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A ciência e a história por trás de um acessório muito comum em festas

A ciência está presente em todos os aspectos de nossas vidas. Está presente na medicina e a aplicação dela nos ajuda a manter ou melhorar nossa saúde. Também é a tecnologia que nos proporciona comodidades em nosso dia a dia, otimizando assim nosso bem estar. E, como não, o homem coloca a ciência até nos momentos de lazer, sendo as festas um foco de atenção em constante transformação.  

Os produtos luminosos são conhecidos desde princípios da década de 60. Seu nascimento ocorreu exatamente em 1962, quando o Dr. Edwin Chandross, um químico dos laboratórios Bell Labs, tornou-se o pai – involuntariamente – das barrinhas luminosas. Ainda que seu nome não conste no livro das patentes, todos os estudos posteriores que foram registrados estão baseados nos experimentos com luminol do Dr. Chandross. Em base no descobrimento inicial, uma equipe dirigida pelo o expert em química Michael A. Rauhut, diretor do departamento de investigação exploratória da companhia americana Cyanamid em Stanford, se dedicou a estudar as reações químicas. Com o objetivo de torná-la melhor. Assim, começou a comercialização das primeiras barrinhas luminosas em 1971. Mas foi Richard Taylor Van Zandt, o cientista que solicitou a patente e que consta, desde 1977, como descobridor – oficial – dos denominados dispositivos de luz química.

Na atualidade, seus usos são inúmeros: no âmbito do entretenimento, ele é o companheiro ideal para shows e eventos noturnos, como casamentos ou aniversários; no cotidiano, são elementos eficazes na hora de sinalizar uma obra, redirecionar o tráfego ou até mesmo como acessório esportivo.

Quando adquirimos este tipo de produto, o rótulo sempre consta uma explicação básica sobre como ativar essa luminosidade. O funcionamento normalmente é simples. Na maioria dos casos, basta dobrar o elemento, agitar e pronto. Já temos luz! E não foi necessário nenhum combustível, nem pilhas, nem baterias. Então? Como que conseguimos criar essa luz? A resposta é encontrada na quimioluminescência.

Para compreender o significado da palavra, vamos recorrer a sua etimologia. Luminescência é a “propriedade que tem alguns corpos que emitem luz sem elevação de temperatura”; por sua parte, o prefixo quimio- indica relação com a química, seus produtos e seus processos. Desta maneira deduzimos que a luz que se produz é consequência de uma reação química: a recombinação de duas ou mais substâncias é capaz de criar um novo composto. Além disso, segundo a natureza das substâncias participantes do processo, o resultado pode emitir energia e, portanto, luz.

Os artigos luminosos para festas são fabricados com polietileno e no seu interior possui dois compostos químicos: o peróxido de hidrogênio, considerado o elemento ativador, se encontra preso dentro de uma cápsula de cristal pequena e frágil; e o éster de fenil oxalato, junto com um corante fluorescente que dá a cor desejada para a mistura.

Quando dobramos o produto, estamos forçando a combinação dos dois compostos e, ao agitar, aceleramos o processo. Desta reação, se produz uma emissão de energia capaz de excitar os átomos que têm dentro, aumentado o nível energético dos elétrons e os afastando de seu núcleo; pouco depois, os elétrons recuperam seu estado de equilíbrio e desprendem a energia sobressalente em forma de fótons. Esses fótons serão as partículas responsáveis de produzir luz sem calor, muito conhecida como luz fria.

A qualidade e o tipo de compostos condicionam a duração e intensidade da luz gerada, que pode oscilar de apenas alguns minutos até várias horas. O que também afeta é a temperatura: se esquentarmos o produto, a reação será mais rápida, a luz mais forte, mas o efeito durará menos tempo. Agora se fizermos o contrário, a reação será mais lenta, a luz produzida mais fraca, mas durará mais tempo. Isso é, se colocarmos ela no congelador, será capaz de aguentar até o dia seguinte; a reação não é interrompida, mas diminui.

No caso dos artigos fluorescentes para festas, a aplicação desta reação química é infinita. Assim, são altamente seguros, não tóxicos, porque seu público abraça todas as idades. Nas lojas online, como pulseirasdeneon, é possível encontrar tantos complementos como se pode imaginar. Desde as tradicionais barrinhas luminosas até óculos, bonés e brincos. Também possui talheres , copos e os incríveis cubos de gelo que brilham no escuro. Tudo que é necessário para organizar uma celebração original e inesquecível.

Que a ciência lhe acompanhe na sua próxima festa!

Escrito por Bruno Fonseca

Fundador e editor-chefe do PL. Jornalista apaixonado por quadrinhos, filmes, games e séries.

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