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Homem-Aranha: De Volta ao Lar | Um sólido começo para o Cabeça de Teia

Por ser a introdução à vida de Peter Parker no MCU, Homem-Aranha: De Volta ao Lar, nos dá um primeiro capítulo após sua história de origem que me divertiu bastante ao longo de toda a sua duração, com constante progresso, emoção e desenvolvimento do personagem. Inicialmente somos apresentados ao Sr. Toomes, aprendemos sobre o que ele fazia antes dos eventos de Homecoming e como exatamente ele se tornou o criminoso alado, deixando-nos sentir como se ele tivesse recuperado sua posição no mundo. Enquanto que seu oposto, Peter Parker, não tem em sua vida no ensino médio, ele cheio de ansiedade adolescente, estudos, garotas e expectativas, mas ambos vão lutar igualmente pra proteger aquilo que lhes é valioso.

Michael Keaton conseguiu defender a integridade do Abutre, com uma atmosfera inconfundível de intimidação e ameaça, mesmo em conversas ocasionais. Sua representação como um homem trabalhador, Adrian Toomes, é crível, ao mesmo tempo em que transmite uma sensação de ameaça. Nenhum momento é gasto com esse vilão clássico do Spidey que não acrescenta ao filme em geral, a profundidade de raciocínio por trás de suas ações como um vilão gera um grau de respeito e uma compreensão que não é vista em outros, é por isso que em tudo ele parece um pouco legítimo e não apenas um ato aleatório do mal que leva a uma performance oca. Sem dúvida, o abutre pode ser visto como um dos melhores vilões do MCU.

Ao contrário da maioria das outras pessoas, Tom Holland não era O Homem-Aranha aos meus olhos depois de testemunhar sua estreia durante os eventos da Guerra Civil, mas o que faltava foi entregue desta vez. Sua vida como Peter Parker e a vida cômica, mas dura, de Homem-Aranha, estão equilibradas, o quê, infelizmente, é algo que nunca aconteceu antes, enquanto Maguire capturou um Peter Parker ideal para sua época e Garfield retirou um Homem-Aranha decente, Tom resistiu com ambos de forma qualitativa. Você pode visualmente testemunhar e sentir fisicamente a luta de equilibrar o ensino médio e os desafios que acompanham a luz de um super-herói.

O primeiro filme solo de Tom Holland como personagem principal é um sólido começo. Apesar de não tirar diretamente de qualquer história, os criadores estão claramente baseando isso no universo Ultimate dos quadrinhos da Marvel. Então, muito da sua diversão do filme provavelmente virá de como você se sente sobre esse Homem-Aranha. Tom, faz um trabalho muito bom em retratar essa versão de Peter Parker. Se você o compara com a versão 616, você terá problemas com algumas escolhas que o filme toma.

A maioria das cenas do Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), foram apresentadas no marketing deste filme. Porém ele não está aqui apenas para vender ingressos, ele é importante para a trama principal mas de forma pontual. Tem uma cena que eu encrenquei um pouco, mas nada de “oh meu Deus estragou”. A melhor coisa relacionada ao Homem de Ferro, é o Happy (Jon Fraveau). Que personagem sensacional, eu particularmente amo e a interação dele com o Peter é no mínimo hilária.

Se tem um personagem que roubou minha atenção, esse personagem é o Ned (Jacob Batalon) ou Ganke pra alguns. Se você não acompanha os quadrinhos recentes do Homem-Aranha provavelmente não saberá quem é o Ganke, mas se você já assistiu Kim Possible, pode achar ele muito parecido com técnico – Wade. Bem, sim. Não há muito a dizer sobre esse cara além de estar lá para apoiar quando Peter precisa é, basicamente, um bom amigo em geral, especialmente no final.

