Bruno Silva Se você assistiu “Não Olhe Para Cima”, comédia (ou era pra ser) que estreou no fim de semana natalino na Netflix, tenho certeza que foi regado a desespero.
Com um orçamento de 75 milhões de dólares, o novo longa de Adam McKay (A Grande Aposta) conta com um elenco tão estrelado quanto o céu que é observado por Leonardo DiCaprio e Jennifer Lawrence no filme.
Meryl Streep, Timothée Chalamet (o menino com cara de triste), Jonah Hill, Cate Blanchett e Rob Morgan são só alguns deles. Outros, como Chris Evans, Ron Perlman e até os músicos Kid Cudi e Ariana Grande deram as caras só pra fazer uma graça e garantir o peru de Natal (vocês viram o preço do Peru? Não tá fácil pra ninguém).
O roteiro conta a história de dois astrônomos (Leo DiCaprio e Jenny Lawrence) que descobrem que um cometa está em direção à Terra e destruirá todo o planeta em poucos meses se nada for feito. Com isso, entram em uma saga tentando alertar o governo dos Estados Unidos e, depois toda a humanidade, não sendo levados a sério ou escutados, além de ter que lidar com a mídia, as fake news e os negacionistas científicos.
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Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência. Tudo soa um pouco clichê. Não por já termos visto algo parecido em outros filmes, mas sim, na vida real. Um roteiro tão atual, que ao se rotular “comédia”, falha miseravelmente. Não que seja ruim, longe disso. Mas é que em “Não Olhe Para Cima” as piadas se dão através do absurdo, mas o absurdo é tão próximo da realidade que a gente até ri, mas de desespero.
Se você procura um filme para ter um mix de sentimentos sem ter que explodir a cabeça, “Não Olhe Para Cima” é o filme perfeito. Vale muito perder um tempo no fim de semana. Porém, evite assistir no domingo à noite. Pra todo proletariado, esse é um momento já um tanto depressivo por si só.
“Não Olhe Para Cima” está disponível na Netflix.
