”, de Robert W. Chambers, que menciona uma cidade perdida chamada Carcosa:

Ao longo da costa as ondas da nuvem quebram,
Os sóis gêmeos afundam sob o lago,
As sombras alongam
Em Carcosa.

Estranho é a noite em que as estrelas negras sobem,
E luas estranhas circulam pelos céus
Mas mais estranho ainda é
Carcosa Perdida.

Músicas que as Híades iriam cantar,
Onde batem os farrapos do Rei,
Deve morrer sem dar notícias
na escura Carcosa.

Canção da minha alma, minha voz está morta;
Morre tu, anônimo, como lágrimas não derramadas
Quer secar e morrer
em Carcosa Perdida.

O termo “Carcosa” também foi usado por H.P. Lovecraft em seu famoso “Cthulhu Mythos”. Por que Lovecraft tantas vezes é referido na série? Seus trabalhos são muito venerados em vários círculos ocultistas e, considerando o fato de que a série é sobre assassinatos em rituais satânicos, faz sentido.

H.P. LOVECRAFT

Visto que “Cthulhu Mythos” de H.P. Lovecraft é geralmente considerado como uma obra ateia, quase satírica da ficção (sobre deuses alienígenas monstruosos), ela, no entanto, ganhou grande notoriedade em sociedades com uma visão de mundo mais metafísico. Por exemplo, o livro de Anton LaVey “Os Rituais Satânicos” inclui um capítulo intitulado “A Metafísica de Lovecraft”.

As obras de Lovecraft são, portanto, altamente consideradas pelos grupos ocultistas ou satânicos que estão fortemente empenhados em realizar rituais. Alguns símbolos associados a essas sociedades aparecem ao longo da série.

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Reggie Ledoux, um dos culpados (apenas um bode expiatório) que realizam rituais, tem uma tatuagem de Baphomet dentro de um pentagrama invertido nas costas.

Embora os detetives capturem e matem Reggie Ledoux, acabam descobrindo que as mortes ainda estão acontecendo. Mesmo no final da série, quando pegam Errol Childress (o caipira estereotipado), há indícios de que ele não é o verdadeiro culpado, mas sim, mais um bode expiatório.

ERROL CHILDRESS

Ao investigar a família Tuttle, os detetives descobrem que o reverendo tem filhos de uma amante. Um deles é Errol Childress, um “filho bastardo” que foi maltratado. Na verdade, tudo indica que ele foi vítima de um grupo satânico multi-geracional.

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Errol tem cicatrizes em seu rosto porque foi desfigurado quando criança por sua família.

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Neste importante print, vemos que o símbolo espiral foi queimado na carne de Errol, como se ele estivesse “marcado” por ele. Em suma, ele não é o chefe da seita, e sim, mais uma vítima traumatizada.

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O mesmo símbolo foi marcado na pele de Reggie Ledoux, o que comprova que os dois homens que foram mortos não fizeram diferença, já que eram apenas a ponta do iceberg desta gigantesca seita.

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No final de um episódio, Errol estranhamente diz: “Minha família está aqui há um longo, longo tempo”. E então começa a cortar a grama em um padrão espiral. Isso representa simbolicamente tudo o que eles fazem e deixam na cara – para aqueles que tem “olhos para ver”. Também representa como Errol é obcecado por esse símbolo e foi programado por ele.

O programa oferece várias pistas insinuando que Errol Childress é uma vítima de controle mental baseado em trauma. Primeiro, ele fala com sotaques distintos – um sintoma clássico de uma pessoa com múltiplas personas. Errol alterna de forma eficaz entre um sotaque típico da Louisiana e um sotaque britânico distinto. O conteúdo da sua casa também é bastante revelador:

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A casa de Errol está cheia de bonecas (muitas das quais estão decapitadas). Essas bonecas não são apenas perturbadoras, mas também são uma representação das múltiplas personas criadas através do controle mental.

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Na sequência de abertura do programa aparece o rosto de uma criança projetado em um telefone (lembre-se do episódio final, o telefone na casa de Errol). Os números para discagem estão sobre a cabeça da criança, uma maneira de retratar como as vítimas da espiral tem a mente controlada.

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Enquanto seu pai é uma das pessoas mais ricas e mais respeitadas na Louisiana, Errol vive em um barraco imundo com uma meia-irmã (igualmente imunda) com quem ele copula. Em outras palavras, Errol claramente não é parte da “elite”, mas um subproduto ilegítimo dela. Enquanto ele dá um rosto ao vilão da série, fica bastante claro que ele é simplesmente uma vítima da espiral. Até mesmo as pessoas que trabalharam para a família foram vítimas.

Quando os detetives visitam Delores Jackson, uma ex-empregada que trabalhou para Tuttle, também há sinais de controle mental, pois embora Delores tenha ficado doente e geralmente não responda os outros (como se ela tivesse sofrido algum trauma), fica animada quando Rust mostra suas imagens de redes satânicas – como se fossem imagens de gatilho. Ela, então, começa a recitar os versos como se estivessem programados para ela.

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“Você conhece Carcosa? Aquele que come tempo, é um vento de vozes invisíveis. Alegrai-vos! A morte não é o fim!”

Por isso, é bastante claro que as pessoas reais por trás da espiral nunca foram pegas na série. Embora Errol tenha cometido crimes atrozes, ele era um produto de um sistema maior e muito mais profundo.

Quando os detetives finalmente encontram e matam Errol, eles são enviados para o hospital para se recuperar. Lá, nós ouvimos uma reportagem de TV afirmando que o Procurador-Geral do Estado e o FBI não acreditam nos rumores de que o acusado era, de alguma forma, relacionado com a família do senador Edwin Tuttle. Esse pequeno pedaço de informação confirma que a Procuradoria Geral do Estado, o FBI e os meios de comunicação estão “em conluio” com a espiral, pois estão usando de desinformação para limpar o nome da família.

Rust, então, diz a Marty que, embora eles tenham pego Errol Childress, seu trabalho não estava completo:
– Tuttle, os homens no vídeo… Nós não os pegamos todos.

E Marty responde:
– Sim, e nós não vamos pegar todos eles. Esse não é o tipo de mundo que existe, mas nós temos o nosso.

CONCLUSÃO

True Detective - Dissecando o ocultismo e o simbolismo da série
A série True Detective estimulou todos os tipos de discussões e teorias sobre a identidade do assassino. No entanto, além do suspeito clássico, há uma mensagem constante comunicada ao longo de cada episódio. Apesar de tudo isso, a série termina com Rustin Cohle tendo uma epifania e “vendo a luz”, porque, por um momento, ele viu o “mundo espiritual”, onde sua filha morta esperava por ele. Cohle percebeu que, para além deste mundo material governado por poderosas famílias sádicas, há uma outra dimensão – uma eterna – onde eles não tem poder algum.

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Faz sentido? Não faz sentido? Você tem outra interpretação ou teoria sobre o simbolismo de True Detective?
Conte nos comentários!

Escrito por Louise

Amo, respiro e me alimento de quadrinhos, acho completamente normal se envolver emocionalmente com personagens de séries e filmes, e já vou avisando: NÃO MEXA COM MEUS HERÓIS!

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