“Outsider” é a única palavra que pode ser usada para descrever Michelle (Zendaya), a personagem não foi aproveitada neste filme surpreendentemente, pois ela faz uma aparição longa, mas tudo parece ser uma introdução pra uma continuação. Embora irritante para alguns, para mim mesmo antes de ver o filme, já tinha gostado do desempenho feito por Zendaya, mesmo que tenha sido um pouco, já que havia uma comédia em sua estranheza e na atitude observacional.

Flash (Toni Revolori) e Liz (Laura Harrier), pra mim são personagens que não fede nem cheira. A Michelle faz mais bullying com o Peter do que o Flash. As tentativas de bullying do Flash, são engraçadas de tão toscas, parece que ele foi colocado apenas para não ficar sem Flash Tompson. Quanto a Liz, eu teria facilmente colocado a Michelle como par romântico ao invés dela. Ela não tem expressão, não tem carisma e me pergunto o quê o Peter viu de especial nela.

Nossa Tia May é linda, e até o filme reconhece. Depois disso, May é uma grande âncora para Peter tanto no mundo de ser um super-herói como no mundo adolescente. Embora não seja aquela “Tia May” estereotipada que foi usada em todas as outras mídias, ela fez um trabalho fantástico para ajudar a orientar Peter no mundo mais do que as outras fizeram em um único filme.

Sem dúvida, o traje de alta tecnologia do Abutre tornou-se um dos meus trajes cinematográficos favoritos, e eu realmente não esperava que fosse assim! Envergadura, especificações tecnológicas e flexibilidade são todos fatores incríveis dentro desta combinação de recursos que compõem esse traje impressionante. Não só isso, mas os efeitos usados ​em suas asas e movimentos são simplesmente incríveis.

E o que falar do traje do Teioso? O clássico uniforme do nosso amigão nunca antes foi tão bem representando como agora, as outras versões não conseguiam passar as emoções que o Homem-Aranha estava vivendo enquanto estava vestido de Spidey, mas Tom Holland vestiu esse uniforme tão estranho e cômico de forma espetacular. As especificações do uniforme também me deixaram “wooow” e com uma vontade enorme de ver o Homem-Aranha usando todos os recursos ao máximo, confesso que fico no mínimo animada em imaginar o teioso usando as várias combinações de teias em suas batalhas.

O último ato me deixou um pouco decepcionada. O primeiro e o segundo ato foram tão espetaculares, que minha expectativa para o terceiro foi lá pra cima, apesar de ter acontecido uma derrapada no final do segundo ato mas que não chega a comprometer. E quando chega o terceiro, o embate é simples. Ele lutou tão bem em Guerra Civil, usou a super força dele e teve o embate físico e aqui não teve isso. Era como se eu tivesse assistindo uma luta do meio do filme e não uma luta final.

A trilha sonora eu gostaria de rasgar elogios, mas a verdade é que não gostei da trilha sonora original do longa. Há um certo momento que toca Ramones e ai eu até dei um sorrisinho de felicidade. Fora a releitura do tema clássico, não teve nenhuma outra trilha que me fez arrepiar. A trilha não é ruim, só é padrão. Algo esquecível. Lembrando que isso não diminui a qualidade da fita.

Esse filme teve o peso de uma base de fãs inteira em seus ombros, querendo que fosse o melhor Aranha já visto e, aparentemente, não decepcionou, mas em vez disso, superou as expectativas, não só através da sua representação do seu amigão preferido da vizinhança, mas seus amigos, vilões e as pessoas comuns ao seu redor que criam um ambiente idealista para que um personagem desse calibre possa prosperar. Considero um bom filme, minhas expectativas para a continuação são grandes. Além de ser uma continuação do De Volta ao Lar, ele também vai abrir a quarta fase do Universo Cinematográfico da Marvel, e ninguém melhor que o Teioso pra pegar na mão do telespectador e levá-lo até a próxima fase do MCU.

 

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Escrito por Acidezer

Só sei que com grandes poderes vem também grandes problemas.

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