Louise O filme solo da Mulher-Maravilha sofreu uma perda devastadora: a diretora Michelle MacLaren (Breaking Bad; The Walking Dead; Game of Thrones) deixou seu posto, devido a “diferenças criativas” com o estúdio.
Quando a Warner anunciou que o filme da Mulher-Maravilha seria dirigido por uma mulher, minha felicidade foi instantânea. Além de ser o primeiro estúdio a lançar um filme solo de personagem feminina nesta nova leva de filmes de super-heróis (a Marvel só anunciou o filme da Capitã Marvel depois), o filme seria o primeiro filme baseado em quadrinhos dirigido por uma mulher (embora Lexi Anderson tenha dirigido “Justiceiro: Zona de Guerra” em 2008). A falta de diretoras em Hollywood é uma questão bem documentada e que precisa ser corrigida o mais rápido possível, por isso, é promissor que um estúdio como a WB confie um de seus maiores projetos nas mãos de uma mulher.
Dada a importância da personagem e o que ela representa, a contratação de uma mulher para a direção não é de todo surpreendente, mas ainda sim, um grande passo, levando em consideração o quanto diretoras raramente são contratadas para esses grandes empreendimentos orçamentários.
Infelizmente, a velha história de grandes estúdios terem “diferenças criativas” com mulheres se repete. Em 2011, a Marvel Studios contratou Patty Jenkins para dirigir Thor 2, que foi demitida devido a “diferenças criativas”. Agora, a Warner demite Michelle MacLaren com a mesma desculpa.
Resumindo: 100% das mulheres que tentaram dirigir filmes da Marvel e da DC foram demitidas devido a “diferenças criativas”.
Isso faz com que eu me questione até onde é admirável essa atitude da Warner em contratar uma diretora para o filme da Mulher-Maravilha. Ao que tudo indica, é puramente comercial. Os estúdios sabem que, quanto mais o produto agradar o público, mais fácil de vender. “Diferenças criativas” tão grandes a ponto de demitir alguém? O que será que Michelle fez de tão grave a ponto de perder seu cargo?
A Warner/DC tem uma ótima reputação por dar bastante liberdade criativa aos seus diretores/roteiristas/produtores, mas aparentemente, essa liberdade só funciona quando se trata de homens. E digo mais, sendo um estúdio que dá tanta “liberdade” aos funcionários, como teria chegado ao ponto de demitir alguém? São muitas perguntas sem resposta.
Agora é esperar até que a Warner encontre uma diretora que não apresente nenhuma ideia diferente da que o estúdio tem para o filme e aceite dirigi-lo pra vender mais. Shit happens.
