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Super Catch: a luta livre na televisão brasileira

Há mais de 25 anos, mais precisamente em 11 de março de 1995, estreava no programa “A Grande Jogada”, da Rede Manchete, um dos grandes marcos de audiência da emissora, o “Super Cactch”, uma versão nacional do “W.W.F Superstars” que é o formato internacional dos programas de luta livre da antiga World Wrestling Federation.

O nome fazia uma alusão ao “Tele Catch”, um programa de lutas nacional  dos anos 60 e 70 e até os anos 2000 era chamado de “Os Gigantes do Ringue” e tinha como líder  o lutador Michel Serdan. O sucesso naquela época foi tão grande, que milhares de fãs começaram a enviar cartas para a emissora com mensagens para os lutadores, pedindo brindes e tudo que fosse possível pra ficar mais próximos de seus ídolos.

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Super Catch: a luta livre na televisão brasileira

Com o tempo, a direção da emissora procurou uma forma de atender aos pedidos e carinho dos fãs por meio de sorteios de brindes, além de ler as cartas mais calorosas nas transmissões do “Super Catch” que era apresentado por Carlos Valadares e comentado  por Bob Léo. Muitos não gostavam das narrações, pois trocavam o nome dos lutadores, traduziam os golpes e muitas vezes não citavam informações importantes, mas a irreverência era o grande diferencial deles. Bordões como “vai desentortar banana”, “sem coré-coré” e “água demais mata a planta”, ficaram na boca da galera por tempo.

Relembre  no vídeo abaixo, como era a apresentação de Carlos Valadares e os comentários de Bob Léo.

O “Superstars” tinha um formato editado de seis lutas em média por programa, com cinco desafios entre os astros contra os “jobbers” (lutadores que só apanhavam) e uma última luta como um desafio de verdade, de astros contra astros, além de entrevistas com os lutadores, vídeos promocionais e vídeo clipes. 

Mais tarde, foram acrescentados aos programas, lutas do antigo “W.W.F. Monday Night Raw”, hoje “W.W.E. Raw”, e do “W.W.F. Action Zone”, outro programa de TV editado para outros países. Sem falar na batalha campal (Battle Royal), na qual todos os lutadores se enfrentavam ao mesmo tempo dentro do ringue.

Assista à batalha campal

Quem conseguiu assistir na época se divertia bastante! O programa dava picos de audiência nas tardes de sábado chegando a bater entre 10 e 12 pontos conquistando sempre o segundo lugar no horário, atrás apenas da Rede Globo. O grande momento do programa, foi quando ganhou mais uma hora de duração e passou a ser exibido entre 18h e 20h do domingo. Eles começaram a passar lutas do ano de 1994, basicamente eram highlights do “Monday Night RAW”, tudo isso para alegria do telespectador com o melhor do “pro-wrestling”, até hoje um dos maiores sucessos da Rede Manchete.

Em 26 de fevereiro de 1996, o programa parou de ser exibido sem qualquer justificativa da Manchete e até hoje ninguém sabe ao certo o que houve. Alguns acreditam que foi devido a renovação dos direitos de exibição sem sucesso, e entrada derradeira da emissora no caminho da extinção.

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Super Catch: a luta livre na televisão brasileira

“Super Catch” também marcou presença em uma edição da revista “Herói Gold”, e devido ao grande sucesso as vídeo locadoras da época começaram a disponibilizar jogos como Wrestlemania – The Arcade Game, WWF RAW, Saturday Night Slam Masters, entre outros.  

Escrito por Bruno Fonseca

Fundador e editor-chefe do PL. Jornalista apaixonado por quadrinhos, filmes, games e séries.

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