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Mogli: O Menino Lobo (2016) | Necessário e extraordinário!

Nós já conhecemos a história: Mogli, um garoto indiano criado por lobos e que vive na selva, é ameaçado por Shere Khan, um tigre assustador que odeia seres humanos. Junto com seu amigo Baguera, uma pantera que salvou sua vida quando era bebê, o menino parte em busca de segurança no mundo dos homens. Mas no meio do caminho Mogli encontra algumas criaturas extraordinárias, como o urso Baloo, que gosta de curtir a vida e ser feliz, um orangotango maluco e uma cobra com poder de hipnotizar. Lembrou?

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Um reboot de Mogli: O Menino Lobo era realmente necessário? Provavelmente não. Mas é surpreendentemente satisfatório ter um que é bem escrito, bem dirigido, nostálgico para os adultos e cativante para as crianças. Jon Favreau teve seus altos e baixos como diretor, mas há algo nele, uma certa paixão pela sétima arte em seus projetos, não há como negar. E acredito que foi essa paixão, unida ao talento de cada um dos envolvidos nesta produção, que conseguiu explorar o espírito brilhante de “O Livro da Selva”, de Rudyard Kipling.

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No mundo “pós-Avatar” em que vivemos, é revigorante assistir um filme que realmente utiliza o formato 3D em sua vantagem, em vez de ser apenas uma opção do estúdio para ganhar mais dinheiro. É claro que tivemos alguns bons filmes em 3D nos últimos anos, mas a maioria não utiliza o 3D de forma que faça diferença, que empolgue o público, ou melhor ainda, que adicione elementos no filme que façam valer a pena gastar mais dinheiro no ingresso.

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Em Mogli: O Menino Lobo, Favreau entende que trabalhar com o 3D pode ser divertido quando feito da forma correta. Não é preciso criar situações que saltem para fora da tela o tempo todo para fazer o público gritar (embora isso aconteça algumas vezes, mas tá tudo bem, porque é divertido), nem fazer parecer que a história não existe sem o 3D. No vasto mundo selvagem que Mogli e todos os personagens vivem e sobrevivem, a sensação é de que o que estamos vendo é apenas uma pequena parte de algo gigantesco. E eu lembro que a última vez que consegui ter essa sensação, foi ao assistir os personagens azuis de James Cameron explorando o fantástico mundo de Pandora, em 2009.

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E, bom, as crianças vão se apaixonar por todos os detalhes maravilhosamente coloridos e belos – incluindo a canção clássica – assim como as crianças apaixonaram-se há quase 50 anos, quando a animação foi lançada pela Disney.

O elenco de Mogli: O Menino Lobo é repleto de nomes famosos, embora seu pequeno protagonista seja um estreante. É realmente interessante saber que alguns dos seus atores favoritos estão dublando personagens, pois inevitavelmente você assistirá o filme imaginando-os por trás daqueles seres e avaliando as sensações que suas vozes conseguem lhe passar. De todo o elenco, preciso destacar que Idris Elba, Lupita Nyong’o, Christopher Walken e Bill Murray realmente trazem seus personagens à vida e nos dão razões para temer, amar, nos importar e interessar por aqueles personagens de CGI incrivelmente realistas. A voz de Elba é assustadora e ameaçadora, como o igualmente assustador e ameaçador tigre Shere Khan; Lupita Nyong’o consegue explorar todos os sentimentos da corajosa Raksha; Christopher Walken acrescenta um tom engraçado, quase irônico, ao surpreendentemente assustador Rei Louie; e Bill Murray, com todo o carinho e amor do mundo, faz Baloo ser exatamente o que precisamos: o urso mais amável, folgado e sincero de todos os tempos. E fazendo sua estreia nas telonas, o indiano Neel Sethi está muito bem como Mogli, embora a história nem sempre se refira a ele ou a suas habilidades de atuação; na maior parte do tempo, ele só precisa correr, subir em árvores, gritar e agir como uma criança – o que ele faz muito bem.

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Emocionante, belo e nostálgico, Mogli: O Menino Lobo consegue acertar em todos os pontos em que o filme original acertou há muitos anos, mas em uma escala maior e muito mais grandiosa. Assista em 3D e, se não estiver acompanhado(a) de crianças, com a dublagem original, em inglês.


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Escrito por Louise

Amo, respiro e me alimento de quadrinhos, acho completamente normal se envolver emocionalmente com personagens de séries e filmes, e já vou avisando: NÃO MEXA COM MEUS HERÓIS!

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